segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O incrível argelino campeão paralímpico que seria campeão olímpico

Resultado de imagem para Abdellatif Baka
      Essa é uma daquelas histórias espetaculares que o esporte proporciona. Hoje pela manhã, no Estádio Olímpico Nilton Santos, o argelino Abdellatif Baka conseguiu algo inimaginável. Aliás, algo que o brasileiro Petrúcio dos Santos quase conseguiria. 
      Baka ganhou a prova dos 1.500 metros rasos da classe T3 (para atletas com limitações visuais) com um tempo tão sensacional que seria campeão olímpico. Isso mesmo. O tempo de 3m48s29 daria ao argelino a medalha de ouro na Rio 2016. O mais incrível é que os quatro primeiros colocados na prova venceriam a final dos 1.500 metros da última olimpíada.
      Um fator pode ser considerado decisivo para essa marca. A explosão muscular de um atleta paralímpico pode ser a mesma que um atleta "normal". A vantagem é a não percepção de corpos ao lado - os atletas notam apenas vultos. Uma distração que parece imperceptível para a maioria das pessoas, mas sem notar o competidor ao lado o cérebro reage como se fosse uma marca de quilômetro contra o relógio. Ou seja; o atleta precisa superar a si mesmo e o mais rápido ganha a prova. É assim que o cérebro entenderia a mensagem. Em uma corrida de velocidade - até 400 metros - a marca não é tão perceptível, mas no meio fundo (caso dos 800, 1.500 metros e 3.000 metros) a situação pode se reverter para os paralímpicos.
      E o que Petrúcio dos Santos tem a ver com isso? A marca do brasileiro na final dos 100 metros rasos classe T47, com 10s19 o colocaria na final olímpica também. Isso passou despercebido pela maioria. O jovem de 19 anos ficaria com a última vaga na final - e poderia disputar a prova com Usain Bolt e Justin Gatlin. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário