domingo, 11 de agosto de 2024

Fim da Olimpíada: as conquistas e decepções brasileiras em Paris 2024

Reprodução X


   Os Jogos Olímpicos de Paris chegaram ao fim neste domingo, dia 11. Desde o dia 24 de julho a maior competição esportiva do planeta reuniu milhares de atletas com objetivos distintos. Para a delegação brasileira, o balanço é positivo, embora algumas frustrações. Enquanto para alguns foi a consagração, para outros foi a oportunidade de estar em uma vitrine. No caso do Brasil foi a Olimpíada das Mulheres: todas as medalhas de ouro conquistadas pelo país foram delas - isso nunca havia ocorrido antes. 

A Olimpíada das mulheres brasileiras

   Também foi a Olimpíada dos recordes. A ginasta Rebeca Andrade tornou-se a atleta mais laureada em Jogos Olímpicos pelo Brasil, com seis medalhas - duas de ouro, uma de prata e três de bronze. Pela primeira vez os brasileiros conquistaram uma medalha por equipes mistas - no caso, o bronze no judô. Desde 1996 o Brasil não conquistava um ouro no vôlei de praia feminino - e o tabu veio abaixo com Duda e Ana Patrícia. Além do desempenho esportivo, outro número para a história: pela primeira vez a delegação brasileira teve mais mulheres do que homens - 153 dos 277 que foram à França para ser mais preciso. 

Os competidores de futuro

   Há também os bons exemplos, mesmo sem conquista de medalha. Como foi o caso de Ana Sátila, da canoagem slalom, que ficou em quarto lugar e por pouco não ganhou medalha. Ou de Hugo Calderano, também na quarta colocação, mas no tênis de mesa. Ou ainda Giullia Penalber, que perdeu a disputa do bronze no wrestling, a antiga luta olímpica - nunca um brasileiro havia ido tão longe na modalidade. 

As decepções

   Entretanto, também houve frustrações. A começar pelos esportes coletivos. O futebol e o handebol masculino, assim como o basquete feminino, sequer conseguiram vaga para Paris. O vôlei masculino fez a pior campanha desde 1976, em Montreal, com uma vitória e três derrotas, sendo eliminado nas quartas-de-final. O vôlei de praia masculino não passou da fase quartas-de-final. O handebol feminino, depois de um começo animador, sucumbiu até ser eliminado pela campeã olímpica Noruega nas quartas-de-final. 

   Há ainda duas particularidades: a vela e o boxe. Nas águas, os brasileiros não conquistaram nenhuma medalha, algo que não ocorria desde Barcelona, em 1992. As bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunzle sequer chegaram à regata da medalha. Foi uma decepção. Outra foi no boxe. Embora o desempenho de Beatriz Ferreira tenha trazido o bronze, os demais tiveram resultados pífios. Com duas exceções que chegaram às quartas-de-final, os demais ficaram na fase preliminar. Em Tóquio 2020 o boxe brasileiro havia conquistado três pódios, com um ouro, uma prata e um bronze. 

As expectativas e as imagens marcantes

   O surfe e o skate consolidaram-se como os esportes do futuro. Os bronzes de Rayssa Leal (street) e Augusto Akio (Park), jovens atletas, são inspiradores para que novas gerações conheçam e pratiquem o esporte. Gabriel Medina (bronze) e Tati Weston-Webb (surfe) trazem uma realidade que virou grife mundial: a "Braziliam Storm" (tempestade brasileira) faz sucesso no mundo e vai continuar trazendo bons resultados para o país. 

   Existem também as imagens marcantes que envolvem brasileiros. A foto de Gabriel Medina "parado no ar", pedindo uma nota 10 (ficou em 9,9) em uma das baterias da prova de surf já virou capa de caderno. A reverência das ginastas norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles a Rebeca Andrade no pódio da prova de solo também é outro momento marcante de Paris 2024.

E tem mais...

   Se você chegou até aqui e pensa que acabou, está enganado. De 28 de agosto a 8 de setembro tem mais uma edição dos Jogos Paralímpicos, também em Paris. A competição esportiva da inclusão ganha cada vez mais audiência, com crescimento da participação brasileira - já que o país é considerado uma potência paralímpica. A torcida vai continuar. E tudo leva a crer que a torcida vai poder seguir ouvindo, até 8 de setembro, o Hino Nacional tocando e os representantes brazucas no alto do pódio.  

sábado, 10 de agosto de 2024

Brasil termina participação em Paris 2024 com 20 medalhas e desempenho inferior a Tóquio

 

Arte: pampa360graus

   O Brasil encerrou neste sábado (10) sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris. A medalha de bronze no vôlei feminino foi a última conquistada pelo país. Agora, as expectativas ficam para 2028, quando a Olimpíada será realizada pela terceira vez em Los Angeles, nos Estados Unidos. O desempenho brasileiro foi bom, mas aquém da expectativa.

   O país conquistou 20 medalhas, sendo 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze. As 20 medalhas ao total são o segundo maior número (atrás apenas de Tóquio 2020, quando teve 21). Mas, a chegada ao topo do pódio despencou. Em 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou 7 medalhas de ouro - o mesmo número em Tóquio. Ou seja: o desempenho caiu para menos da metade.

