sábado, 17 de setembro de 2016

Agora ele é o maior de todos



      Esqueça o ouro de Daniel Dias agora há pouco na piscina do Parque Aquático Olímpico, na paralimpíada Rio 2016, na final dos 100 metros livre classe S5. O homem conquistou apenas a oitava medalha nesta edição dos jogos. Metade são de ouro. Metade.
      Dias colocou quatro segundos para o segundo colocado e medalhista de prata, o norte-americano Roy Perkins. O bronze foi para o britânico Andrew Mullin. Isso também não interessa, no fundo.
     O nadador brasileiro iguala o recorde total de medalhas em paralimpíadas. Agora, são 23 pódios em três edições de jogos - Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. É o maior de todos os tempos, ao lado do australiano Matthew Cowdrey. É, no mínimo, o segundo maior nadador da história da paralimpíada. Um feito.
      A prova também foi marcada pela emoção da despedida de Clodoaldo Silva. O "tubarão aquático", apelido que recebeu após os seis ouros em Atenas 2004, terminou a prova na oitava colocação com o tempo de 1m20s80. Isso não importa também. Clodoaldo entra para a história como um dos atletas que mais incentivou a natação paralímpica brasileira. Com o jeito descontraído e falastrão - mas sem dizer besteira - o nadador conquistou a simpatia do público, a admiração de colegas de piscina e o carinho do torcedor. A família de Clodoaldo - incluindo a esposa e a filha Anita - estiveram no Parque Aquático para acompanhar a despedida paralímpica do campeão. 

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