quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Estamos de volta!

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      Mais uma competição em nível internacional para agitar o Brasil. Depois da Rio 2016 ter despertado o sentimento nacionalista do torcedor brasileiro, agora há um ingrediente a mais na Paralimpíada Rio 2016, que inicia hoje. Não é apenas a perspectiva de ver atletas superarem seus próprios limites. É a prova concreta de que há sim muito menos limites para pessoas com deficiência que nossa vã filosofia sentimental e racional pode ser capaz de perceber.
      Muito se ouve governantes falarem em inclusão. Ok. As políticas públicas no setor, embora engatinhando, avançam com o passar dos anos. Entretanto, nosso país tem um potencial paraolímpico fantástico. Não é sonho estimar a presença tupiniquim entre os cinco primeiros no quadro final de medalhas da competição. Alguém pode dizer que o Brasil está tão acostumado a suportar dificuldades que só poderia resultar em uma superpotência paraolímpica.
      Mas eu questiono: você já visitou alguma entidade assistencial que auxilia pessoas com deficiência. Não disse "colaborar", não disse "realizar doação". Eu disse conhecer as necessidades, ver como é para pagar funcionários e profissionais que atuam por lá. Você sabe? Muitas campanha são feitas. E você acha que os campeões paralímpicos começaram onde a ter suas habilidades despertas e desenvolvidas?
      Esse é o ideal da paralimpíada. Diferente do ideal olímpico tradicional do "Importante é Competir. O mundo paralímpico é uma realidade diária, sem direito a ciclos. Quando os atletas hoje na mídia pendurarem as chuteiras (ou deixarem as pistas, piscinas, tatames, etc) serão cidadãos com a mesma deficiência que apresentam hoje. E vão precisar de duas coisas: acessibilidade e convivência em sociedade.
      Estamos preparados para isso?

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