domingo, 21 de agosto de 2016

Terminou... hora de analisar



<p><strong>MATANDO A SAUDADE</strong></p>

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<p>Faltam poucos minutos para a cerimônia de encerramento começar! Enquanto isso, que tal reviver os momentos da cerimônia de abertura? <a href="https://interactive.rio2016.com/pt/" target="_blank">Clique aqui!</a></p>
      Sabe aquela sensação meio ruim, de saudade? Pois é... meus últimos dias foram acordando cedo e dormindo tarde para acompanhar a Olimpíada. Talvez seja a última da minha existência, talvez só mais uma. Mas por ser no Brasil era especial. Não iria precisar levantar às 4h para acompanhar o judô (um dos poucos esportes que pratiquei e que o joelho não me deixou seguir), às 6h para ver vôlei ou futebol. Isso sem falar no tempinho que vou tendo graças a uma lesão chata denominada Síndrome de Túnel do Carpo - já operei o lado direito e em breve opero o esquerdo. Os dedinhos aqui vão se exercitando, devagar e sempre, para poder retornar o quanto antes ao trabalho (já perdi duas oportunidades de emprego, não vou perder a terceira). Mas o que interessa não sou eu. Somos nós.
      A Rio 2016 pode ser analisada sobre diferentes aspectos. Do ponto de vista de moral elevada, ótimo. O Brasil nunca foi tão bem. Sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. Ao todo, 19 subas ao pódio. Nunca antes na história desse país (não, não vou falar em política até porque agora vem overdose de campanha eleitoral) fomos tão bem. Mas não é isso. Definitivamente não.
      Na abertura, mostramos ao mundo as condições de montar um espetáculo cultural de alto nível, sem supershows, com uma simplicidade cativante. Acabamos "bem na foto" em todo planeta. Com raras exceções de jornalistas ranzinzas (meus colegas estrangeiros são fogo), o comentário foi positivo. Claro, também tivemos problemas. Afinal, faltar comida à disposição do público nas arenas e tampas de vaso sanitário para os atletas na Vila Olímpica é dose para mamute. Entretanto, aqui não teve nenhum ex-padre doido invadindo arenas para impedir o ouro de atletas. Muito menos atentado terrorista, o temor de todos. Teve confusão sim, mas incrivelmente causada por beberrões norte-americanos travestidos de nadadores - e que vão pagar por essa vergonha por muito tempo. Certa vez li em um livro uma frase que me marcou: os americanos admitem até presidentes com relações extraconjugais, mas não um mentiroso. Isso era uma referência a Bill Clinton. E quem entrou logo depois dele? George W. Bush - muitos analistas creem que a mentira de Clinton levou à eleição do presidente mais "Zé Buscapé" da terra do Tio Sam. 
      Tivemos façanhas. Entre os vitoriosos, Róbson Conceição no boxe,Alison/Bruno Schmidt no vôlei de praia  e Tiago Braz são destaques. Conceição era um ilustre desconhecido para a maioria dos brasileiros. Agora é tratado com honras de ACM na Bahia. Os dois do vôlei estiveram para perder três de suas partidas. Tiraram forças sabe-se lá de onde, viraram e agora entraram para o olimpo dos campeões. Braz conquistou o ouro no salto com vara, quebrou o recorde olímpico e sepultou Fabiana Murer no gosto dos brasileiros pelo esporte. Venceu medos, bancou do próprio bolso o treinamento na Itália, ficou longe de tudo e de todos. E ganhou o ouro.
      Tivemos torcida. Favoritos ou não, não faltou apoio. Claro, teve o caso da Seleção Brasileira masculina, que irritou todos naqueles 0x0 insuportáveis da primeira fase. Mas que ganhou um ouro com justiça. Sempre com apoio. Da mesma forma a Seleção feminina, as seleções de vôlei e basquete, os atletas do vôlei de praia, da natação, do atletismo, do judô, do taekwondo. Sempre apoiados. Aliás, deu tempo até para apoiar outros: Michael Phelps e Usain Bolt. Ambos demonstraram um carinho com o povo brasileiro pelo apoio recebido que só o espírito olímpico e de vencedores é capaz de fazer. 
      Tivemos mitos - Phelps, Bolt, Serginho (nosso líbero de ouro), Tivemos uma chama olímpica biosustentável e subdividida entre o Estádio Olímpico e a Candelária. Claro, tivemos fracassos. Fabiana Murer, a seleção de vôlei feminino, a seleção de basquete masculino e feminino. Mas tivemos também gente e equipes para acreditar: handebol (masculino e feminino), polo aquático masculino, os atletas do levantamento de peso e da esgrima, que beliscaram medalhas. Sem falar na ginástica, onde tivemos, também a volta por cima de Diego Hypólito, a descoberta de Artur Nory, o desempenho de Flávia Saraiva. 
      Tivemos algumas injustiças: a Seleção feminina merecia uma medalha. Caio Bonfim, na marcha atlética de 20 km, também merecia. Mariana Silva, no judô, idem. 
      Mas isso é parte da vida. O esporte é assim. Os vencedores entram para a história. Os derrotados a história esquece. Contudo, os personagens significativos, os lutadores, os desbravadores, os ilustres desconhecidos que viveram sua fama momentânea pelo que fizeram dentro da pista, do tatame, da quadra, da arena, esses lapidam credibilidade junto ao público para ganharem confiança, torcida, esperança. O Brasil é um país de gente que acredita, que torce muito para as coisas darem certo.
      Agora é Tóquio 2020. Lá vou eu voltar a acordar de madrugada para acompanhar as modalidades. Até lá vão surgir outros Isaquias Queiroz, outros Felipe Wu, outros Róbson Conceição, outros Maicon Siqueira. Talvez não tenhamos mais Marta, Bernardinho, Serginho. 
      Sei que foram 17 dias muito especiais. Que valeram a pena. Para mostrar que o Brasil pode, também, dar certo. Agora é torcer para que nossos governantes ajam como líderes, que nossas instituições sejam capitãs de mudanças significativas no comportamento social da nação. E que cada um de nós faça sua parte atuando como precursores de uma bandeira una: a da democracia dentro dos conceitos de igualdade e justiça - o conceito de democracia não anda sozinho.
      Até breve!

