domingo, 24 de junho de 2018

Do tombo de Tite à media de gols: os destaques da segunda rodada da Copa

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Reprodução

      Encerrada a segunda rodada da fase de grupos da Copa, os números e curiosidades começam a aparecer de forma mais intensa. Interessante é salientar que a média de gols (foram 47 em 16 jogos) é muito boa (2,93). A grande novidade da Copa até o momento é a ausência do 0x0. Nenhum foi registrado até agora. A chance, diga-se de passagem, aumenta a partir de agora pela questão de os empates classificarem equipes que podem não querer se abrir nas partidas decisivas. 
      A segunda rodada apresentou a maior goleada da Copa até agora (Inglaterra 6x1 Panamá). Mas o destaque da partida vai também para a torcida panamenha, que vibrou como se conquistasse um título pelo gol marcado por Baloy, o primeiro do país em um mundial. A emoção foi tamanha que os atletas panamenhos choraram.
      Claro, não dá para deixar de lado as vitórias no sufoco. O Brasil foi protagonista da primeira, ao bater a Costa Rica por 2x0 depois do tempo regulamentar. Destaque para o tombo do técnico Tite, que não viu o goleiro reserva Éderson por perto, tropeçou nele e estatelou-se no chão, mostrando os fundilhos de sua calça de linho preto para todo o planeta. A outra vitória na cara e na coragem foi da Alemanha. Com a dramaticidade de ser aos 50 minutos do segundo tempo. O autor, Toni Kroos, vibrou com um sangue latino - talvez, fruto da remanescente estada dos alemães no Brasil com o título da Copa 2014.
      Outra coisa que chama atenção até agora é o pouco número de cartões vermelhos. Foram dois até agora - um de Sanchèz, da Colômbia, contra o Japão e na segunda rodada o de Boateng (Alemanha) contra a Suécia. Aliás, o jogador deveria ter sido expulso anteriormente. E a partida teve um erro clamoroso do árbitro de vídeo - só ele não viu a falta de Boateng em Berg. Era uma clara e manifesta situação de gol, o que deveria gerar a expulsão do zagueiro.
      Tivemos ainda o VAR, árbitro de vídeo, salvando a pelo do juiz - a favor e contra. A favor porque alguns porque o árbitro não viu (como o pênalti para a Austrália contra a Dinamarca ou a favor da Islândia - desperdiçado - contra a Nigéria). E o caso mais emblemático, do pênalti marcado em cima de Neymar contra a Costa Rica, onde o VAR apontou que não foi falta (e não foi mesmo). 
      A Copa apresenta ainda situações históricas. A presença das iranianas torcendo por sua seleção na Rússia, tendo em vista que no Irã não podem frequentar estádios. Ou ainda a princesa japonesa que assistiu a Japão 2x2 Senegal, mesmo que as relações diplomáticas entre a Terra do Sol Nascente e a Rússia sejam delicadas. Prova disso é que um membro da família real japonesa não pisava oficialmente em solo russo há 101 anos. 
      Entre as decepções, a Argentina. A equipe de Jorge Sampaoli tem uma dificuldade imensa na mecânica de jogo. Levou 3x0 da Croácia com direito a linha de passes no terceiro gol, marcado por Rakitic. Messi parece uma melancia podre entre o meio-campo e o ataque dos hermanos. E a zaga argentina na Copa justifica a perplexidade dos gaúchos por Sampaoli não levar Cuesta (Inter) e Kannemann (Grêmio) para o mundial. Outro destaque fica para a Polônia, pela primeira vez na condição de cabeça-de-chave e que já está eliminada depois de perder para a Colômbia por 3x0.
      Um destaque final vai para a Tunísia. Não por algum feito dentro de campo ou por mal comportamento de seus torcedores. Mas porque a seleção conseguiu a proeza de ter seis (isso mesmo, seis) atletas com lesões médias ou graves e que estão fora da Copa. Já estariam porque a Tunísia perdeu as duas partidas, mas ficar fora por lesão é muito azar. E também um lado negativo: o comportamento dos torcedores, criando um mar de assédios a mulheres durante a Copa. Neste último item, só resta a mim lembrar uma frase de pára-choque de caminhão: onde está o homem está a imperfeição. E no caso dos agressores, eles deveriam curtir sua imperfeição atrás das grades, para tentar aprender. 

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