   Nas bolsas de apostas existem explicações para esse desempenho pior nos primeiros lugares. No surf, Gabriel Medina era o mais cotado para ganhar o ouro. Acabou tolhido pela falta de ondas após apenas 5 minutos de bateria na semifinal masculina. O Brasil também tinha expectativa no judô para conquistar dois ouros - veio o de Bia Souza, na categoria acima de 78 kg. E na vela talvez esteja  a maior frustração. As bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunzle sequer chegaram a brigar por medalha. Desde 1992, em Barcelona, quando também ficou sem medalhas na modalidade, o país não tinha um desempenho tão pífio.  

   Como no esporte há fatores inusitados, essa expectativa também apresentou uma condição diferenciada. Nas bolsas de aposta, Rebeca Andrade era favorita para ganhar o ouro no salto e a prata no solo. Aconteceu que a brasileira trocou a ordem, vencendo no solo e ficando em segundo no salto sobre a mesa. Além disso, Beatriz Souza não aparecia entre os mais cotados para o ouro no judô. E venceu. E essa é a graça do esporte, onde o inesperado pode consagrar e o favorito pode sucumbir. 


NA FORÇA E NA QUALIDADE - Brasil bate Turquia e fica com o bronze no vôlei feminino em Paris 2024

Miriam Jeske/COB


  O Brasil entrou com uma obrigação para o confronto contra a Turquia, na decisão da medalha de bronze do vôlei feminino na Olimpíada de Paris: deixar para trás o jogo contra os Estados Unidos, nas semifinais, que retiraram as brasileiras da disputa pelo ouro. E a Seleção teve algo fundamental em quadra: atitude. Com o talento de Gabi e a força de Ana Cristina, venceu por 3 sets a 1 e conquistou a terceira posição no torneio olímpico. Foi a quinta medalha do técnico José Roberto Guimarães (três ouros, sendo dois no feminino e um no masculino, uma prata, no feminino, e um bronze, também no feminino).

   É verdade que a Turquia fez um jogo de igual para igual. No primeiro set, por exemplo, ficou grande parte do tempo atrás do placar. Entretanto, a partir do 19x19, as brasileiras encontraram o jogo, principalmente forçando o saque e aproveitando o desperdício das turcas. Fecharam em 25/21. No segundo set, o drama foi maior. A Turquia fez novamente uma partida equilibrada e elas chegaram a ter três set points. Mas, com muita garra de Gabi, que chamou o jogo para si após não ter jogado bem contra as norte-americanas, o Brasil virou e fechou em 27/25.

   O terceiro set continuou complicado. As turcas defendiam bem e conseguiam aproveitar os contra-ataques, embora o Brasil mantivesse o ritmo. No entanto, a partir do 17x17 a Turquia forçou mais o saque e o Brasil errou bastante. O time turco fechou em 25/22 e voltou para o jogo. Mas, no quarto set, o panorama mudou. As brasileiras não deram chance para as turcas. Abriram logo cinco pontos de diferença e mantiveram a vantagem até o 21x15. Com dois pontos de bloqueio e com erros de recepção das turcas, o Brasil fechou em 25/15 e garantiu o bronze.  

NÃO DEU DE NOVO... Brasil peca na defesa, perde gols e fica com a prata no futebol feminino

 

Reprodução X

   Os deuses do futebol, mais uma vez, não olharam para o futebol feminino brasileiro. Mesmo jogando um bom futebol no primeiro tempo, tendo um gol de Ludmilla anulado por impedimento, e criando boas oportunidades de gol, a eficiência norte-americana pesou mais uma vez. E elas ficaram com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os Estados Unidos venceram por 1x0, gol marcado pela atacante Swanson aos 12 minutos do segundo tempo.

   O time brasileiro repetiu o sistema que havia dado certo contra França e Espanha. Mesmo que as norte-americanas tivessem um senso de cobertura e recuperação de bola mais forte - elas anularam Gabi Portilho, a melhor jogadora de ataque do país na competição - a Seleção Brasileira criou boas oportunidades. Logo a dois minutos, Ludmilla recebeu sozinha na entrada da área, avançou, mas concluiu recuando para a goleira norte-americana Naeher. O Brasil criou chances ainda e reclamou de um pênalty em Adriana - quando a zagueira norte-americana atingiu a atacante brasileira. O VAR analisou, mas não considerou falta.

   O jogo também foi picotado. Embora a arbitragem não tenha influência no resultado, a árbitra sueca Tess Olofsson foi muito criticada pelas jogadoras. O principal fator foi a marcação de faltas - onde as cãmeras de transmissão pegaram várias entradas brasileiras na bola e a juíza marcou falta para as norte-americanas.

   Na segunda etapa, o Brasil voltou bem. No entanto, uma desatenção entre o meio-campo e a defesa permitiu o gol norte-americano. Em uma troca de passes errada, a bola foi lançada para Swanson. Ela recebeu livre e, na saída de Lorena, marcou 1x0. A partir daí, o técnico Arthur Elias tentou mexer, inclusive colocando Marta. 

   No entanto, a última partida da melhor jogadora do mundo em seis oportunidades pela Seleção deixou uma sensação melancólica. A camisa 10, sem o mesmo brilho de anos anteriores, pouco fez. A melhor oportunidade que teve foi em uma cobrança de falta aos 43 minutos, mas passou longe do gol. A melhor chance do Brasil foi aos 52 minutos, quando Yasmin cruzou da esquerda e Adriana cabeceou livre. Naeher fez uma defesa sensacional e impediu o empate brasileiro.  