O ouro mais especial de todos é graças... à Argentina

Brasil bate Itália e entra para o seleto grupo de tricampeões Olímpicos no vôlei

      Esqueça o placar. Os 3x0 contra a Itália (25/22, 28/26 e 26/24) foram importantes, claro. O Brasil jogou muito. Mas muito. Mas muito mesmo. Era uma seleção, tecnicamente, inferior. Jogava em casa, com apoio da torcida, dirão muitos. Isso não evitou derrotas para a própria Itália e para os Estados Unidos na primeira fase. A faca foi ao pescoço dos jogadores na última partida da primeira fase. Se a equipe de Bernardinho perdesse para a França, estaríamos fora, na fase de grupos. Um fiasco, sem dúvida.
      Mas passamos.
      Até que veio o jogo contra a Argentina. E o panorama brasileiro começou a mudar. Muito mais pela atitude. A Argentina tem uma boa equipe e, até então, como a nossa seleção feminina, tinha a melhor campanha geral. Ficou pelo caminho. Principalmente pelo modo do Brasil. Para quem já jogou vôlei (e eu, com 1,70m, joguei nas equipes de colégios onde estudei porque passava bem e sacava relativamente bem) sabe: é preciso fechar o meio da quadra na hora de defender. E o Brasil, que até então tinha dificuldades em defender nesse ponto, começou a fazê-lo. Com perfeição. A bola dificilmente caía. E os argentinos ficaram atônitos. Assim como os russos na semifinal, atropelados por uma atuação brilhante.
      Os italianos não foram atropelados. Nosso ouro tem mais valor por isso. Eles caíram em pé. Jogaram muito, tanto quanto os brasileiros.
      Mas nós fomos melhores.
      Tivemos que superar desconfiança - não éramos favoritos, mesmo que a torcida quisesse. Conquistamos o terceiro ouro olímpico, em casa - coisa que só os norte-americanos conseguiram, em 1984. Tivemos dois titulares lesionados - e muito afetados: Lipe, o valente ponteiro e sacador, com dores lombares que quase o paralisaram na partida contra a Rússia, e Lucarelli, talvez nosso melhor jogador, afetado por um estiramento muscular que dói. Dói muito - pergunte a quem já teve. 
      Não ganhamos apenas a medalha de ouro dentro da quadra. Recobramos a competitividade. Restauramos nossa auto-estima. Vencemos todos os grandes adversários que apareceram diante de nós - quer dizer, quase todos... tenho os Estados Unidos entalados na garganta, assim como Bernardinho deve ter também. Só eles, que nos tiraram o ouro em Beijing - 2008, é que ainda nos devem alguma coisa.
      Agora, encerramos a olimpíada com a sensação de dever cumprido. Com um supertécnico chamado Bernardinho fazendo história, com sete medalhas olímpicas entre as seleções masculina e feminina. 
      Entramos para a história do vôlei. Graças a essa geração de guerreiros que ultrapassa a dor e o comodismo.

sábado, 20 de agosto de 2016

BRONZE ESPETACULAR - Maicon Siqueira ganha o bronze no apagar das luzes do Taekwondo

      No último dia do taekwondo, Maicon Siqueira conseguiu um bronze inesperado para o Brasil na categoria até 80 kg. É a segunda medalha da história no taekwondo nos Jogos Olímpicos. Ele venceu um competidor da Grã-Bretanha. A vitória por 5x4, com um golpe faltando 20 segundos para o fim da luta fez justiça à procura de Siqueira por combatividade.
      Após a confirmação da vitória, o taekwondista pegou a bandeira brasileira e deu a volta olímpica no tatame. Além disso, foi para os braços dos torcedores, que o empurraram todo o tempo.

SAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI ZIKAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


      Brasil x Alemanha fizeram um jogo dramaaaaaaaaaaaaaático para decidir a medalha de ouro no futebol masculino. Desta vez não foi 7x1 para a turma do chucrute. Também não dá para dizer que o time nacional jogou mal. Até Usain Bolt foi ao Maracanã torcer pelo Brasil. Mas não teve jeito. A decisão foi para os pênaltis.      
      E somos campeões!
      O ouro tão desejado, tão almejado, alvo de tantos sonhos, tinha que ser assim. Em cima da Alemanha. Responsável pela maior dor do nosso futebol. Aqueles 7x1 não serão apagados da memória do torcedor que ama o futebol brasileiro. E nem devem.
      Não apenas a conquista do ouro inédito dá uma nova cara à Seleção Brasileira. A torcida voltou a apoiar. Não vaiou até o fim. Pelo contrário. Gritou o quanto podia. Não faltou vontade, embora tenha sobrado nervosismo. 
      Quis o destino que o Maracanã, palco de tantas crônicas de Nèlson Rodrigues, fizesse ressuscitar o "Sobrenatural de Almeida". Quando Neymar vai acertar uma cobrança de falta daquelas, no ângulo, que o goleiro da Alemanha vai pular 300 vezes e vai conseguir alcançar? E Wéverton, então? O goleiro que não era para estar na Rio 2016 foi convocado devido á lesão de Fernando Prass. E não é que justamente Wéverton pegou o pênalti que deu a chance a Neymar de realizar a última cobrança. Pois é.
      Mais uma vez o esporte empresta uma lição à vida. Aliás, como quase sempre. 

      

Essa prata teve gosto amargo

      A dupla brasileira formada por Isaquias Queiroz e Erlon Silva conquistou a medalha de prata na canoagem - categoria C2, 1000 metros,duplas - agora há pouco na Rio 2016. Dessa vez, entretanto, apesar do excelente resultado, foi nítido ver que os brasileiros não vibraram como em outras competições. Não só isso: os próprios atletas pareciam frustrados com o resultado. Isso porque lideraram a prova até os 750 metros e não conseguiram superar o arranque da dupla alemã (sempre eles...) que conquistou o ouro.
      Apesar do gosto amargo, a prata entra para a história da modalidade no Brasil. Primeiro porque as duas pratas e o bronze de Isaquias o tornam o brasileiro que mais conquistou medalhas em uma mesma olimpíada. Segundo porque já cresce o estímulo em busca de escolas de canoagem pelo Brasil - principalmente na Bahia, terra de Isaquias e Erlon.
      Se há legado positivo, a busca por esportes onde o país se destacou na Rio 2016 talvez seja o mais importante deles. O interesse pode, sim, transformar a vida de jovens e alçá-los à condição de futuros atletas olímpicos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Brasil atropela Rússia e encara Itália na disputa pelo ouro no vôlei masculino


      O Brasil jogou uma grande partida. Ao som de "o campeão voltooooooou" da torcida, a equipe venceu a Rússia por três sets a zero sem tomar conhecimento do adversário. Foi uma sova, um passeio, um luxo. As parciais foram de 25\21, 25\20 e 25\17.
      A atuação brasileira foi impressionante. Com boa dinâmica de jogo, sacando bem e com um bloqueio comandado por Lucão e Maurício Lima, o time de Bernardinho dominou o jogo. Com isso, espantou o fantasma da final de Londres 2012, quando vencia por dois sets a zero e permitiu uma virada histórica dos russos. Desta vez não. O Brasil contou com uma atuação espetacular do levantador Bruno, tanto na distribuição como no comando da equipe.
      A partida teve uma curiosidade. No terceiro set, um morcego começou a dar rasantes no Maracanãzinho. Muita gente ficou assustada, mas o animal acabou apenas passeando pelo ginásio. 
      Na final, domingo, o Brasil volta a enfrentar a Itália, de quem perdeu por 3x1 na fase classificatória. A equipe de Bernardinho não é favorita. Mas tem a força e a torcida. Afinal... os campeões voltaram.

