quarta-feira, 20 de junho de 2018

O dia "dos caras" na Copa

      O sétimo dia da Copa do Mundo 2018 marca a importância dos centroavantes. As figuras que são, via de regra, escaladas para definir as partidas, justificaram o rótulo neste dia 20 de junho. Cristiano Ronaldo, Suárez e Diego Costa fizeram gols. De cabeça, no oportunismo ou de canela. Não importa. O que interessa é a bola na rede. E todos deixaram suas marcas em território russo.
CR7 é o artilheiro da Copa (Divulgação FIFA)
      Começamos por Ronaldo. O CR7 reclamou mais que jogou, é verdade. Em um jogo onde o Marrocos dominou, perdeu algumas chances, e Portugal mais se preocupou em tocar a bola após marcar o gol cedo, foi o "gajo" quem decidiu. Recebeu cruzamento de Rafael Guerreiro, aos 4 minutos, e não perdoou. Mandou um testaço fora do alcance do goleiro marroquino El Kajoui. Aliás, vale destacar também a atuação do goleiro português Rui Patrício, que praticou ao menos três boas defesas. Mas... quem tem CR7 sabe que Ele é "o cara" da seleção lusitana.
Suárez marcou em três copas consecutivas (Divulgação FIFA)
     Passamos por Suárez. Ele briga muito em campo (e às vezes até dá uma mordida para marcar território). Aos 44 do segundo tempo ele discutiu com o árbitro por causa do local onde uma falta no campo de defesa da Arábia Saudita deveria ser cobrada. E não foi uma discussãozinha qualquer: com o dedo em riste, ele levava a chama charrua ao fundo da alma. Um centroavante clássico. Que fez o gol aos 22 minutos, após cobrança de escanteio e contando com uma senhora colaboração do goleiro árabe Al-Owais, que preferiu caçar borboletas imaginárias ao invés de cortar o cruzamento para a área. Daí a bola sobrou para Suárez, o "cara de esquilo", que se desvencilhou do marcador e empurrou para a rede com a perna esquerda. 
      Um típico gol de centroavante. Nato. Aliás, foi o centésimo jogo do atacante pela seleção uruguaia. E o 52 º gol - é o maior goleador da Celeste.
Diego Costa (de branco) pode se tornar o brasileiro com mais gols em Copas por uma seleção estrangeira (Divulgação FIFA)
      A história para Diego Costa é um pouco diferente. O grandalhão, nascido em Lagarto, no Sergipe, é outro tipo de 9. Não é apenas um trombador, um rompedor. Mas também sabe ter essas duas virtudes, fundamentais para um matador. Diego Costa sabe cabecear, driblar e chutar. Tem pontaria com ambos os pés. Mas hoje, contra o Irã, mostrou uma virtude que cabe apenas aos bons centroavantes: sorte. Marcou, de canela, aos nove minutos do segundo tempo, quando Rezaeian tentou afastar. A bola simplesmente ricocheteou na divisa entra a canela e a panturrilha do centroavante espanhol (quer dizer, brasileiro naturalizado espanhol) e foi em direção ao gol iraniano.        O Irã, diga-se de passagem, vendeu caro a derrota. Chegou a ter um gol anotado por Ezatolahi, após uma confusão na área, mas o VAR entrou em campo e anulou (bem, diga-se de passagem) por impedimento. E quase marou no fim da partida, após uma drible sensacional de Amiri em Piqué, com direito a uma passagem pelo meio das pernas do zagueiro do Barcelona, e um cruzamento perfeito na cabeça do centroavante iraniano Taremi. Mas, como ele não é um 9 definidor, a sorte não o ajudou e ele deu de cocuruto na bola, que mesmo assim passou perto do travessão de De Gea. 

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