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

MENINAS DE OURO - Duda e Ana Patrícia batem canadenses e quebram tabu de 28 anos para levar o Brasil ao topo do vôlei de praia feminino

 

Luíza Moraes/COB

   A espera acabou! Depois do ouro de Jaqueline/Sandra em Atlanta/1996 o Brasil jamais havia ganhado novamente uma medalha de ouro no vôlei feminino em Jogos Olímpicos. Duda e Ana Patrícia transformaram esse tabu em po - ou melhor, areia - na tarde deste dia 9 de agosto. A dupla venceu as canadenses Brandie e Melissa por 2x1 (26/24, 12/21 e 15/11) para entrar no olimpo da modalidade.

   Não foi uma partida fácil. Com muitos erros e o nervosismo visível de Ana Patrícia no começo do jogo, o Brasil tinha dificuldades. As canadenses chegaram a abrir seis pontos de diferença. Mas, assim como ocorreu com a Letônia nas quartas-de-final, as brasileiras encontraram o rumo. Com o talento de Duda achando espaços na quadra adversária e o bloqueio de Ana Patrícia, aliado a um saque mais forçado, foi possível virar e fechar em 26/24 o primeiro set.

   No segundo set parecia que o jogo estava encaminhado. O Brasil chegou a abrir três pontos de diferença no início. No entanto, com a mudança de postura (em vez de sacar em Duda, como no primeiro set, as canadenses forçaram em cima de Ana Patrícia), a situação mudou. As brasileiras levaram a virada, desperdiçaram cinco contra-ataques e levaram três aces. Melissa e Brandie aproveitaram e fecharam com facilidade, 21/12.

   No tie-break, concentradas, Duda e Ana Patrícia não deram chance às adversárias. Abriram logo três pontos e em aumentaram para cinco - a partida chegou a estar em 12x7. As canandenses reagiram, mas não o suficiente para tirar o ouro das brasileiras. Com um ataque de Ana Patrícia que explodiu no bloqueio e saiu, vitória por 15/11. E muita festa brasileira na arquibancada.

   Aliás, no set desempate, quase houve treta entre Ana Patrícia e as canadenses. Melissa encarou a brasileira depois de um ponto e Ana Patrícia não ficou atrás. O árbitro de baixo precisou entrar em quadra e separar as atletas - que foram punidas com um cartão amarelo. Aos poucos elas se acalmaram. E o DJ colaborou: tocou "Imagine", de John Lennon. Tanto as brasileiras como as canadenses sorriram e aplaudiram, enquanto a torcida do Brasil e do Canadá cantou junto. Ao final da partida, Ana Patrícia abraçou as adversárias, que retribuíram. Era o ponto final do ouro brasileiro em Paris. 

PIU ARREPIOU EM PARIS 2024! Alison dos Santos garante o bronze nos 400 metros com barreiras

 

Reprodução X

   Mesmo com a chuva que caía em Paris, o brasileiro Alison dos Santos, o Piu, venceu as desconfianças. Com uma prova consistente, o brasileiro ficou com a medalha de bronze na prova dos 400 metros com barreiras, a última do dia do atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris. O ouro ficou com o norte-americano Rai Benjamin e a prata com o norueguês Karsten Warholm (que tinha o melhor tempo da competição, era campeão olímpico e favorito da prova).

   Piu já havia conquistado a medalha de prata em Tóquio 2020. De lá para cá teve resultados expressivos, como vitórias na Diamond League, que reúne os melhores atletas de atletismo do mundo. Entretanto, desde 2023 sofreu com lesões. Nas classifcatórias, chegou a ficar dependendo de maus resultados de seus adversários para chegar às semifinais. A partir daí, reagiu. Chegou em segundo na sua classificatória e obteve a vaga direta para a final. 

   Na prova desta sexta-feira, Piu foi constante, ultrapassando as barreiras e aumentando o ritmo a partir dos 200 metros. O brasileiro brigou até o final com o norueguês pela medalha de prata, mas acabou diminuindo o ritmo após a última barreira. Mesmo assim, foi o suficiente para chegar em terceiro. Com isso, Piu entra no grupo de brasileiros no atletismo com duas medalhas olímpicas - ao lado de nomes como Ademar Ferreira da Silva (dois ouros no salto triplo), Joaquim Cruz (um ouro e uma prata nos 800 metros rasos) e Thiago Braz (ouro e prata no salto com vara). 

FICOU NO QUASE - Giulia Penalber perde para chinesa a disputa pelo bronze no wrestling

 

Luiza Moraes/COB


   Giulia Penalber lutou muito, mas não foi suficiente. Aliando força e técnica, a chinesa Hong Kexin não deu chances para a brasileira na disputa pela medalha de bronze na categoria até 57 kg feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. O escore do combate traz a ideia do quão superiora foi a chinesa: 10 x 0. 

   Apesar da derrota, nenhum lutador brasileiro de wrestling, a antiga luta livre, havia chegado tão longe em uma olimpíada. Mas, na luta, não há contestações sobre a superioridade da adversária. Hong venceu após 1min57s. A luta é encerrada quando uma atleta consegue uma diferença de 10 pontos (no que foi o caso) ou quando tem maior pontuação que a outra atleta quando termina o tempo. Giulia  chegou a ter uma segunda chance quando um recurso brasileiro anulou dois pontos da adversárioa. A brasileira ainda tentou encaixar golpes, mas a Hoxin encontrou os dois pontos.

