quinta-feira, 28 de junho de 2018

Grupo H é definido com eliminação histórica, definição por cartões amarelos e muita vaia

Festa colombiana com gol de Mina (Divulgação FIFA)

      A rodada decisiva da fase de grupos da Copa do Mundo 2018 teve hoje ingredientes especiais. A Colômbia bateu o Senegal por 1x0 e conquistou a liderança da chave. No outro jogo a Polônia desencantou, trazendo um pouco de emoção à decisão dos classificados. Mas o que ficou, mesmo, foi a sonora vaia dos torcedores poloneses e japoneses aos últimos minutos de partida, que só tiveram toque de bola para cima e para baixo dos nipônicos. A desclassificação do Senegal marcou história. É a primeira vez desde 1986 que o continente africano estará sem um representante na fase de oitavas-de-final de um mundial. 
      Vamos à parte boa: Senegal e Colômbia fizeram um jogo muito bom até cerca de 15 minutos do segundo tempo. Com o domínio senegalês no primeiro tempo e precisando do resultado para não depender de uma vitória polonesa (o que acabou ocorrendo), os colombianos tiveram brios. Primeiro porque aos 30 minutos do primeiro tempo perderam o craque do time. James Rodriguez saiu lesionado - e visivelmente decepcionado - com a contusão que o tirou de campo. Em um segundo tempo primoroso de Quintero e com Mina dominando a defesa, os colombianos se acertavam.
      Até que aos 15 minutos do segundo tempo, sabendo que a Polônia fizera 1x0 no Japão, os senegaleses começaram a tocar a bola para o lado, a catimbar. O técnico Alou Cissé aparecia pedindo calma à beira do gramado. Só esqueceram de avisar aos colombianos. Aos 30 minutos, Cuadrado bateu escanteio. Mina, na entrada da pequena área, deu um cabeceio forte para o chão, vencendo N'Dyaie. Era o gol da classificação colombiana, para desespero dos senegaleses, que pressionaram bastante no final do jogo, mas sem conseguir um lance que merecesse destaque. 
      Senegal e Japão ficaram com quatro pontos, mas os asiáticos levaram dois cartões amarelos a menos - 6 a 4 - e ficaram com a vaga graças ao critério disciplinar.

Senegal: Khadim N'Diaye; Gassama, Sané, Koulibaly e Sabaly (Wagué); Sarr, Kouyaté, Gueye e Keita Baldé (Konaté); Mané e Niang (Sakho). Técnico: Aliou Cissé.

Colômbia: Ospina; Arias, Mina, Davinson Sánchez e Mojica; Carlos Sánchez e Uribe (Lerma); Cuadrado, Quintero e James Rodríguez (Muriel); Falcao (Borja). Técnico: José Pekerman.

Japoneses comemoram discretamente a classificação, mesmo com derrota (Divulgação FIFA)
      No outro jogo, Japão e Polônia não fizeram um jogo tão animado assim. Os japoneses até tentaram no primeiro tempo, mas sem muito brilho ou interesse. Tanto que astros como Honda, Inui e Kagawa sequer foram escalados desde o início - a situação japonesa era mais cômoda do que Senegal e Colômbia (bastava que houvesse vencedor e que os nipônicos não perdessem por dois gols de diferença que estavam garantidos).
      Os poloneses estavam dispostos a esquecer a má campanha até então - eram os únicos cabeça-de-chave eliminados antes da terceira rodada (a Alemanha se juntaria aos polacos depois). E conseguiram isso com um gol de Bednarek, aos 14 minutos do segundo tempo. O gol acordou os japoneses, que passaram a pressionar e até criaram algumas chances. Mas quando souberam do gol colombiano sobre Senegal, começou o anti-jogo. Os japoneses prendiam a bola e, como admitiu o técnico Akira Nishino na entrevista coletiva após o jogo, preferiam esperar o resultado de Colômbia x Senegal do que correr risco. Nos últimos minutos, os torcedores de ambas as seleções não se contiveram: e mandaram uma vaia ensurdecedora, que impediu comemorações japonesas (as vaias prosseguiram até a saída das equipes de campo). 

JAPÃO: Kawashima; H. Sakai, Yoshida, Makino e Nagatomo; Yamaguchi e Shibasaki; G. Sakai, Okazaki (Osako, aos 2'/2ºT) e Usami (Inui, aos 20'/2ºT); Muto (Hasebe, aos 36'/2ºT). Técnico: Akira Nishino.


POLÔNIA: Fabianski; Bereszynski, Glik e Bednarek; Kurzawa (Peszko, aos 33'/2ºT), Krychowiak, Goralski e Jedrzejczyk; Zielinski (Teodorczyk, aos 34'/2ºT), Grosicki e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.

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