"Bolt"a cara bom esse Bolt

      

      Ele conseguiu. De novo. O jamaicano Usain Bolt é tricampeão olímpico de ser tricampeão olímpico. A brincadeira é real. O homem mais rápido do mundo, recordista mundial dos 100 metros e 200 metros rasos (além de deter o recorde mundial do revezamento 4x100 metros rasos) conquistou sua nona medalha de ouro em jogos olímpicos. Está com as três provas mais rápidas do planeta nas mãos em três edições de Jogos. 
      Há pouco, Bolt e seus companheiros levaram a Jamaica ao ouro no revezamento 4x100 no Estádio Olímpico Nilton Santos, na Rio 2016. A prata ficou com o Japão (sim, o Japão!) e o bronze com o Canadá. Os Estados Unidos, que ficaram em terceiro, acabaram desclassificados - até o momento não foi divulgado o porquê..
      Mais uma vez Bolt foi o destaque. Até ele receber o bastão para fechar a prova, a Jamaica disputava a liderança com os EUA. Logo após, Bolt dizimou qualquer dúvida e disparou rumo ao ouro. O jamaicano diz que esta foi sua última prova olímpica. Muita gente duvida.
      Inclusive eu.
      Os jamaicanos deram a volta olímpica com a bandeira de seu país e do Brasil, em uma homenagem ao carinho recebido na Rio 2016.

O top ten dos micos olímpicos

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     Embora a biodiversidade tenha chamado atenção na cerimônia de abertura da Rio 2016, não há outro animal que tenha sido tão aclamado pela mídia quanto eles: os micos. Sim, eles estiveram presentes em diferentes atividades e modalidades ao longo do evento. Ainda há dois dias para o encerramento, mas estes jogos olímpicos já estão na história pelo festival de bizarrices ocorridas ao longo da duração das competições. Nem a zebra, participante aviva dos jogos, foi tão presente quando o simpático mico.
      Elaboramos um "top ten", uma lista dos 10 principais micos da Rio 2016 - claro, sujeito a alterações e discordâncias. Mas houve cada coisa...

1) O principal, creio eu, foi a mentira dos nadadores norte-americanos, liderados pelo multicampeão olímpico Ryan Lochte. Foi um fiasco. Eles se embebedaram, mijaram em uma parede, tentaram subornar um frentista e ainda quebraram uma placa em um posto de gasolina. Não satisfeitos com o fiasco, ainda mentiram e foram desmascarados, dizendo que haviam sido assaltados. A polícia brasileira agiu rápido e agora eles sofrem com a crítica, inclusive, de atletas históricos, como Michael Johnson (ex-campeão nos 200m e 400m rasos) e Mark Spitz (até o surgimento de Michael Phelps o maior medalhista olímpico dourado norte-americano).
2) Ele não teve culpa. Mas a indisposição estomacal que atingiu o francês Yohann Diniz provocou um mico inusitado.  Depois de sofrer um desarranjo intestinal a partir do décimo quilômetro da prova de 50 km da marcha atlética, as imagens de TV pegaram Diniz, literalmente, "se borrando" perna abaixo. Pouco tempo depois, ele desmaio. Mesmo assim, teve forças para levantar e completar a prova em oitavo lugar. 
3) O judoca Nacif Elias provocou um "piti" daqueles. Não aceitou ser desclassificado e xingou todo mundo, acusando a arbitragem de "Teoria da Conspiração". A atitude, no entanto, precisou ser refeita. Com risco de colocar todo um trabalho feito ao longo do ciclo olímpico - e de pegar uma suspensão de até dois anos por atitude antidesportiva - o brasileiro naturalizado libanês voltou ao tatame, pediu desculpas à arbitragem e ao público. Acabou aplaudido enquanto seu técnico o recebia aos prantos na saída da área de luta.
4) O egípcio Islam El Shehaby perdeu a luta diante do israelense Or Sasson pela categoria até 100 kg. Nada de mais, se El Shehaby não tivesse se recusado a cumprimentar o adversário, alegando "problemas de opiniões contrárias a Israel". Acabou tomando uma das maiores vaias da Olimpíada. 
5) Falta de comida nos bares das áreas de entorno aos locais de competição. O público que se lixasse. Um mico do tamanho do planeta.
6) Não dá para deixar de fora.. o prefeito do Rio de Janeiro entregou a Vila Olímpica à delegação da Austrália com vazamentos, rachaduras e até com vasos sanitários sem tampa. Baaaaaaaaaaita mico.
7) A goleira da seleção norte-americana de futebol feminino, Hope Solo, decidiu postar foto em redes sociais com um "kit anti-zika", que traria ao Rio de Janeiro, para evitar contaminação com a doença. O problema é que especialistas provaram que há mais casos de zika nos Estados Unidos que na terra de Cabral. Pronto. A cada vez que pegava ou batia na bola, o grito de "zikaaaaaaaa" ecoava nos estádios. Não bastasse, Hope tomou um frango histórico contra a Colômbia e os "States" foram eliminados nas quartas-de-final, nos pênaltis, contra a Suécia. Esse não é mico, é King Kong.
8) Colocar à disposição dos atletas dos saltos ornamentais e polo aquático uma água esverdeada já era ruim. Arrumar desculpa esfarrapada foi pior ainda. Até que alguém de bom senso admitiu a colocação de um produto que não devia na água. Resultado: esvaziaram as piscinas e a cor azul retornou. Outro King Kong.
9) O que foi aquilo envolvendo as nadadoras de salto ornamental Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso? Elas conseguiram a proeza de entrar em conflito pouco tempo antes da prova por causa do "ficante" de Ingrid - que ela teria levado ao quarto de ambas, na Vila Olímpica. Resultado: ambas ficaram em último lugar na prova de saltos ornamentais sincronizados. 
Ao final da prova, o mal estar entre as colegas de equipe era evidente. Elas não desceram juntas para zona mista, local onde os atletas concedem entrevistas à imprensa. Tinham todo o tempo do mundo para discordarem (e fazer barraco). Mas não foram profissionais e brigaram em plena Rio 2016.
10) O "atropelamento" da nadadora francesa Amelie Müller na chegada da prova da maratona aquática feminina é quase surreal. Ela simplesmente deu uma gravata na italiana Rachele Bruni. As imagens de TV eram impressionantes. Amelie deu um "pescoção" em Racheli, que ficou sem condições de realizar o procedimento de chegada. A francesa foi desclassificada e, com isso, a brasileira Poliana Okimoto ficou com a medalha de bronze, enquanto Racheli foi prata. 

Brasil perde o bronze no futebol feminino

Brasil está fora da Olimpíada (Crédito: Marcelo Pereira/Exemplus/COB)
      Visivelmente desmotivadas no primeiro tempo e com alguma disposição no segundo, o Brasil não teve força para superar o Canadá na disputa pelo bronze. Depois da eliminação nos pênaltis para a Suécia na semifinal, as comandadas de Vadão levaram 2x0, fizeram um gol com Beatriz, pressionaram no fim do jogo, mas não conseguiram o empate.
      O jogo disputado na Arena Corinthians teve um grande público - 46 mil torcedores tentaram empurrar Marta e suas companheiras. Mas com uma instabilidade emocional causada pela eliminação contra a Suécia, as brasileiras não encontraram motivação para lutar pelo bronze.
      A expectativa agora é pelo futuro da equipe. Aos 30 anos, é provável que Marta deixe a Seleção. Ela já teria dito a amigos em Alagoas que a Olimpíada seria sua última competição pela equipe nacional. 