NA LUTA PELO BRONZE - Giulia Penalber vence na reperscagem e busca medalha inédita para o Brasil no wrestling

 

Luiza Moraes/COB

   Ela já havia surpreendido ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Santiago, no ano passado. E agora conquistou o feito de colocar o Brasil no cenário do wrestling - um esporte que era conhecido anteriormente como luta livre e que é uma arte marcial com técnicas de agarramento, como luta em clinch, arremessos, derrubadas, chaves, pinos e outros golpes. Giulia Penalber, de 32 anos, vai disputar a medalha de bronze contra a chinesa  Kexin Hong.

   A luta será a penúltima da sessão prevista para começar por volta das 13h15min. O combate entre a brasileira e a chinesa está previsto para depois das 15h30min (horário de Brasília). Giulia venceu guamesa Rckaela Maree Ramos por 2 a 0. Depois, perdeu para a moldova Anastasia Nichita por 5 a 0. No entanto, com o avanço de Anatasaia para a final, Giulia entrou na repescagem. Na manhã desta sexta-feira (9) ganhou da alemã Sandra Paruszewski por 7 a 0.

   Vale lembrar que Giulia é irmã do judoca Vítor Penalber, que participou de duas olimpíadas pelo Brasil. 

PRATA ESPETACULAR - Isaquias Queiroz arranca nos 250 metros finais e conquista a prata na canoagem C1 em Paris 2024

 

Wander Roberto/COB

   Foi de tirar o fôlego! Em uma arrancada espetacular, o brasileiro Isaquias Queiroz conquistou na manhã desta sexta-feira (9) a medalha de prata na final da canoagem C1 1000 metros nos Jogos Olímpicos de Paris. Até a metade da prova, o atleta estava em quinto. Faltando 250 metros para o fim, estava na quarta colocação. E com uma arrancada sensacional, ultrapassou dois adversários para chegar em segundo lugar e conquistar a medalha. O ouro ficou com o tcheco - e grande favorito - Martin Fuksa. O bronze ficou com o moldavo Serghei Tarnovschi. 

   Queiroz fez história. Além do maior medalhista brasileiro na história da canoagem olímpica, ele chega ao número impressionante de cinco medalhas em três olimpíadas - já havia conquistado nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeir prata na Canoa Individual (C1) 1.000m, bronze na Canoa Individual (C1) 200m e prata na Canoa de Dupla (C2) 1.000m, com Erlon de Sousa Silva. Além do ouro na C1 1000 metros em Tóquio 2020. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

SENSACIONAL- Brasil vence Austrália e vai disputar ouro no vôlei de praia feminino

  

Gaspar Nóbrega/COB

  Ufaaaaa! Foi no sufoco, na garra e na virada. Mas as brasileiras Duda e Ana Patrícia, dupla número 1 do ranking mundial, estão na final do vôlei de praia feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. Elas venceram as australianas Clancy e Mariafe por 2 X 1 (20/22, 21/15 e 15/12) é vão disputar a medalha de ouro com as canadenses Melissa e Brandy nesta sexta-feira (9), a partir das 17h30min (horário de Brasília).

   Duda e Ana Patrícia iniciaram bem a partida. Elas chegaram a dominar grande parte do set. Mas, no final, cometeram erros e desperdiçaram contra-ataques, até por precipitação. As australianas viraram e fecharam o primeiro set.

   No segundo set, a situação foi diferente. A partir do sétimo ponto as brasileiras abriram vantagem e até ampliaram. Com Duda defendendo muito, o set foi tranquilo para as brasileiras, apesar da necessidade de emparelhar o confronto. 

   No set decisivo, muito equilíbrio. Não houve abertura de vantagem para as duplas até o 12x12. Mas, ao forçar o saque, Duda provocou o erro das australianas e o Brasil abriu vantagem em 14 X 12. Com outro saque forçado de Duda, a bola voltou para o lado brasileiro e definiu a partida com uma largada no fundo de quadra.

BRONZE INESPERADO - Netinho bate espanhol e conquista medalha para o Brasil no taekwondo

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  Edival Pontes, conhecido por Netinho, conseguiu até o momento a medalha mais inesperada do Brasil em Paris 2024. O atleta do taekwondo ganhou do espanhol Javier Pérez Polo por 2 rounds a 1 e garantiu o bronze na categoria até 68 kg. 

   A trajetória do atleta brasileiro foi curiosa e atípica em relação a outros esportes. Logo na primeira luta, Netinho encarou o jordaniano Zaid Kareem e perdeu o combate. Mas, ao contrário de outras modalidades como o judô ou a luta greco-romana, existe uma possibilidade de disputa de repescagem para o atleta derrotado primeira luta se o adversário vencedor chegar à decisão do ouro. E foi exatamente isso que aconteceu. 

   Por conta desse fator, Netinho tinha uma parada duríssima: encarar o turco Hakan Recber, medalhista de bronze em Tóquio 2020. Em uma luta agressiva de ambos os atletas, o brasileiro venceu por 2 rounds a 1 e foi para a decisão do bronze.

   Na luta contra o espanhol, Netinho ganhou o primeiro round após um empate em 3x3 (quando há empate são os juízes que decidem o vencedor, pelo maior número de golpes). O brasileiro perdeu o segundo por 5x4, mas venceu o último por 4x3 e comemorou muito a medalha. 

