Com a força dos sayajins, Japão bate Colômbia e quebra tabu histórico

Os sayajins

Osako (15) comemora gol da vitória contra a Colômbia (Divulgação FIFA)

      Nem Goku, nem Vegeta, nem samurais. Os japoneses que estrearam na Copa nesta terça-feira (19) contra a Colômbia encorparam os espíritos de grandes guerreiros para mostrarem ao mundo que não estão no mundial apenas para figurar. Ah, vale lembrar: sayajins são uma raça de guerreiros no anime e mangá Dragon Ball que fazem sucesso entre a garotada. Com a vitória, o Japão quebrou um tabu: jamais uma seleção asiática vencera uma sul-americana em uma Copa do Mundo. Além disso, os nipônicos, de certa forma, tiraram da garganta a derrota sofrida no mundial de 2014 por 4x1.
      Vamos à partida:
      É fato que a Colômbia precisou parir uma bigorna para encarar de igual para igual os súditos de Akithito (o imperador nipônico). Isso porque logo aos três minutos, após uma trama do ataque japonês, Carlos Sanchéz brincou de goleiro e tirou com a mão uma bola chutada por Kagawa. Pênalti e a primeira expulsão da Copa 2018. O próprio Kagawa bateu no meio do gol e deslocou Ospina para fazer 1x0.
      Os colombianos, entretanto, não ficaram atrás. O técnico José Pekerman (que tem cara de arqueólogo) tirou Cuadrado e colocou Barrios, equilibrando o meio campo colombiano. A partir daí, a equipe começou a pressionar, mesmo com um jogador a menos, e passou a perder chances. Até que aos 38 minutos, Quintero deu uma de Ronaldinho Gaúcho. Em falta na entrada da área japonese, o jogador do River Plate cobrou rasteiro, pelo lado da barreira. O goleiro Kawashima pegou a bola, mas já tendo passado a linha - e o apito eletrônico do juiz apontou o gol, depois confirmado pelas câmeras de televisão. 
      No segundo tempo, o panorama foi outro. O Japão pressionou muito, aproveitando o fato de contar com um jogador a mais. A Colômbia sentiu o cansaço. Mesmo com a entrada de Bacca e James Rodriguez (o principal atleta colombiano está se recuperando de contusão), não houve reação. O Japão chegava à cara do gol, mas ou Ospina defendia ou a falta de pontaria nipônica mantinha o placar. Até que aos 27 minutos, Honda cobrou escanteio e Osako subiu mais alto do que os zagueiros colombianos e cabeceou. A bola pegou na trave e entrou. 
      Daí para a frente a Colômbia até tentou alguma coisa, com bolas para área e, na melhor oportunidade, aos 43 minutos, James Rodriguez foi travado por Osako na hora do chute e a bola foi para escanteio. 

COLÔMBIA: David Ospina; Santiago Arias,  Dávinson Sánchez, Oscar Murillo e Johan Mojica; Jefferson Lerma, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado (Wilmar Barrios), Juan Quintero (James Rodríguez) e José Izquierdo (Carlos Bacca); Falcao García. Técnico: José Pékerman.

JAPÃO: Eiji Kawashima; Hiroki Sakai, Maya Yoshida, Gen Shoji e Yuto Nagatomo; Makoto Hasebe, Gaku Shibasaki (Hotaru Yamaguchi), Takashi Inui, Genki Haraguchi e Shinji Kagawa (Keisuke Honda); Yuya Osako (Shinjo Okazaki). Técnico: Akiro Nishino.