Não deu para o hipismo

 
     Com uma penalidade cometida no tempo, Pedro Veniss ficou fora de uma disputa de medalha. Já Álvaro de Miranda Neto, o Doda, zerou o percurso. Mas com exibições perfeitas de outros competidores, aliados ao desempenho de hoje pela manhã, o cavaleiro ficou alijado da disputa de medalha. A competição segue em andamento.

Brasil tem dois cavaleiros com chances de medalha no Hipismo

      É difícil. Mas pode dar. Os cavaleiros Álvaro Affonso de Miranda Neto (Doda) e Pedro Veniss conseguiram a classificação para a final do salto individual, a prova nobre do hipismo, na tarde desta sexta-feira. Os brasileiros tentam medalha daqui a pouco.
      Os brasileiros conseguiram ficar entre os 20 melhores classificados. Cada um cometeu apenas uma falta no percurso. Já Eduardo Menezes, o primeiro a entrar na pista, não conseguiu se classificar.
      As falhas não assustam Doda e Veniss. Isso porque praticamente é um campeonato novo que inicia. Vale lembrar que quando Rodrigo Pessoa conquistou a prata em Atenas 2004 (depois herdou o ouro já que o cavalo do irlandês vencedor tinha substâncias proibidas e foi pego no antidoping) havia cometido duas faltas na classificatória para, depois, zerar o percurso. A previsão é de que as finais iniciem daqui a pouco, 13h.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Eles são superiores ao tempo

      O mamute e o "sobrinho do Oscar" entram para a história. De várias maneiras. Eles são a segunda dupla brasileira masculina campeã nas areias olímpicas. O ouro conquistado por Alison e Bruno Schmidt coloca o Brasil com a melhor campanha de sua história nos Jogos Olímpicos. E o país, com habilidade (e um pouco de sorte) poderá chegar a 20 medalhas nesta edição da olimpíada. Algo muito superior ao estimado.
      Vamos ao jogo: a dupla formada por Lupo e Nicolai deu trabalho. A chuva também. São Pedro decidiu testar os brasileiros mandando um dilúvio que pegou até os jornalistas que cobriam a partida de surpresa. Alison e Bruno já tinha superado uma ventania de quase 90 km\h na parte contra Dauhauser e Montana. Tinham jogado sob o sol do meio-dia contra canadenses. E sobreviveram. Desbravaram um ouro olímpico com a tenacidade de um puma atrás de sua presa. 
      Na final, não foi diferente. Os italianos chegaram a abrir 5x1 no primeiro set e mantiveram o jogo equilibrado. Os brasileiros viraram, abriram, erraram um pouco, mas não o suficiente para perder o set. Final de 21x19 para Alison e Bruno.
      O segundo set foi mais parelho.A igualdade se manteve até o décimo terceiro ponto. A partir daí, os brasileiros tomaram conta. Com Bruno sacando muito e Alison reinando no bloqueio, a dupla abriu vantagem. No final, 21x16 para o Brasil. 

OURO SENSACIONAAAAAAAAAAAAAL - Brasileiras vencem última regata e conquistam ouro na 49 fx

      As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze fizeram história na vela na tarde deste dia 18. Elas ganharam o ouro na classe 149er fx da melhor forma possível. Elas simplesmente ganharam a última regata conhecida como a "regata da medalha", levando os torcedores à loucura na Marina da Glória. Na passagem da última bóia elas assumiram a liderança e ultrapassaram a dupla da Nova Zelândia, que ficou com a prata. O bronze foi para a Dinamarca.
      É a primeira medalha de ouro da história da vela feminina. E, de forma espetacular, o Brasil escapa de um fiasco em casa, já que nas outras categorias da modalidade praticamente não teve condições de disputar medalhas.
     Martine é filha de Torben Grael, bicampeão olímpico, e sobrinha de Lars Grael, medalhista de bronze em duas oportunidade

Na garra e na coragem a noite do vôlei valeu a pena

      O início desta quinta-feira foi especial para o voleibol brasileiro. Antes da meia-noite, em uma atuação marcada pela garra, a seleção masculina de vôlei despachou a Argentina por 3x1. Seria impossível escolher algum destaque, de tanto que o Brasil jogou. Bruno foi espetacular nos levantamentos (em um momento do quarto set levantou uma bola de costas com apenas uma das mãos e quebrou o bloqueio argentino para Wallace marcar o ponto), os meios-de-rede Lucão e Maurício Lima, o ponteiro Wallace. Mas três destaques levam um ponto em especial. O líbero Serginho (foto), responsável por defesas impressionantes, do alto de seus 40 anos. Além dele, Lipe e Lucarelli demonstram o quanto o time treinado por Bernardinho quer uma medalha, principalmente após a eliminação da seleção feminina. Os dois atletas se lesionaram durante o jogo - Lipe com a "parada" da coluna lombar (quem tem esse problema sabe bem o quanto dói) e Lucarelli com uma fisgada na coxa direita, que o impedia de realizar os movimentos de ponteiro. Mesmo assim, o jogador sacou muito e fez um ponto de bloqueio espetacular no quarto set.
      Agora o Brasil pega a Rússia nas semifinais. O time não é favorito, é verdade. Mas se lutar como contra a Argentina, passa à final.

      No vôlei de praia feminino, a prata de Agatha e Bárbara diante das alemãs Ludwig e Walkenhorst foi justa. Claro, é verdade, as brasileiras tiveram um adversário adicional: o vento. Elas pareciam não conseguir jogar - prova disso foi uma largada de Bárbara no segundo set, quando as imagens de TV mostram nitidamente que a bola foi empurrada pelo vento para fora. Acabaram perdendo por dois sets a zero. Entretanto, as alemãs terminaram a competição invictas, sem perder sets nas fases semifinal e final. Ou seja: a justiça foi feita, elas foram melhores.
      Resta, hoje, torcer pelo ouro com Alison e Bruno Schmidt, que enfrentam os italianos Nicolai e Lupo, em jogo que começa à meia-noite (horário que vem recebendo críticas dos atletas, mas é definido pelo Comitê Olímpico Internacional, tendo em vista questões de venda de direitos de transmissão para países que querem acompanhar os jogos e não aguentam o fuso horário tupiniquim).

BRONZE -- Isaquias Queiroz atrolpela no final e conquista mais uma medalha


      Em uma prova marcada pela recuperação, o brasileiro Isaquias Queiroz conseguiu agora há pouco sua segunda medalha nos jogos Rio 2016. Desta vez foi o bronze na categoria C1 - 200 metros. É a segunda medalha brasileira na história da modalidade, ambas com Queiroz. 
      O brasileiro chegou poucos milésimos a frente do atleta espanhol Alfonso de Ayala, com quem disputou o bronze . A vitória foi de Yuri Cheban, da Ucrânia (torna-se bicampeão olímpico) e a prata para o azerbaidjano Valentin Demyanenko.  
      Agora, Queiroz participa amanhã das eliminatória da canoa dupla 1000 metros masculino, junto com Erlon Silva. A dupla, aliás, é uma das favoritas para a prova. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Não deu bronze

FORA DO PÓDIO
      Não deu para Talita e Larissa. As brasileiras conseguiram vencer o primeiro set (21/17), mas permitiram a virada da dupla norte-americana Walsh e Ross (por 21/17 e 15/9) e perderam a disputa da medalha de bronze para as adversárias. O Brasil vencia o tie-break e desperdiçou dois contra-ataques, que pararam nos bloqueios de Walsh. A partir daí, as brasileiras murcharam na areia. 
      Às 23h55min, Agatha e Bárbara disputam a medalha de ouro com as alemãs Ludwig e Walkenhorst.