NÃO DEU... Em partida espetacular, EUA bate Brasil no vôlei feminino - que agora irá decidir o bronze

 

Alexandre Loureiro/COB

   Muitos leitores podem questionar: se o Brasil vinha bem e tinha esperanças de decidir o título olímpico, por que é que, no título desta matéria, não está evidenciada a derrota brazuca nas semifinais do vôlei feminino em Paris 2024? A resposta está na afirmação: os Estados Unidos jogaram mais. E venceram um dos grandes duelos da Olimpíada até agora. O placar foi de 3x2 para as norte-americanas (25/23, 19/25, 25/15, 23/25 e 15/11). Mas, acima de tudo, foi um grande jogo.

   No primeiro set, brasileiras e norte-americanas dividiram o placar. O Brasil chegou a abrir 19x15, mas permitiu a virada. Já no segundo set, a supremacia brasileira foi evidente, sempre dominando o placar. Os EUA não deixaram por menos e tomaram conta do terceiro set, sempre mantendo uma vantagem mínima de seis pontos. No quarto set o jogo emparelhou, mas o Brasil voltou a equilibrar a partida. Com trocas de bolas entre as equipes, as brasileiras conseguiram abrir em 21 x 17 e, mesmo tendo erros de ataque, conseguiram manter o placar e fechar.

   O problema brasileiro foi o tie-break. Primeiro, pelas oportunidades de contra-ataque nos três primeiros pontos, desperdiçados por erros da equipe comandada por José Roberto Guimarães. Depois, pelo fato de as brasileiras não conseguirem encaixar a recepção, muito semelhante ao que ocorrera no terceiro set. Terceiro, pela capacidade norte-americana de bloquear e decidir com suas ponteiras. As do Brasil, especialmente Gabi, não estiveram bem. Os Estados Unidos tornam-se a grande pedra no sapato do vôlei de quadra em Paris 2024 - porque o Brasil também havia sido eliminado pelos norte-americanos no vôlei masculino. 

   Mas, mesmo com uma derrota dolorida (foram as norte-americanas que ganharam na decisão do ouro em Tóquio 2020 das brasileiras), a Olimpíada não acabou. No sábado, o Brasil volta a quadra e decide contra o perdedor de Itália x Turquia (que se enfrentam na tarde desta quinta-feira) a medalha de bronze. Um terceiro lugar amargo, mas que traria ao menos a condição de resistência da Seleção, que até o jogo contra os EUA não havia perdido sequer um set no torneio olímpico. 

Medida Provisória isenta cobrança de tributação de atletas brasileiros em premiações do COI e do COB

Foto: Reprodução Receita Federal

 

   Uma das maiores polêmicas da Olimpíada, fora da disputa esportiva, parece ter uma situação encaminhada. Nesta quinta-feira (8) foi publicada no Diário Oficial da União a medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que isenta atletas olímpicos de pagarem Imposto de Renda sobre os prêmios recebidos do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nas Olimpíadas de Paris 2024. 

   Há dias a situção gerava manifestações nas redes sociais. Isso porque havia informações desencontradas sobre o tema - uma delas, que haveria cobrança sobre o ouro, prata e bronze das medalhas era totalmente infundada. No entanto, as premiações em dinheiro recebidas pelos atletas dos comitês eram, sim, taxadas tão logo chegassem ao Brasil. As premiações como medalhas e troféus já são isentos de tributos federais. 

   Vale ressaltar que a isenção é válida apenas nas premiações em dinheiro pagas pelo COI e COB. Valores recebidos de patrocinadores, confederações ou federações locais vão continuar sujeitas a uma taxação de até 27,5%. A Receita Federal, após a repercussão, chegou a divulgar uma nota dizendo que não teria amparo legal para abrir mão de cobrar a taxação e que os atletas seriam enquadrados na norma tributária como qualquer outro trabalhador.

   A MP, que além de Lula é assinada pelo ministro do Esporte, André Fufuca, é retroativa a 24 de julho. Com isso, a mudança beneficia também aqueles que ganharam competições antes desta quinta, como a s duas medalhistas de ouro em Paris 2024 do Brasil até agora - a judoca Beatriz Souza e a ginasta Rebeca Andrade. 

QUASE! Ana Marcela Cunha termina em quarto na maratona aquática

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   A brasileira Ana Marcela Cunha ficou no quase na prova da maratona aquática feminina de 10 km, disputada na madrugada desta quinta-feira (8) pelo horário de Brasília.  A campeã olímpica em Tóquio 2020 acabou na quarta colocação.  O ouro ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal.

   Ana Marcela fez uma prova de recuperação. Entretanto  em nenhum momento a brasileira esteve no pelotão das lideres da prova, finalizando a 41 segundos da campeã e a 34 segundos da medalhista de bronze, a italiana Ginevra Taddeucci. A prata ficou com a australiana Moesha Johnson.

   Viviane Jungblut também representou o Brasil nos dez quilômetros pelas águas do Rio Sena e finalizou com a nona colocação.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

NO PÁREO - Duda e Ana Patrícia vencem letãs e vão disputar medalha no vôlei de praia em Paris 2024

 

Luíza Moraes/COB

   O susto inicial caiu por terra com o decorrer da partida. A dupla brasileira Duda e Ana Patrícia está nas semifinais do vôlei de praia feminino na Olimpíada de Paris. Elas venceram a dupla da Letônia, formada por Tina Graudina e Anastasija Samoliova por 2 sets a 0 (parciais de 21/16 e 21/10). Agora, para buscar o ouro, as brasileiras voltam à cancha de areia montada próximo à Torre Eiffel nesta quinta-feira, às 16h (horário de Brasília) para enfrentar as australianas Mariafe del Solar e Taliqua Clancy.

