quinta-feira, 8 de agosto de 2024

NÃO DEU... Em partida espetacular, EUA bate Brasil no vôlei feminino - que agora irá decidir o bronze

 

Alexandre Loureiro/COB

   Muitos leitores podem questionar: se o Brasil vinha bem e tinha esperanças de decidir o título olímpico, por que é que, no título desta matéria, não está evidenciada a derrota brazuca nas semifinais do vôlei feminino em Paris 2024? A resposta está na afirmação: os Estados Unidos jogaram mais. E venceram um dos grandes duelos da Olimpíada até agora. O placar foi de 3x2 para as norte-americanas (25/23, 19/25, 25/15, 23/25 e 15/11). Mas, acima de tudo, foi um grande jogo.

   No primeiro set, brasileiras e norte-americanas dividiram o placar. O Brasil chegou a abrir 19x15, mas permitiu a virada. Já no segundo set, a supremacia brasileira foi evidente, sempre dominando o placar. Os EUA não deixaram por menos e tomaram conta do terceiro set, sempre mantendo uma vantagem mínima de seis pontos. No quarto set o jogo emparelhou, mas o Brasil voltou a equilibrar a partida. Com trocas de bolas entre as equipes, as brasileiras conseguiram abrir em 21 x 17 e, mesmo tendo erros de ataque, conseguiram manter o placar e fechar.

   O problema brasileiro foi o tie-break. Primeiro, pelas oportunidades de contra-ataque nos três primeiros pontos, desperdiçados por erros da equipe comandada por José Roberto Guimarães. Depois, pelo fato de as brasileiras não conseguirem encaixar a recepção, muito semelhante ao que ocorrera no terceiro set. Terceiro, pela capacidade norte-americana de bloquear e decidir com suas ponteiras. As do Brasil, especialmente Gabi, não estiveram bem. Os Estados Unidos tornam-se a grande pedra no sapato do vôlei de quadra em Paris 2024 - porque o Brasil também havia sido eliminado pelos norte-americanos no vôlei masculino. 

   Mas, mesmo com uma derrota dolorida (foram as norte-americanas que ganharam na decisão do ouro em Tóquio 2020 das brasileiras), a Olimpíada não acabou. No sábado, o Brasil volta a quadra e decide contra o perdedor de Itália x Turquia (que se enfrentam na tarde desta quinta-feira) a medalha de bronze. Um terceiro lugar amargo, mas que traria ao menos a condição de resistência da Seleção, que até o jogo contra os EUA não havia perdido sequer um set no torneio olímpico. 

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