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É bem verdade que a Seleção Brasileira de vôlei masculino lutou. Mas, em uma geração com muita disposição e força, mas sem grandes talentos individuais, não foi páreo para os Estados Unidos nas quartas-de-final em Paris. O resultado de 3x1 para os norte-americanos (26/24, 28/30, 25/19 e 25/19) mostrou o quanto o slogan "País do Voleibol" já não cabe mais para os brasileiros.
No primeiro set, o Brasil chegou a abrir vantagem, mas com alguns erros individuais acabou levando a virada. No segundo, foi o contrário: com muita disposição e aproveitando a instabilidade da equipe adversária, a seleção comandada por Bernardinho virou o set e empatou. Nos dois últimos sets, contudo, diante da variedade de jogadas dos Estados Unidos, alguns atletas pareciam atônitos. Com exceção do meio de rede Flávio e do líbero Thales, os brasileiros pareciam desconcentrados. Uma situação que ocorreu durante toda a Olimpíada. Essa é a pior campanha do Brasil desde a conquista da medalha de ouro em Barcelona/1992 (foram três derrotas e apenas uma vitória contra o Egito em Paris).
A coisa foi tão desorganizada que o Brasil tentou recuperar uma velha fórmula. Com o desgaste de Renan Dal Zotto no comando técnico, após garantir uma classificação suada no Pré-Olímpico (com a vaga vindo apenas na última rodada), o Brasil buscou Bernardinho. Só que o técnico bicampeão olímpico não conseguiu remontar a equipe. Com duas ou três alterações apenas no grupo, não conseguiu reunir talentos suficientes nas posições em quadra. Embora o Brasil tenha garra, há falhas técnicas gritantes - principalmente no bloqueio e na articulação de jogadas com os ponteiros.
É a segunda vez consecutiva que o Brasil não vai conquistar medalhas no vôlei masculino - havia ficado em 4º lugar nos Jogos de Tóquio. Desta vez, nem à semifinal chegou. Algo precisa mudar - e com urgência.
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