   As brasileiras começaram o jogo desconcentradas. A dupla da Letônia aproveitou e chegou a abrir 6x0. A partir de um pedido de tempo, a condição mudou. Com um saque forçado, principalmente de Ana Patrícia, o Brasil entrou no jogo e empatou em 13x13, aos poucos. A partir daí, com muitas defesas de Duda e cinco pontos de bloqueio de Ana Patrícia, as brasileiras não tiveram mais dificuldades e fecharam em 21/16.

   No segundo set foi um passeio. Em momento algum Duda e Ana Patrícia tiveram trabalho. E ainda contaram com 4 pontos dados pelas letãs em erros de saque - inclusive o que determinou o fim da partida. A vitória por 21/10 foi tranquila e as brasileiras vibraram muito com a classificação. Vale lembrar que, em Tóquio 2020, o Brasil não subiu ao pódio no vôlei de praia, tanto no masculino quanto no feminino. 

BRONZE - Augusto Akio, o Japinha, mantém a escrita e conquista mais uma medalha no skate park masculino

 

Luíza Moraes/COB

   Foi uma medalha suada, obtida na última tentativa e precisando "secar" os concorrentes. Mas o brasileiro Augusto Akio, o Japinha, conquistou a medalha de bronze na final do skate park masculino na Olimpíada de Paris. A final disputada no início da tarde desta quarta-feira (7) teve ainda outros dois brasileiros: Pedro Barros acabou em quarto lugar, enquanto Luigi Cini acabou em oitavo. O ouro foi para o australiano Keegan Palmer e a prata para o norte-americano Tom Schaar.

   Akio é uma figura à parte dentro do skate. Antes da prova, acontece a apresentação dos participantes. E Japinha sempre apresenta outro talento, além daquele que já demonstra na pista: faz malabarismos com três pinos. Com isso, conquista o público e é um dos skatistas mais carismáticos do circuito mundial. Mesmo com a pressão de ter quedas nas duas primeiras tentativas (são três na final), Akio não se intimidou. Foi para a pista sorrindo. E deu uma volta espetacular - foi o único brasileiro a conquistar mais de 90 - terminou com 91.15, o suficiente para garantir a medalha. 

   Agora, em duas olimpíadas, o Brasil tem duas medalhas no park masculino- a prata de Barros, em Tóquio, e o bronze de Japinha, em Paris. 

Nadadora brasileira expulsa da Olimpíada contrata advogados para tentar medidas contra decisão do COB


Luíza Moraes/COB

   Uma das maiores confusões da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris vai continuar por um bom tempo. A nadadora brasileira Ana Carolina Vieira, que foi expulsa da delegação brasileira após decisão do Comitê Olímpico Brasileiro, anunciou nas tedes sociais nesta terça-feira (6) que contratou advogados para tomar medidas contra a decisão que a afastou. E diz que a situação causou danos irreparáveis, a ponto de estar em período de restabelecimento psicológico”.

   A decisão do COB foi informada no dia 28 de julho. Segundo nota emitida pelo Comitê, Ana Carolina e o namorado Gabriel Santos, que também é nadador, deixaram a Vila Olímpica sem autorização na noite de 26 de julho. Enquanto Santos foi punido com advertência, Ana Carolina foi desligada, segundo o COB, por contestar a decisão técnica tomada pela comissão da Seleção Brasileira de Natação, “de forma desrespeitosa e agressiva”, conforme destacou a nota.

   A confusão seguiu, já que Ana Carolina publicou vídeos nas redes sociais contestando a decisão do COB e denunciando um caso de assédio. Em nota, o Comitê Olímpico Brasileiro rechaçou as acusações, salientando que não há processos em andamento ou denúncias pendentes sobre assédio vinculados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

   Na postagem desta terça-feira, Ana Carolina diz que irá se manifestar em momento oportuno, já que está em um processo de restabelecimento psicológico, afirmando que cumpriu com todas as suas obrigações profissionais em Paris. A nadadora afirma que ela e o namorado foram à Torre Eiffel na tarde de 25 de julho, em período de folga, dentro do prazo de uma hora e meia, com veículos oficiais disponibilizados aos competidores.

   O comunicado reforça que, motivada pelo fato de a decisão influenciar no rendimento da equipe, Ana Carolina, em nome da equipe, se insurgiu, mas sem desrespeito ou agressividade. A nadadora alega que foi comunicada do desligamento sem possibilidade defesa, ficando desamparada. A nota destaca que os danos da expulsão “são irreparáveis do ponto de vista psicológico e profissional, devido à repercussão do fato. 

   Após a manifestação da nadadora nas redes sociais, o COB ainda não colocou seu poscionamento. Quando informou sobre o afastamento, o Comitè assegura que a atitude foi "pautada pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava”.  A entidade alega que Ana Carolina foi acompanhada pelo Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão Brasileira em Paris, além de falar com a mãe e ter o apoio do psicólogo da delegação.

Brasil se destaca em prova classificatória do park masculino e coloca três finalistas na disputa por medalha

Luíza Moraes/COB


   Nem Estados Unidos, nem Japão. Foi o Brasil que conseguiu o aproveitamento de 100% na fase classificatória do skate park masculino, na manhã desta quarta-feira (7) nos Jogos Olímpicos de Paris. 