Massacre brasileiro no futebol contrasta com mau desempenho em outros esportes nesta quarta


      Que a Seleção Brasileira ganharia de Honduras a torcida tupiniquim desconfiava. Só não esperava que a mecânica de jogo fluísse de tal forma que a goleada viria ao natural. O time de Rogério Micale chegou aos 6x0 com facilidade - dois gols de Neymar (um de penalti), dois gols de Gabriel Jesus, um de Marquinhos e um de Luan.
      O Maracanã esteve lotado. Volta e meia, com a goleada já desenhada, os torcedores gritavam "Ô Alemanha, pode esperar, que a tua hora vai chegar", em uma demonstração de quem preferem enfrentar na decisão. Claro, a vitória já garante ao menos uma medalha para a decisão de sábado, 17h30min, contra o vencedor de Alemanha x Nigéria - que jogam neste momento na Arena Corinthians..Alemanha, aliás, que utiliza um uniforme esteticamente muito feio, semelhante a um pijama, na partida. 
      Em outros esportes, entretanto, o desempenho nacional não foi o mesmo do futebol. Depois das três derrotas de ontem nos esportes coletivos femininos (handebol, futebol e voleibol), hoje foram os esportes individuais que não trouxeram, até o momento, boas novas. Na competição por equipes do hipismo, os cavaleiros brasileiros cometeram muitas faltas e terminaram a competição em quarto lugar, depois de França, Estados Unidos e Alemanha. O Brasil liderava a competição até a fase decisiva.
      No taekwondo, que iniciou as disputas hoje, Íris Sing e Venilton Teixeira venceram as primeiras lutas, mas caíram nas quartas-de-final para atletas mexicanos. Ainda podem disputar medalhas se os adversários que os venceram foram à final - entrariam em uma repescagem.
      No Atletismo, destaque para Wagner Domingos, o Montanha, no arremesso de martelo. Com 74,17m, o brasileiro ficou em nono e se garantiu na final da modalidade. A final ocorre na sexta-feira, a partir das 21h10min. O detalhe é que desde 1932 não havia um brasileiro nas finais do arremesso de martelo em jogos olímpicos.
      No handebol masculino ocorreu o óbvio. O Brasil foi eliminado pela França, atual campeã olímpica, por 34x27. Apesar do placar elástico, o jogo não foi fácil. O primeiro tempo terminou empatado em 16x16. Foi no segundo tempo que os franceses deslancharam, aproveitando a imaturidade da jovem equipe brasileira (cuja média de idade é de 23 anos).
      Na luta olímpica, a brasileira Gilda Maria, na categoria até 69 kg, conseguiu ir até as quartas-de-final, quando perdeu para a egipcia Erias Ahmed. Mesmo assim, o resultado é considerado sensacional. Afinal, poucas vezes o Brasil teve representantes que chegaram tão longe na modalidade.
      Depois do ouro com Róbson Conceição, a última esperança de uma medalha no boxe era a peso médio Andreia Bandeira. Ela disputou as quartas-de-final contra a chinesa Gian Li, mas não lutou bem. Ao final, acabou perdendo todos os rounds e, por decisão unânime dos jurados, acabou eliminada.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Campeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaão!


      O pugilista brasileiro Róbson Conceição fez história nesta noite no boxe olímpico. O baiano de Salvador venceu o francês Sofiane Oumiha pela categoria Leve (até 60 kg) e conquistou uma medalha de ouro inédita para o país.
      O baiano dominou todo o combate. Aplicando jebs e diretos em Oumiha e com um apoio fantástico da torcida, Róbson deu um show ao acertar golpes com precisão e conseguir a esquiva. 
      Antes mesmo de a luta terminar os gritos de ´ É Campeão" ecoavam pela arena. E o brasileiro fez festa com a torcida. Destacando que Róbson foi desclassificado nas primeiras lutas nas olimpíadas de Pequim (2008) e Londres (2012). 

Mamute e "sobrinho do Oscar" salvam a tarde brasileira

       Depois de um início de dia com a medalha de ouro de Thiago Braz (a vitória foi depois da meia-noite) e da prata de Isaquias Queiroz na canoagem, a tarde brasileira teve mudança de maré. O Brasil foi eliminado no Polo Aquático pela Croácia por 10x6 nas quartas-de-final no masculino (já havia sido eliminado no feminino). Depois, Larissa e Talita simplesmente não viram a cor da bola (que é colorida...) diante das alemãs Ludwig e Walkenhorst por 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 21/12, Na final da barra fixa masculina, na ginástica, Francisco Barreto Júnior fazia uma apresentação digna de medalha, quando cometeu um erro e ficou afastado da briga, terminando em quinto lugar.
    Mas...
    Havia um mamute no meio do caminho. Ele é Alison, o brasileiro de 2,03m que atua ao lado do "Sobrinho do Oscar" - o do basquete, claro. Bruno Schmidt, do alto de seu 1,85m, é um gigante dentro de quadra. Os brasileiros venceram a dupla holandesa formada por Alexander Brouwer e Robert Meeuwsen por 2 sets a 1, parciais de 21/17, 21/23 e 16/14.
      O jogo foi relativamente fácil para os brasileiros no primeiro set. No segundo, quando venciam por 20x18 (ou seja, tinham dois pontos para fechar a partida), Brouwer sacou muito, Meeuwsen fez dois pontos de bloqueio e, aproveitando a instabilidade da dupla brasileira, venceram. No tie-break, novamente os brasileiros abriram em momento decisivo (13 x 11) e os holandeses foram buscar o empate. Mas, dessa vez, com Alison fazendo bloqueios perfeitos - e contando, finalmente, com erro dos adversários, os brasileiros fecharam a partida. Com direito a choro na arquibancada do apresentador do Fantástico, Tadeu Schmidt, tio de Bruno e irmão de Oscar, que poderia resolver o problema de falta d´água em várias cidades do país. 

