sábado, 9 de junho de 2018

Os dilemas de Tite não envolvem a Copa

Treino no CT do Tottenham. Tite.
Lucas Figueiredo - CBF

      A missão de Tite na Copa será árdua. Dar corpo ao time lapidado nas eliminatórias sul-americanas, com craques do quilate de um Neymar, de Marcelo ou Philippe Coutinho é apenas uma das missões do técnico brasileiro mais conhecido no Exterior atualmente. O grande desafio para o gaúcho Adenor Bacchi vai estar depois de 15 de julho.
      Onde Tite irá atuar?
      A imprensa do centro do país especula uma renovação de contrato do treinador com a CBF para seguir no comando da seleção. Só esqueceram de avisar Tite pelo jeito. Da mesma forma que Zidane saiu após conquistar a terceira Champions League seguida pelo Real Madrid e disse que era necessário renovar para manter-se no topo, creio que Tite vai pela mesma trilha. 
      O trabalho do técnico gaúcho é de reconstrução. A não ser que ocorra uma eliminação até as oitavas-de-final, a filosofia de jogo implantada e os cuidados táticos são inquestionáveis. O Brasil não tem a obrigação de ganhar a Copa. Tem, sim, é que fazer um bom papel. O problema é que isso também traz desafios. Uma conquista em alto nível pode abrir as portas da Europa a Adenor Bacchi - que nunca escondeu o desejo de dirigir uma equipe no Velho Mundo. 
      Agora, o Real Madrid poderia ser o destino do técnico brasileiro. A imprensa espanhola trata o assunto com interesse e expectativa. O fato chegou a deixar Tite brabo durante coletiva de imprensa, mas o interesse é real (sem trocadilhos...). O técnico deixou claro que gostaria de atuar na Itália porque domina o idioma, mas pular para a Espanha não seria muito problemático. 
      Uma coisa é certa: seja qual for o destino de Tite, o futuro dele parece destinado ao sucesso. A carreira do técnico é formada por títulos e bons trabalhos. E por respeito dos atletas e dirigentes - o que é um salvo-conduto no exigente ambiente europeu. 

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