   A melhor nota ficou com Pedro Barros. O skatista ficou com Pedro se classificou na sexta posição, com 89.24; Luigi veio logo na sequência, em sétimo, com 89.10.  E Augusto Akio (Japinha) conquistou a última vaga, com a nota 88,98. As finais acontecem a partir das 12h30min (horário de Brasília).

   Em Tóquio 2020, Pedro Barros ficou com a prata na prova. A etapa final do park masculino terá oito competidores. A maior nota na fase classifcatória ficou com o australiano Keegan Palmer - 93,78. 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

VAI DISPUTAR O OURO - Brasil bate Espanha com autoridade e vai à final do futebol feminino, em dia de eliminação de dois esportes coletivos

 

Gaspar Nóbrega/COB

   Ninguém esperava. Mas a confiança após a vitória contra a França ficou evidente na Seleção Brasileira de futebol feminino. Mesmo desperdiçando várias oportunidades de gol no primeiro tempo, a equipe comandada por Arthur Elias se impôs diante da Espanha, venceu por 4x2, e vai disputar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris no sábado (10) contra os Estados Unidos - para quem já perdeu duas decisões de ouro (em 2004 e 2008).

   Mesmo sem poder contar com Marta (suspensa), Antônia, Rafaelle e Tamiris (lesionadas), a Seleção fez um primeiro tempo muito bom, o melhor na Olimpíada  até agora. Com marcação eficiente e lançamentos às costas das laterais espanholas, que apresentaram dificuldades defensivas, o Brasil levava perigo. No entanto, o primeiro gol veio de uma forma completamente inusitada - e cedo. Logo aos 6 minutos, a goleira espanhola Cata Coll tentou rebater uma bola recuada. No entanto, a bola pegou na zagueira Paredes e foi entrando devagarinho, com doses extras de crueldade. O gol desestabilizou as espanholas, que buscavam o ataque mas, ou paravam na zaga brasileira, ou nas mãos de Lorena.

   O Brasil perdeu oportunidades de gol com Ludmilla e Gabi Portilho. Mas, aos 48 minutos, Gabi recebeu um cruzamento de Yasmin e chutou de primeira, de pé direito, para fazer 2x0. 

   Após o intervalo, a Seleção Brasileira voltou disposta a definir a classificação. Voltou a perder oportunidades de gol, mas aos 25 minutos, após grande jogada de Priscilla, Adriana cabeceou na trave. No rebote, Gabi Portilho ajeitou e a mesma Adriana fez 3x0. O gol acordou as espanholas, que tentaram uma reação. O gol veio aos 39 minutos, quando Paralluelo cabeceou. Duda Sampaio tentou afastar, mas não pegou na bola, que acabou entrando. No entanto, o Brasil não se abateu. Aos 45 minutos, Kerolin conseguiu roubar a bola de Hernández, avançou e na saída de Cata Coll colocou a bola entre as pernas da goleira, marcando 4x1.

   Eis que a árbitra inglesa Rebecca Welch deu 15 minutos de acréscimos (que se transformariam em 18), para desespero das brasileiras. A "prorrogação" permitu que as espanholas marcassem mais um gol, com Paralluelo novamente. Era tarde demais para uma reação. O Brasil só aguardou o apito final e celebrou a vitória, justa, merecida e com uma atuação que convenceu e traz esperanças à torcida.

Handebol

   No handebol feminino, não deu para o Brasil. A Seleção foi derrotada pela vice-campeã mundial Noruega por 32 x 15 nas quartas-de-final e foi eliminada. O Brasil terminou a Olimpíada com duas vitórias e quatro derrotas - embora tenha caído no grupo mais forte, com seleções como Hungria, Holanda e França. Nas últimas três edições de olimpíadas o Brasil avançou até as quartas-de-final no feminino, mas foi eliminado. 

Basquete masculino

   A missão quase impossível demonstrou que, no basquete, não há espaço para zebras. Os Estados Unidos e sua versão atual do "Dream Team" (time dos sonhos, com astros da liga norte-americana, a NBA) venceu o Brasil por 122 x 87 e foi eliminado nas quartas-de-final do torneio masculino. Apesar dos problemas nos arremessos, o sistema defensivo brasileiro fez o possível e conseguiu evitar uma diferença ainda maior, com um número elevado de rebotes. Até a metade do segundo quarto a diferença manteve-se na faixa dos 10 pontos pró-Estados Unidos, mas com o cansaço nos dois últimos quartos, os brasileiros foram presas fáceis e os norte-americanos conseguiram ampliar a diferença. 

Dora Varela bate na trave e fica em 4º na final do skate park feminino em Paris

 

   

Reprodução X

   Sabe aquela sensação de "faltou pouco"? Pois foi exatamente isso que aconteceu no início da tarde desta terça-feira (6) com a skatista brasileira Dora Varela. Na prova de skate park dos Jogos Olímpicos de Paris, Dora quase não passou para a segunda fase e precisou da sorte. Na fase decisiva, entretanto, ficou no "quase". Ela terminou a prova em quarto lugar, com uma nota 89,14. O ouro foi para a australiana Arisa Trew, a prata para a japonesa Kokona Hiraki e o bronze para a britânica Sky Brown.