Com lágrimas nos olhos

Brasil está fora da Olimpíada (Crédito: Marcelo Pereira/Exemplus/COB) 
     Se existe alguma equipe adotada pela grande maioria da torcida brasileira na Olimpíada Rio 2016 esta foi a seleção feminina de futebol. E hoje o Maracanã, mais uma vez, acabou triste - como já ocorrera na Copa de 1950. Diante da Suécia, a equipe comandada por Vadão e capitaneada por Marta não conseguiu fazer um gol - foi a terceira partida consecutiva que a equipe não marcou. Com disciplina tática e marcando forte, as suecas levaram o jogo para os pênaltis.
      E venceram por 4x3.
      O Brasil depositou suas esperanças em Marta e Cristiane. Não faltou dedicação, empenho ou garra. As jogadoras correram 120 minutos, criaram oportunidades, mas a conclusão ou ia na arquibancada ou nas mãos da goleira sueca. A brasileira Bárbara defendeu uma das cobranças, mas a sueca pegou os chutes de Cristiane e Andressinha.
      Não dá tempo para chorar a derrota...
      O Brasil volta a campo no sábado, quando enfrenta o perdedor da partida entre Canadá x Alemanha (que estão jogando neste momento) pela medalha de bronze. 
      O futebol é um dos esportes onde mais é possível dar a volta por cima diante de uma frustração imediata. E é isso que o Brasil pode fazer. Apoio e incentivo não faltaram. Agora cabe às atletas a resposta dentro de campo. E, por mais que a dor da eliminação atinga a torcida, que adotou a Seleção, é preciso manter a bravura. O bronze terá sabor dourado se vier com a dedicação apresentada até agora. 

Manhã com prata e decepções para o Brasil

      O dia começou bem para o Brasil na Rio 2016. Na prova de Canoagem - 1000 metros, o brasileiro Isaquias Queiroz conquistou a primeira medalha da história da canoagem brasileira em uma olimpíada. Queiroz obteve a prata, após uma disputa equilibrada com o alemão Sebastian Brendel, que levou o ouro.

      No handebol feminino, decepção. Sem jogar bem, as brasileiras - que foram líderes de seu grupo na primeira fase, perderam para a Holanda por 32 x 23 e foram eliminadas. Embora empurradas pela torcida, as brasileiras erraram demais. A vitória holandesa foi justa, mesmo a equipe tendo ficado em quarto lugar - e quase não se classificado - na primeira fase.

      E Fabiana Murer "amarelou" novamente. A melhor saltadora com vara do país foi eliminada na classificatória da modalidade, ao não conseguir ultrapassar a marca de 4,55m agora pela manhã. Antes do ouro de Thiago Braz, era Fabiana a principal candidata a uma medalha no atletismo. 
      Só que pela terceira vez, a atleta decepcionou. Se em Pequim (2008) ficou transtornada pela perda de uma das varas e em Londres foi atrapalhada pelo vento, agora foi a descoberta de uma hérnia de disco à beira dos jogos que atrapalhou a campeã mundial. Só que agora não dá mais. Em três participações olímpicas, Fabiana não conseguiu sequer chegar às finais, mesmo sendo uma das melhores do planeta.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

OURO E RECORDE - Brasileiro Thiago Braz da Silva garante ouro no salto com vara

           
      Com um salto inacreditável de 6,03m o brasileiro Thiago Braz da Silva fez história no atletismo olímpico brasileiro. Do alto de seus 22 anos, o atleta superou nomes históricos da modalidade e conquistou a medalha de ouro no salto com vara.
      Mas... por quê histórico?
      Thiago quebrou o recorde olímpico da prova. Nenhum homem, até hoje, havia saltado mais do que 5m97cm nos jogos olímpicos. 
       Ele venceu justamente Renaud Lavillenie, da França, antigo recordista olímpico e atual recordista mundial. Venceu em casa, diante da torcida. 
      No Atletismo, apenas outros três atletas haviam conquistado uma olimpíada: Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz e Maurren Maggi.
      O atleta era "zebra". Cotado para se classificar à final, mas não para o ouro. Agora é campeão olímpico e recordista olímpico. Levará quatro anos para que outro atleta tente tirar a coroa de Thiago.
     

SENSACIONAL - Brasileiros despacham americanos e vão à semifinal no vôlei de praia masculino

   
      Em uma partida marcada pela força do vento no forte de Copacabana, a dupla brasileira formada por Alisson e Bruno Schmidt (sobrinho de Oscar, do basquete) venceu o nervosismo e mandou para casa a dupla norte-americana formada pelo campeão olímpico Dauhausser e Montana. Foram dois sets a um, com parciais de 21/14, 12/21 e 15/9. Os brasileiros voltam a jogar na quarta-feira pela Rio 2016, quando enfrentarão uma dupla holandesa - a ser definida, já que os dois duplistas do país europeu se enfrentam nas quartas-de-final. 
      O "lado do vento" foi fator determinante. A dupla posicionada à esquerda das cabines de transmissão conseguia impor mais ritmo e força no saque, o que dificultou a recepção dos adversários. Alisson e Bruno mantiveram um bom saque e fecharam rápido o primeiro set. O fator se inverteu no segundo, quando os norte-americanos também foram ajudados pelo "Sobrenatural de Almeida" (personagem dos livros do escritor Nélson Rodrigues). No tie-break, forçando o saque e empurrados pela torcida, os brasileiros voltaram a vencer e garantiram a vitória que os colocou nas seminifais. 

Com séries marcadas por desequilíbrios Flávia Saraiva fica em quinto

      A final da barra de equilíbrio feminino (mais conhecida por trave) na ginástica artística surpreendeu o mundo. Não apenas porque a favorita, a norte-americana Simone Biles, quase caiu do aparelho e acabou com a medalha de bronze. Mas porque as notas finais de praticamente todas as concorrentes foram menores que as notas da fase eliminatória - inclusive da brasileira Flávia Saraiva, que acabou com a quinta colocação. O ouro foi para a holandesa (e vice-campeã mundial) Sanne Wevers (foto). Ela teve15.466 pontos, contra 15.333 da segunda colocada, a norte-americana Lauren Hernandez.
      Flávia Saraiva apresentava um bom desempenho, mas dois desequilíbrios custaram a chance de medalha. Pior foi com Simone Biles, que precisou agarrar a trave com as duas mãos para não cair - o que acarretaria a perda de um ponto. 

PRATA - Zanetti faz apresentação segura e conquista vice-campeonato olímpico


      O ginasta brasileiro Arthur Zanetti conquistou a medalha de prata nas argolas, dentro da ginástica artística, na Rio-2016. Com 1,56m e 61 kg, o brasileiro realizou uma apresentação segura. O ouro ficou com o grego Eleftherios Petrounias e o russo Denis Ablyazin ficou com o bronze.
      Petrounias era o favorito ao ouro, embora grande parte da imprensa brasileira creditasse ao brasileiro a possibilidade de vitória. O grego, além de líder do ranking, é o campeão mundial da modalidade.

BRONZE - Francesa é desclassificada e Poliana Okimoto fica com o bronze

      A sensação de "quase" ficou para trás. A brasileira Poliana Okimoto acaba de ser confirmada com a medalha de bronze na prova da maratona aquática feminina. Ela havia concluído a prova em quarto lugar, mas foi beneficiada com a desclassificação da francesa Amelie Müller, que havia ficado em segundo lugar. Com isso, a italiana Racheli Bruni, que fora bronze, herdou a prata. 
      O motivo da punição é tragicômico: Na batida final, a francesa se apoiou na italiana Rachele Bruni para conseguir chegar à segunda colocação.
      Poliana faz história. Aliás, já faz parte da história da modalidade. Foi a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha na história da maratona aquática mundial e já foi apontada como a melhor maratonista do mundo. No passado, ela tinha medo de nadar no mar, por causa dos animais. Na olimpíada de Londres, em 2012, ficou fora da prova por uma crise de hipotermia (queda da temperatura corporal). E agora conquista o bronze na Rio 2016, em casa. 

