quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Na garra e na coragem a noite do vôlei valeu a pena

      O início desta quinta-feira foi especial para o voleibol brasileiro. Antes da meia-noite, em uma atuação marcada pela garra, a seleção masculina de vôlei despachou a Argentina por 3x1. Seria impossível escolher algum destaque, de tanto que o Brasil jogou. Bruno foi espetacular nos levantamentos (em um momento do quarto set levantou uma bola de costas com apenas uma das mãos e quebrou o bloqueio argentino para Wallace marcar o ponto), os meios-de-rede Lucão e Maurício Lima, o ponteiro Wallace. Mas três destaques levam um ponto em especial. O líbero Serginho (foto), responsável por defesas impressionantes, do alto de seus 40 anos. Além dele, Lipe e Lucarelli demonstram o quanto o time treinado por Bernardinho quer uma medalha, principalmente após a eliminação da seleção feminina. Os dois atletas se lesionaram durante o jogo - Lipe com a "parada" da coluna lombar (quem tem esse problema sabe bem o quanto dói) e Lucarelli com uma fisgada na coxa direita, que o impedia de realizar os movimentos de ponteiro. Mesmo assim, o jogador sacou muito e fez um ponto de bloqueio espetacular no quarto set.
      Agora o Brasil pega a Rússia nas semifinais. O time não é favorito, é verdade. Mas se lutar como contra a Argentina, passa à final.

      No vôlei de praia feminino, a prata de Agatha e Bárbara diante das alemãs Ludwig e Walkenhorst foi justa. Claro, é verdade, as brasileiras tiveram um adversário adicional: o vento. Elas pareciam não conseguir jogar - prova disso foi uma largada de Bárbara no segundo set, quando as imagens de TV mostram nitidamente que a bola foi empurrada pelo vento para fora. Acabaram perdendo por dois sets a zero. Entretanto, as alemãs terminaram a competição invictas, sem perder sets nas fases semifinal e final. Ou seja: a justiça foi feita, elas foram melhores.
      Resta, hoje, torcer pelo ouro com Alison e Bruno Schmidt, que enfrentam os italianos Nicolai e Lupo, em jogo que começa à meia-noite (horário que vem recebendo críticas dos atletas, mas é definido pelo Comitê Olímpico Internacional, tendo em vista questões de venda de direitos de transmissão para países que querem acompanhar os jogos e não aguentam o fuso horário tupiniquim).

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