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| Foto: Gaspar Nóbrega/COB |
Tudo bem, não foi o que o brasileiro esperava. A lutadora Beatriz Ferreira (Bia) perdeu em decisão dividida para a irlandesa Kellie Harrington nas semifinais do boxe - categoria até 60 kg - dos Jogos Olímpicos de Paris. Foi uma luta equilibrada, mas a realidade é que a adversária da brasileira conseguiu encaixar um maior número de golpes que contam pontos. Bia demonstrou muita bravura, tentando a revanche contra Harrington - para quem havia perdido a final olímpica em Toquio 2020 e ficado com a medalha de prata.
Mesmo assim - e com a frustração visível da atleta ao deixar o ringue - há bons motivos para comemoração. Beatriz se torna a maior boxeadora da história olímpica feminina, com duas medalhas. Além disso, na modalidade, incluindo os homens, foi quem mais conquistou medalhas na maior competição esportiva do planeta. É uma façanha e tanto.
- Entreguei o que tinha para entregar. Eu sei que podia fazer muito melhor. Não tem muito o que lamentar. Infelizmente não deu. Desculpa ter decepcionado alguém, mas quem mais queria era eu - manifestou Bia, ao final da luta, na área de entrevistas.
Como o boxe não tem decisão pelo bronze, já que as derrotadas na semifinal não retornam ao ringue, a brasileira encerra sua participação em Paris 2024 com a sensação de dever cumprido, um ponto de frustração, mas com uma página escrita na história do esporte brasileiro.
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