quinta-feira, 21 de junho de 2018

O Dia do Fi...asco!

O desespero de Caballero, responsável direto pelo primeiro gol croata (Divulgação FIFA)

      Não há outro fato a comentar sobre o oitavo dia de Copa do Mundo que não seja o chocolate tomado pelos argentinos perante a Croácia. Mas vamos fazer o de sempre e relatar por aqui um resumão do que foram as partidas desta quinta-feira. Com um destaque: ainda não temos nenhum 0x0 - o que pode ocorrer amanhã.
     Dinamarca e Austrália fizeram um jogo corrido e interessante. Por incrível que pareça, com muitos chutes a gol - principalmente dos australianos. Se em futebol houvesse justiça, o time da terra dos cangurus mereceria vencer. A Dinamarca tem quatro pontos no grupo C, mas um futebol digno de não merecer ir ao mundial. Ericksen, mais uma vez, foi o nome dinamarquês. O meia do Tottenhamm da Inglaterra marcou o gol viking aos 10 minutos da primeira etapa. Pouco tempo depois a Austrália empatou, mais uma vez com o auxílio do árbitro de vídeo. Poulsen deu uma cortada dentro da grande área e só o árbitro não viu. Alertado pelo VAR, analisou o lance e marcou a infração - batida e convertida por Jedinak. 
      A curiosidade da partida: foi o segundo cartão amarelo de Poulsen por cometer um pênalti na Copa - o primeiro havia sido em Cueva, do Peru. Com isso, ele torna-se o primeiro jogador da história a ser suspenso em um mundial graças à tecnologia do árbitro de vídeo.
      Na outra partida, mais uma vez o Peru endurece a partida, joga bem, desperdiça chances... e perde. Didier Deschamps alterou o time francês - não apenas em nomes, dando oportunidade a Matuidi e Giroud, mas na parte tática. Os franceses tiveram objetividade e mesmo sem muita posse de bola perderam boas chances no primeiro tempo. Até que aos 34 minutos, Pogba roubou a bola de Guerrero e tocou para Giroud, que foi travado na hora do chute. Mas a bola sobrou para Mbappé, com o gol livre, tocar para as redes e fazer 1x0. 
      No segundo tempo, o Peru pressionou, mas sem conclusões. As melhores chances vinham por Cueva e Farfán, mas resultaram apenas em cruzamentos para a área francesa e chutes de longa distância para longe do gol. Cueva, cansado, acabou substituído - e aí o Peru murchou de vez. 
      Agora, a Dinamarca pega a França e a Austrália joga contra o Peru no dia 26. A França está classificada e a Dinamarca joga por um empate para ir às oitavas-de-final. A Austrália, para se classificar, precisa vencer e ainda fazer pelo menos dois gols de saldo sobre o Peru.
El fiasco
      Chamar de outra coisa que não seja fiasco o que a Argentina fez diante dos croatas seria mentir. Se no primeiro tempo o jogo ainda foi equilibrado - embora as melhores chances tenham sido croatas - no segundo tempo Modric colocou Messi no bolso. E Rakitic deixou Mesa e Mascherano se perguntando o que foram fazer na Rússia.
      Logo aos seis minutos, a pouca estrutura da Argentina desmoronou como uma camada de gelo descendo dos alpes. Gabriel Mercado recuou para Caballero. E o goleiro portenho oficializou a pixotada da Copa até o momento. Deu uma rosca na bola. Rebic, que estava na frente de Caballero, acertou um voleio de primeira e abriu o marcador. 
      Sabe a Lei de Murphy? Aquela que diz que quando a coisa está ruim vai piorar? Para os hermanos, piorou muito. Aos 35 minutos, Modric recebeu de Rakitic, deu um "um pra lá, dois pra cá" em cima da zaga argentina e bateu forte, de pé direito, no canto de Caballero. A Croácia fazia 2x0 e começou a tocar a bola. Otamendi poderia ser expulso aos 40, depois de cometer falta e chutar a bola em cima de Rakitic. Na cobrança, o meia do Barcelona acertou o travessão. Mas a vingança é um prato que se come frio. Aos 46, em contra-ataque fulminante, os croatas fizeram roda de bobinho entre os volantes e zagueiros argentinos. Até que Rakitic decidiu chutar a gol e marcar 3x0.
      Foi uma surra de relho. Os argentinos, vergados, estavam com a alma dolorida, o lombo inchado e humilhados. Não foi um 7x1 dentro de casa. Mas agora os hermanos sabem o que é ser humilhado em uma partida de Copa do Mundo, com o melhor jogador omisso e inerte e com uma zaga digna da segunda divisão do futebol italiano - que, aliás, nem foi à Copa. 

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