NA TRAVE - Por 4 segundos, Poliana Okimoto não conquista bronze na maratona aquática

      A disputa foi acirrada. Mas não deu para a brasileira Poliana Okimoto. Ela chegou agora há pouco em quarto lugar na prova da maratona aquática em águas abertas. A holandesa Sharon van Rouwendaal ganhou o ouro. A prata foi para Aurelie Müller, da França, e o bronze para Raqueli Bruni, da Itália. Poliana chegou a apenas quatro segundos de Aurelie e Raqueli. 

domingo, 14 de agosto de 2016

O show-man é tricampeão olímpico

      Escrever sobre Usain Bolt é quase um pleonasmo. O jamaicano, recordista mundial dos 100 e 200 metros rasos é um mito. Acaba de ganhar seu terceiro ouro olímpico, agora há pouco, na prova dos 100 metros no Estádio Olímpico Nilton Santos (não é Engenhão, muito menos João Havelange. O estádio teve o nome alterado para um dos maiores atletas da história do Botafogo, detentor dos direitos de utilizar o local). Torna-se lenda. Assim como Michael Phelps na natação, Bolt utiliza a Rio 2016 como página de um grande livro de história.
      Esqueça o tempo de 9.80s que garantiu o ouro de Bolt. O que vale é o carisma. Há milhares de pessoas que compraram ingressos para a Rio 2016 só para ver o jamaicano em ação. Ele é uma fera, um raio, "o cara". Bolt gosta de farra, é festeiro - embora não beba e não fume. Mas adora uma balada. Tem empatia com o público. Pede silêncio. E todos ficam mudos. Aparece no telão e faz caretas. É aplaudido de pé.
      O velocista-mito também tem personalidade forte quando precisa. Cansou de se negar a gravar comerciais enquanto treinava para competições importantes. Simplesmente se recusa. Para ele, no ápice da forma física e mental, o importante é vencer. O dinheiro que espere. Consegue se impor diante do mercado impiedoso. É focado, persistente. Tem uma das piores reações de largada da história dos atletas de alto nível. E com passadas de um jaguar, se recupera e vence.
      Essa é a história de Bolt. O tempo? Um detalhe. A história é que contará suas peripécias. Provavelmente ainda vai ter pique para seguir competindo em alto nível. Certo é que não haverá outro com tal carisma e atenção aos fãs, que saiba o momento certo de dizer "não" a um caminhão de dinheiro que lhe oferecem para não perder sua meta. Ele é tricampeão olímpico dos 100 metros rasos. O resto é isso: o resto.

Duelo sem pontos, sem premiação, mas com titãs em quadra


      Quatro horas e dois minutos. Atletas no pico do esgotamento físico. E tudo isso sem premiação em dinheiro e sem pontos no ranking mundial. Para quem gosta de esporte, o tênis masculino demonstrou hoje o quanto é importante competir. O esgotamento físico foi tamanho ao fim da partida entre Andy Murray (Grã-Bretanha) e Juan Martin Del Potro (Argentina), que não houve vibração ou lamento. Apenas lágrimas de ambos os tenistas e a desportividade da equipe do argentino, que foi ao encontro da equipe de Murray para cumprimentá-los. 
      A vitória de Murray foi por 3x1, com parciais de 7/5, 4/6, 6/2 e 7/5, e levou a medalha de ouro na Olimpíada. O britânico fez história ao se tornar o primeiro bicampeão olímpico do torneio de simples na história. Del Potro também fez história. O argentino há poucos meses sequer conseguia mover o pulso esquerdo - teve que passar por cinco cirurgias. E agora é ovacionado pela torcida argentina pela bravura demonstrada.
      Ah, um detalhe: no Dia dos Pais no Brasil, vale destacar que Murray se tornou pai há pouco tempo. Um presente e tanto para o tenista. 

Com as calças na mão, mas em frente!




      A dupla Larissa/Talita avançou às semifinais do vôlei de praia feminino agora há pouco na Arena montada na praia de Copacabana. De virada elas derrotaram a dupla suíça formada por Heindrich e Zumkehr por dois sets a um e agora enfrentam a dupla alemã formada por  Ludwig e Walkenhorst na próxima terça-feira.
      O jogo foi bastante parelho. As suíças venceram o primeiro set por 23 x 21. No segundo set, embora com dois match points contra, as brasileiras se superaram e conseguiram a vitória por 27 x 25. No tie-break, mantendo consistência e sacando bem, as brasileiras fecharam por 15x13. 

"Caí de bunda, caí de cara no chão e agora caí em pé" diz Diego Hypólito

Diego Hypolito e Arthur Mariano curtem a prata e o bronze, respectivamente.
      Não é o melhor resultado da história da ginástica masculina brasileira, pelo ouro de Arthur Zanetti na prova de argolas em Londres 2012. Mas é o resultado de uma lição de vida fantástica a prata e o bronze conquistados no início da tarde deste domingo pelos ginastas Diego Hypólito e Artur Nory na final do solo. Hypólito porque apresenta uma lição de como é possível dar a volta por cima depois de tantos problemas. E Nory porque não só fez uma apresentação quase perfeita, como o fator sorte foi fundamental para chegar às finais - e a sorte aparece como um presente para quem se dedicou muito.
      Diego Hypólito resumiu o sentimento do significado de sua medalha em entrevista à Rede Globo. "Em Pequim (2008) eu caí de bunda (uma queda quando era o favorito ao ouro). Em Londres eu caí de cara no chão (de novo, quando estaria bem posicionado). E agora, em casa, eu caí de pé", disse, às lágrimas. Choro, aliás, acompanhado pela narradora Glenda Koslowski e pela comentarista Daiane dos Santos - e, certamente, por boa parte dos brasileiros. Hypólito deixou para trás a depressão e a dúvida sobre sua capacidade, atingindo uma pontuação espetacular, só ficando atrás do inglês Max Whitlock, que ganhou o ouro. 
      Nory é outra história espetacular. Isso porque sua nota, na fase classificatória, não o colocaria na final. Ficou atrás de três atletas japoneses. Quis o destino que a Federação Internacional de Ginástica estabelecesse que apenas dois competidores por país pudessem disputar as finais. Sobrou a vaga para o atleta com melhor nota - no caso Nory. E o brasileiro levou o bronze.
      Fica agora a torcida para atletas como Arthur Zanetti, que disputa a final das argolas nesta segunda-feira, e Rebeca Andrada, na final da trave, também amanhã. 

