domingo, 14 de agosto de 2016

"Caí de bunda, caí de cara no chão e agora caí em pé" diz Diego Hypólito

Diego Hypolito e Arthur Mariano curtem a prata e o bronze, respectivamente.
      Não é o melhor resultado da história da ginástica masculina brasileira, pelo ouro de Arthur Zanetti na prova de argolas em Londres 2012. Mas é o resultado de uma lição de vida fantástica a prata e o bronze conquistados no início da tarde deste domingo pelos ginastas Diego Hypólito e Artur Nory na final do solo. Hypólito porque apresenta uma lição de como é possível dar a volta por cima depois de tantos problemas. E Nory porque não só fez uma apresentação quase perfeita, como o fator sorte foi fundamental para chegar às finais - e a sorte aparece como um presente para quem se dedicou muito.
      Diego Hypólito resumiu o sentimento do significado de sua medalha em entrevista à Rede Globo. "Em Pequim (2008) eu caí de bunda (uma queda quando era o favorito ao ouro). Em Londres eu caí de cara no chão (de novo, quando estaria bem posicionado). E agora, em casa, eu caí de pé", disse, às lágrimas. Choro, aliás, acompanhado pela narradora Glenda Koslowski e pela comentarista Daiane dos Santos - e, certamente, por boa parte dos brasileiros. Hypólito deixou para trás a depressão e a dúvida sobre sua capacidade, atingindo uma pontuação espetacular, só ficando atrás do inglês Max Whitlock, que ganhou o ouro. 
      Nory é outra história espetacular. Isso porque sua nota, na fase classificatória, não o colocaria na final. Ficou atrás de três atletas japoneses. Quis o destino que a Federação Internacional de Ginástica estabelecesse que apenas dois competidores por país pudessem disputar as finais. Sobrou a vaga para o atleta com melhor nota - no caso Nory. E o brasileiro levou o bronze.
      Fica agora a torcida para atletas como Arthur Zanetti, que disputa a final das argolas nesta segunda-feira, e Rebeca Andrada, na final da trave, também amanhã. 

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