sexta-feira, 2 de agosto de 2024

OURO! A medalha da superação de Beatriz Souza

Reprodução X

 

   Quinta colocada no ranking mundial da categoria acima de 78 kg no judô feminino, a brasileira Beatriz Souza nem estava entre as mais cotadas para ganhar uma medalha na Olimpíada de Paris. Mesmo com bons resultados, Bia era uma zebra porque não tinha grandes conquistas, embora com resultados positivos no tatame. E essa medalha não veio de graça. Beatriz superou adversárias tecnicamente mais fortes e precisou reverter uma situação nas quartas-de-final onde havia sido prejudicada pela arbitragem. Todo esse esforço foi recompensado: Beatriz é campeã olímpica e conquista a primeira medalha de ouro do Brasil em Paris 2024.

   O combate era contra a sul-coreana Kim Hayun foi equilibrada, com duas punições para cada lado por evitar a pegada. A luta foi para o golden score, quando a primeira judoca a pontuar (ou quando a adversária receber um shidô, a punição) vence. E aí veio a dedicação da técnica brasileira Sarah Menezes. Quando Beatriz cai de costas no chão, os juízes apontam um waza-ari para a coreana. Sob protestos de Sarah, a arbitragem decidiu revisar o lance no VAR. E verificaram que a brasileira tinha o controle do golpe, pois havia dominado o quimono da adversária para tentar derrubá-la. Os árbitros, então, reverteram e deram um ippon para Bia, que seguiu.

   Na semifinal, outro desafio: pegar a francesa a francesa Romani Dicko, atual 1ª colocada do ranking mundial. A torceda francesa tentou empurrar Dicko, mas Beatriz manteve o controle da luta em grande parte do tempo. A luta, mais uma vez, foi para o golden score. Até que Bia aplicou um golpe e imobilizou Dicko, que deu três tapas no braço da brasileira, desistindo da luta. 

   Na decisão do ouro, Beatriz não tomou conhecimento da adversária, a israelense Raz Hershko, segunda colocada no ranking mundial, e venceu com um waza-ari. Aos 26 anos, Beatriz volta a competir neste sábado pelo Brasil, na disputa por equipes no Judô. Bia conquista a sétima medalha do Brasil em Paris e a terceira do judô - as anteriores foram a prata de William Lima e o bronze de Larissa Pimenta. 

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