segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Na olimpíada das mulheres, Tatiana Weston Webb escreve seu nome na história e garante medalha para o surf feminino do Brasil

 William Lucas/COB

William Lucas/COB

   Nascida em Porto Alegre, Tatiana Weston Webb teve o primeiro contato com o Surf em Garopaba, Santa Catarina. Com a mudança da família para o Hawaí, o gosto pelo esporte ficou ainda maior. Mesmo com a opção de defender as cores norte-americanas, Tati optou por defender o Brasil. E, agora, escreve seu nome na história do esporte brasileiro, ao obter a classificação para a final do surf feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. E foi de uma maneira muito inusitada.

   Além de ter as melhores notas na bateria contra a costarriquenha Brisa Hennessy, outro fator ajudou a brasileira. O surf tem a chamada prioridade de onda - ou seja: quem tem essa condição pode escolher pegar a onda, sem que o adversário pegue a mesma. Por alguma razão até agora inexplicável, Tatiana começou a surfar e a costarriquenha apareceu no meio da onda, atrapalhando a brasileira. As imagens da transmissão mostram Tati gritando "Brisa, Brisa" para a adversária, que se dá conta da gafe e se joga na onda. No entanto, os juízes não perdoaram Brisa e a puniram: apenas uma das duas notas seria válida. A brasileira, com duas notas somadas, precisaria tirar mais do que 10 entre as duas notas. E somou 10,66 pontos, terminando a bateria.

   Agora o desafio de Tati será ainda maior. Ela pega a campeã mundial e primeira colocada no ranking mundial, a norte-americana Caroline Marks na decisão do ouro. A prova acontece ainda na noite desta segunda-feira, no Taiti. 

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