sexta-feira, 15 de junho de 2018

Segundo dia de Copa tem quebra de tabu, gol contra e show do "Puto Maravilha"

2007786350_975525914
Divulgação FIFA


Bravura empurra a Celeste para a vitória
Divulgação FIFA
    Um jogo morno, modorrento e com poucas chances de gol, onde as maiores emoções aconteceram depois dos 37 minutos do segundo tempo. Esse é o resumo de Egito x Uruguai, que iniciaram sua jornada na Copa 2018 neste dia 15.
      A partida, aliás, começou com um desfalque: Mohamed Salah. O melhor jogador do continente africano e estrela egípcia acabou não participando da partida. Ainda com resquícios de uma lesão no ombro no final da Uefa Champions League, em 26 de maio, o "Faraó" ficou de fora. E fez falta ao time egípcio. 
      Descrever o que foi a partida até os 37 minutos da segunda etapa seria perda de tempo. Para se ter ideia, ocorreram até dois chutes a gol do Uruguai (um de Suárez e outro de Cavani) de tornozelo! Isso dá medida do nível de mediocridade da partida.
      Entretanto, no final do jogo. o Uruguai foi para cima. Cavani (aos famosos 37 minutos) obrigou o goleiro egípcio El Shenawy a fazer uma grande defesa. Quatro minutos depois, o centroavante do Paris Saint-Germain cobrou falta na trave. Quando o 0x0 parecia definido, aos 44, Sanchez cobrou falta na área e Gimenez testou firme, no contrapé de El Shenawi. Foi a primeira vitória da Celeste em estreias em Copas desde 1970 - quando bateu Israel. 
      Na próxima rodada do Grupo A, dia 19, a Rússia encara o Egito, enquanto o Uruguai enfrente a Arábia Saudita no dia 20. 
EGITO: Elshenawy; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdelshafy; Tarek Hamed (Morsy), Elneny; Warda (Sobhy), Abdalla e Treziguet; Marwan (Kahraba). Técnico: Hector Cuper
URUGUAI: Muslera; Varela, Gimenez, Godin e Caceres; Vecino (Torreira), Bentancur, Nandez (Sanchez) e Arrascaeta (Cristian Rodríguez); Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabarez

Jogo pegado
Divulgação FIFA
       A segunda partida da sexta-feira parecia um jogo de Libertadores da América. Correria, marcação, muita disposição e pouca (ou quase nenhuma) habilidade. Nesse contexto, Marrocos x Irã fizeram um jogo onde os marroquinos tiveram maior tempo de posse de bola e os iranianos não chutaram a gol.
      E aí você pergunta: e como ganharam o jogo se não chutaram? Simples, o gol foi contra!
      Com muitas faltas, discussões entre os jogadores e até entre as comissões técnicas (o técnico Hervé Renard (Marrocos) mandou integrantes do banco iraniano calarem a boca em um dos momentos mais conturbados, o jogo parecia se encaminhar para o primeiro placar sem gols da Copa. Mas aos 46 da segunda etapa, Azmouz mandou a bola para a área marroquina. Bouhaddouzi tentou cortar e mandou no cantinho de Munir, definindo o marcador.
      Ao final da partida, em prantos, o defensor marroquino foi consolado pelos compatriotas. A curiosidade é que o Marrocos tem apenas seis atletas nascidos no país - o resto são naturalizados ou com dupla cidadania (caso do zagueiro Benatia), que optaram por defender o país africano. 
MARROCOS: Munir; Nordin Amrabat (Sofyan Amrabat), Benatia, Saïss e Achraf; Belhanda, El Ahmadi e Boussoufa; Ziyech e Harit (Manuel da Costa); El Kaabi (Bouhaddouz). Técnico: Hervé Renard.
IRÃ: Beiranvand; Rezaeian, Pouraliganji, Cheshmi e Hajsafi; Shojaei (Taremi), Ebrahimi (Montazeri) e Amiri; Jahanbakhsh (Ghoddos), Azmoun e Ansarifard. Técnico: Carlos Queiroz.

673723223_975513916
Divulgação FIFA
      Portugal e Espanha fizeram o grande jogo da Copa do Mundo 2018 até o momento. E foi um senhor jogo de futebol. Logo aos 3 minutos, o show do "Puto Maravilha" (como Ronaldo era chamado pela imprensa portuguesa no início de carreira) começou a aparecer. Ele foi derrubado por Nacho na área, bateu o pênalti o marcou gols em quatro copas consecutivas (algo que apenas Pelé e os alemães Uwe Seeler e Klose conseguiram). 
      A Espanha, na base da troca de passes envolvente, foi encurralando Portugal. E empatou com um gol polêmico - e brasileiro! Diego Costa, aos 24, acertou Pepe com o braço. O árbitro não marcou falta e o brasileiro ficou encurralado por quatro marcadores. Com habilidade, encontrou um espaço mínimo e bateu de perna direita, sem chances para Rui Patrício.
      Em poucos minutos, a Espanha foi para cima. Isco acertou o travessão. Mas Cristiano Ronaldo devolveu a tranquilidade aos portugueses aos 44 minutos. O "Puto" recebeu de Gonçalo Guedes e chutou forte da entrada da área. DeGea acabou deixando a bola passar pelo lado direito. Portugal 2x1.
      No segundo tempo, a Espanha veio decidida a mudar o panorama da partida. Aos 10 minutos, após cobrança de falta ensaiada, Busquets cabeceou para a pequena área e encontrou Diego Costa, livre. Ele só empurrou para as redes, anotando o segundo gol brasileiro na Copa (e, por conseqüência, da Espanha). Três minutos depois, após jogada de David Silva e uma rebatida da zaga portuguesa, Nacho chutou forte, de voleio. A bola pegou nas duas traves antes de entrar - Espanha 3x2.
      A partir daí os espanhóis voltaram a tocar a bola. E Cristiano Ronaldo cobrou os companheiros para que saíssem da pasmaceira. Deu resultado. Aos 43, o melhor jogador do mundo em 2017 sofreu falta de Piqué na entrada da área. Nem é preciso dizer que bateu de pé direito no ângulo de DeGea, que sequer esboçou reação. Três minutos depois, nos acréscimos, Ronaldo ainda perdeu um gol, de cabeça.
      Além do grande jogo, Cristiano marcou seu primeiro "hat-trick" em mundiais - o 51º na carreira e, por coincidência, o 51º da história das Copas. Em 13 mundiais, apenas duas vezes a Espanha venceu na abertura.
      A próxima rodada marca no dia 20 Portugal x Marrocos e Irã x Espanha. 
PORTUGAL: Rui Patricio; Cedric, Pepe, Fonte e Raphael; William Carvalho, João Moutinho, Bernardo Silva (Quaresma), Gonçalo Guedes (André Silva), Bruno Fernandes (João Mário), Cristiano Ronaldo Técnico: Fernando Santos.
ESPANHA: De Gea; Nacho, Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Koke, David Silva (Vazquez), Isco e Iniesta (Thiago Alcântara); Diego Costa (Aspas) Técnico: Fernando Hierro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário