quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Nadadora brasileira expulsa da Olimpíada contrata advogados para tentar medidas contra decisão do COB


Luíza Moraes/COB

   Uma das maiores confusões da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris vai continuar por um bom tempo. A nadadora brasileira Ana Carolina Vieira, que foi expulsa da delegação brasileira após decisão do Comitê Olímpico Brasileiro, anunciou nas tedes sociais nesta terça-feira (6) que contratou advogados para tomar medidas contra a decisão que a afastou. E diz que a situação causou danos irreparáveis, a ponto de estar em período de restabelecimento psicológico”.

   A decisão do COB foi informada no dia 28 de julho. Segundo nota emitida pelo Comitê, Ana Carolina e o namorado Gabriel Santos, que também é nadador, deixaram a Vila Olímpica sem autorização na noite de 26 de julho. Enquanto Santos foi punido com advertência, Ana Carolina foi desligada, segundo o COB, por contestar a decisão técnica tomada pela comissão da Seleção Brasileira de Natação, “de forma desrespeitosa e agressiva”, conforme destacou a nota.

   A confusão seguiu, já que Ana Carolina publicou vídeos nas redes sociais contestando a decisão do COB e denunciando um caso de assédio. Em nota, o Comitê Olímpico Brasileiro rechaçou as acusações, salientando que não há processos em andamento ou denúncias pendentes sobre assédio vinculados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

   Na postagem desta terça-feira, Ana Carolina diz que irá se manifestar em momento oportuno, já que está em um processo de restabelecimento psicológico, afirmando que cumpriu com todas as suas obrigações profissionais em Paris. A nadadora afirma que ela e o namorado foram à Torre Eiffel na tarde de 25 de julho, em período de folga, dentro do prazo de uma hora e meia, com veículos oficiais disponibilizados aos competidores.

   O comunicado reforça que, motivada pelo fato de a decisão influenciar no rendimento da equipe, Ana Carolina, em nome da equipe, se insurgiu, mas sem desrespeito ou agressividade. A nadadora alega que foi comunicada do desligamento sem possibilidade defesa, ficando desamparada. A nota destaca que os danos da expulsão “são irreparáveis do ponto de vista psicológico e profissional, devido à repercussão do fato. 

   Após a manifestação da nadadora nas redes sociais, o COB ainda não colocou seu poscionamento. Quando informou sobre o afastamento, o Comitè assegura que a atitude foi "pautada pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava”.  A entidade alega que Ana Carolina foi acompanhada pelo Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão Brasileira em Paris, além de falar com a mãe e ter o apoio do psicólogo da delegação.

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