sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O top ten dos micos olímpicos

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     Embora a biodiversidade tenha chamado atenção na cerimônia de abertura da Rio 2016, não há outro animal que tenha sido tão aclamado pela mídia quanto eles: os micos. Sim, eles estiveram presentes em diferentes atividades e modalidades ao longo do evento. Ainda há dois dias para o encerramento, mas estes jogos olímpicos já estão na história pelo festival de bizarrices ocorridas ao longo da duração das competições. Nem a zebra, participante aviva dos jogos, foi tão presente quando o simpático mico.
      Elaboramos um "top ten", uma lista dos 10 principais micos da Rio 2016 - claro, sujeito a alterações e discordâncias. Mas houve cada coisa...

1) O principal, creio eu, foi a mentira dos nadadores norte-americanos, liderados pelo multicampeão olímpico Ryan Lochte. Foi um fiasco. Eles se embebedaram, mijaram em uma parede, tentaram subornar um frentista e ainda quebraram uma placa em um posto de gasolina. Não satisfeitos com o fiasco, ainda mentiram e foram desmascarados, dizendo que haviam sido assaltados. A polícia brasileira agiu rápido e agora eles sofrem com a crítica, inclusive, de atletas históricos, como Michael Johnson (ex-campeão nos 200m e 400m rasos) e Mark Spitz (até o surgimento de Michael Phelps o maior medalhista olímpico dourado norte-americano).
2) Ele não teve culpa. Mas a indisposição estomacal que atingiu o francês Yohann Diniz provocou um mico inusitado.  Depois de sofrer um desarranjo intestinal a partir do décimo quilômetro da prova de 50 km da marcha atlética, as imagens de TV pegaram Diniz, literalmente, "se borrando" perna abaixo. Pouco tempo depois, ele desmaio. Mesmo assim, teve forças para levantar e completar a prova em oitavo lugar. 
3) O judoca Nacif Elias provocou um "piti" daqueles. Não aceitou ser desclassificado e xingou todo mundo, acusando a arbitragem de "Teoria da Conspiração". A atitude, no entanto, precisou ser refeita. Com risco de colocar todo um trabalho feito ao longo do ciclo olímpico - e de pegar uma suspensão de até dois anos por atitude antidesportiva - o brasileiro naturalizado libanês voltou ao tatame, pediu desculpas à arbitragem e ao público. Acabou aplaudido enquanto seu técnico o recebia aos prantos na saída da área de luta.
4) O egípcio Islam El Shehaby perdeu a luta diante do israelense Or Sasson pela categoria até 100 kg. Nada de mais, se El Shehaby não tivesse se recusado a cumprimentar o adversário, alegando "problemas de opiniões contrárias a Israel". Acabou tomando uma das maiores vaias da Olimpíada. 
5) Falta de comida nos bares das áreas de entorno aos locais de competição. O público que se lixasse. Um mico do tamanho do planeta.
6) Não dá para deixar de fora.. o prefeito do Rio de Janeiro entregou a Vila Olímpica à delegação da Austrália com vazamentos, rachaduras e até com vasos sanitários sem tampa. Baaaaaaaaaaita mico.
7) A goleira da seleção norte-americana de futebol feminino, Hope Solo, decidiu postar foto em redes sociais com um "kit anti-zika", que traria ao Rio de Janeiro, para evitar contaminação com a doença. O problema é que especialistas provaram que há mais casos de zika nos Estados Unidos que na terra de Cabral. Pronto. A cada vez que pegava ou batia na bola, o grito de "zikaaaaaaaa" ecoava nos estádios. Não bastasse, Hope tomou um frango histórico contra a Colômbia e os "States" foram eliminados nas quartas-de-final, nos pênaltis, contra a Suécia. Esse não é mico, é King Kong.
8) Colocar à disposição dos atletas dos saltos ornamentais e polo aquático uma água esverdeada já era ruim. Arrumar desculpa esfarrapada foi pior ainda. Até que alguém de bom senso admitiu a colocação de um produto que não devia na água. Resultado: esvaziaram as piscinas e a cor azul retornou. Outro King Kong.
9) O que foi aquilo envolvendo as nadadoras de salto ornamental Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso? Elas conseguiram a proeza de entrar em conflito pouco tempo antes da prova por causa do "ficante" de Ingrid - que ela teria levado ao quarto de ambas, na Vila Olímpica. Resultado: ambas ficaram em último lugar na prova de saltos ornamentais sincronizados. 
Ao final da prova, o mal estar entre as colegas de equipe era evidente. Elas não desceram juntas para zona mista, local onde os atletas concedem entrevistas à imprensa. Tinham todo o tempo do mundo para discordarem (e fazer barraco). Mas não foram profissionais e brigaram em plena Rio 2016.
10) O "atropelamento" da nadadora francesa Amelie Müller na chegada da prova da maratona aquática feminina é quase surreal. Ela simplesmente deu uma gravata na italiana Rachele Bruni. As imagens de TV eram impressionantes. Amelie deu um "pescoção" em Racheli, que ficou sem condições de realizar o procedimento de chegada. A francesa foi desclassificada e, com isso, a brasileira Poliana Okimoto ficou com a medalha de bronze, enquanto Racheli foi prata. 

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