sábado, 13 de agosto de 2016

Brasil vai à semifinal após jogar bem e pega Honduras

      Brasil x Colombia ao vivo futebol masculino Olimpíadas
      Com um futebol consistente, a Seleção Brasileira venceu a Colômbia por 2x0 na Arena Corinthians em São Paulo agora há pouco. Os comandados de Rogério Micale agora enfrentam Honduras pela semifinal do torneio masculino de futebol. Os gols do Brasil foram marcados por Neymar (em cobrança de falta) e Luan (por cobertura).
      A outra semifinal vai envolver as seleções da Alemanha (que goleou Portugal por 4x0) e a Nigéria (que venceu a Dinamarca por 2x0). Honduras bateu a Coréia do Sul por 1x0. Se você está pensando nisso, respondo: sim, pode dar Brasil x Alemanha na final do futebol - o que seria uma revanche para todos os brasileiros dos 7x1 da última Copa do Mundo.
      O Brasil teve que superar a marcação rígida - e por vezes violenta - da seleção colombiana. Neymar, desta vez, comandou a equipe de forma positiva (embora tenha recebido cartão amarelo no final do primeiro tempo), marcando, distribuindo passes e fazendo gol. Outros três destaques da equipe foram Marquinhos, Rodrigo Caio e Walace - este muito bem na função de contenção dos atacantes colombianos e, ao contrario do que faz no Grêmio, acertando passes e cadenciando a partida no meio-campo. 
      O jogo Brasil x Honduras será dia 17, em horário diferenciado (13h) no Maracanã.

Brasil se acovarda, perde para Argentina e pode enfrentar Dream Team

      O Brasil conseguiu a proeza de complicar um jogo com final fácil contra a Argentina e perdeu por 111 x 107. Com o resultado, a seleção precisa vencer a Nigéria na segunda-feira para se classificar às quartas-de-final da Olimpíada. A equipe corre o risco de, caso se classifique, ter de enfrentar os Estados Unidos, já que ficaria em quarto lugar no grupo B - e pegaria o primeiro do grupo A, no caso o "Dream Team". 
      O mais incrível é que o Brasil teve a chance de, por duas vezes, vencer o jogo. No tempo normal, com dois minutos para o fim, a equipe nacional vencia por oito pontos de diferença. Com uma cesta a três segundos do fim, os argentinos empataram e levaram para a prorrogação. No tempo extra, novamente o Brasil ficou perto da vitória - chegou a ter quatro pontos de vantagem com menos de um minuto para o encerramento da partida. Entretanto, mais uma vez a defesa instável do Brasil permitiu uma cesta de três pontos. Com o erro de Marquinhos de um lance livre (para variar, a equipe nacional teve aproveitamento muito baixo nesse fundamento), os argentinos foram ao ataque e levaram para a segunda prorrogação. Na etapa final, os argentinos jogaram melhor e venceram.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Tênis brasileiro afunda no nervosismo e país está fora da briga por medalha

  
    Após levar um duplo 6/4 a dupla mista brasileira de tênis foi eliminada na Rio 2016. Era a última esperança de medalha na modalidade. Marcelo Mello e Teliana Pereira foram eliminados nas quartas-de-final pelos norte-americanos Bettanie Mateck-Sands e Jack Sock.
      No primeiro set os brasileiros praticamente não ofereceram resistência devido a uma combinação bem feita entre os adversários, com Sock junto à rede e Bettanie mais no fundo de quadra. Com uma quebra à frente, os norte-americanos conseguiram manter o serviço e fechar o set. 
      No segundo set, os brasileiros voltaram melhor. Quebram o serviço dos americanos no quarto game e mantiveram o serviço. Inexplicavelmente depois do 4x1, não apenas não mantiveram o serviço como os norte-americanos aumentaram a intensidade do jogo. Teliana parecia nervosa e errou bastante nas devoluções. No final, novo 6/4 e a eliminação dos brasileiros.
      O dia já não fora bom, com a derrota de Thomas Belucci para Rafael Nadal na chave de simples masculina, de virada, por dois sets a um (2/6, 6/4 e 6/2). Nas duplas masculinas, Mello e Bruno Soares já haviam sido eliminados pela dupla da Romênia. 

Baby salva o judô masculino de fiasco em casa


      O judoca brasileiro Rafael Silva, o Baby, conquistou a medalha de bronze da categoria peso-pesado. É a quarta medalha olímpica nos jogos Rio 2016 - agora o país tem um ouro, uma prata e dois bronzes. Com a conquista de Baby o judô masculino escapa de um vexame em casa. Desde os jogos de Los Angeles, em 1984, o naipe masculino conquista ao menos uma medalha na olimpíada. As competições de judô terminaram hoje - e mesmo assim, é o pior desempenho masculino desde Los Angeles. 
      O brasileiro venceu na disputa do bronze o atleta do Uzbequistão Abdullo Tangriev, com um yuko. Baby já havia conseguido um bronze em Londres 2012.

Tchau Zika! - Suécia vence EUA nos pênaltis e manda Hope Solo para casa


      Uma das maiores zebras da Olimpíada aconteceu agora à tarde no futebol feminino. Vencedora de quatro medalhas de ouro e uma prata em cinco edições dos jogos, os Estados Unidos não apenas ficam de fora de sua primeira final olímpica como voltam para casa sem medalhas. A Suécia venceu nos pênaltis por 4x3 após 1x1 no tempo regulamentar.
      A goleira Hope Solo, que publicou fotos irônicas sobre um "kit Zika Vírus" que traria ao Brasil foi vaiada durante todo o tempo. Apesar de defender uma cobrança, a goleira não evitou a derrota de sua equipe. A cada cobrança de tiro de meta, Hope ouvia um "zikaaaaaaaa" ao bater na bola.
      Agora as suecas esperam a vencedora entre Brasil e Austrália, que jogam hoje às 22 h no Mineirão para saber quem enfrentam na semifinal. 

MEDALHA - Brasileiro vence no boxe e vai enfrentar cubano na semifinal

       O brasileiro Róbson Conceição vai enfrentar o cubano Jorge Lázaro Álvares na semifinal olímpica na categoria até 60 kg no boxe masculino. Ele venceu o lutador do Uzbequistão Hurshid Tojibaev agora há pouco no Riocentro.
      Quem se classifica à fase semifinal não luta por medalha de bronze - os vencedores das semifinais disputam o ouro. Com isso já é certo que o Brasil acaba de conquistar sua quarta medalha nos jogos olímpicos Rio 2016.

Egípcio dá péssimo exemplo e não cumprimenta israelense após derrota

 

     Um dos esportes que mais privilegia o "fair play" (jogo limpo) está sofrendo com a indisciplina dos atletas nos jogos Rio 2016. Depois do brasileiro naturalizado libanês Nacif Elias ter dado um "piti" após ser desclassificado na sua luta - depois, acabou voltando ao tatame e pedindo desculpas ao público e à arbitragem, agora foi a vez do egípcio Islam El Shehaby . O judoca recebeu uma vaia poucas vezes vista nos Jogos Olímpicos após perder na estreia da categoria até 100kg do judô para o israelense Or Sasson.
      O israelense venceu por ippon (a pontuação máxima). Sasson foi ao encontro de El Shehaby para cumprimentá-lo, mas o egípcio simplesmente não o cumprimentou, além de se afastar. Sassos, que está na semifinal olímpica, acabou aplaudido pelos torcedores da Arena Carioca 2.
      O egípcio é conhecido por opiniões contrárias a Israel e chegou a ser pressionando para não aparecer para lutar contra o israelense.