   Dora havia ficado em sétimo na Olimpíada de Tóquio e, com o resultado, conquista a melhor colocação brasileira no Park feminino. A prova é composta pela execução de manobras dentro de um circuito, onde os atletas tem 90 segundos para fechar o percurso. A brasileira teve apenas uma queda e ficou a 3 pontos da conquista do bronze. 


Brasil repete mau desempenho de Tóquio e é eliminado no vôlei de praia masculino antes das semifinais

 

Reprodução X

   
   O vôlei de praia masculino do Brasil despediu-se de Paris 2024 nesta terça-feira (6). A dupla formada por Evandro e Arthur acabou derrotada pelos suecos Hellwig e Ahman por 2x0 (parciais de 21/17 e 21/16). Depois da eliminação de André e George nas oitavas-de-final, agora a outra dupla dá adeus à competição olímpica. O Brasil repetiu o mau desempenho na modalidade em Tóquio 2020 - quando, na oportunidade, não classificou duplas para a fase semifinal.

   Os suecos dominaram a partida. Com um saque agressivo, um bloqueio eficiente e defendendo muito, Hellwig e Ahman não deram chance para os brasileiros. Embora tenha conseguido 5 aces (pontos diretos de saque) durante a partida, Evandro não esteve bem. Além de errar ataques, teve falhas na recepção que resultaram em pontos para os suecos.

   A esperança brasileira no vôlei de praia fica agora com a dupla Duda e Ana Patrícia. Elas enfrentam a dupla da Letônia, formada por Tina Graudina e Anastasija Samoilova. O jogo acontece nesta quarta-feira (7) às 13h (pelo horário de Brasília).  

Brasil atropela dominicanas e vai buscar medalha no vôlei feminino em Paris

 

Luiza Moraes/COB

   A Seleção Brasileira de vôlei feminino deu um show na manhã desta terça-feira (6) nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A equipe comandada por José Roberto Guimarães não tomou conhecimento da República Dominicana e venceu por 3x0 (25/22/, 25/13 e 25/17) e avançou às semifinais do torneio. Na semifinal, as brasileiras enfrentam a vencedora do confronto entre Estados Unidos x Polônia. 

   Até agora o Brasil não perdeu um set no torneio olímpico. Aproveitando fundamentos como bloqueio e com um bom saque, a Seleção dominou completamente a partida. Embora com algumas dificuldades até a metade do segundo set, especialmente nos contra-ataques (foram 8 desperdícios), as brasileiras demonstraram maturidade para colocar a cabeça no lugar e vencer com relativa facilidade. 

   A semifinal, seja contra Polônia ou EUA, será disputada na quinta-feira (8), às 11h (horário de Brasília). 

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

PRATA - Em final espetacular, Tatiana Weston-Webb fica em segundo por apenas 0,17 e conquista a prata em Paris 2024

 

William Lucas/COB

   Sabe aqueles finais de tirar o fôlego? Pois é. Foi exatamente o que ocorreu na final do surf feminino em Paris 2024. Em uma final imprevisível, com ondas fracas, a brasileira Tatiana Weston-Webb conquistou a medalha de prata. Ela foi derrotada pela norte-americana Caroline Marks por notas de 10,50 x 10,33. Ou seja: por apenas 0,17 a brasileira não conquistou o ouro na prova. 

   A final foi disputadíssima. Caroline é a atual campeã mundial e favorita. Mas a brasileira não se intimidou. No entanto, a norte-americana, na metade da bateria, conseguiu uma nota 7,50 e fez Tati correr atrás das notas. Mesmo com notas mais regulares (5,83 e 4,50), a gaúcha de Porto Alegre não conseguiu ultrapassar a adversária. E o resultado final foi tenso. Isso porque a última nota de Tatiana foi divulgada com o cronômetro já zerado. Caso tivesse tirado 4,68 a brasileira teria conquistado o ouro.

   Mesmo assim, Tatiana já faz história. É a primeira medalha do surf feminino do país em Jogos Olímpicos. Além disso, puxando a brasa para o assado gaúcho, a surfista é a primeira nascida no Rio Grande do Sul a conquistar uma medalha de prata individual na história das olimpíadas - as anteriores foram bronzes, de Mayra Aguiar. O que não deixa de ser uma façanha. 

É BRONZE - Gabriel Medina bate peruano e conquista medalha para o Brasil no surf em Paris 2024

 

William Lucas/COB

   Depois da situação inusitada e tragicômica, onde não conseguiu surfar uma das duas ondas na semifinal por rebeldia das águas no mar do Taiti, Gabriel Medina deu a volta por cima na decisão do 3º lugar. O brasileiro venceu o peruano Alonso Correa por 15.54 x 12.43 e conquistou a medalha de bronze. O tricampeão mundial de surfe teve o domínio da bateria praticamente durante dois terços da prova. Com uma série de manobras, Medina conseguiu repetir a nota dos juízes (algo raro nas baterias de surfe), controlando a prioridade das ondas até o final da prova.

   Agora, a torcida fica para Tatiana Weston-Webb. Ela disputa a final do surf feminino a partir das 21h30min (pelo Horário de Brasília) no Taiti. 

Na olimpíada das mulheres, Tatiana Weston Webb escreve seu nome na história e garante medalha para o surf feminino do Brasil

 William Lucas/COB

William Lucas/COB

   Nascida em Porto Alegre, Tatiana Weston Webb teve o primeiro contato com o Surf em Garopaba, Santa Catarina. Com a mudança da família para o Hawaí, o gosto pelo esporte ficou ainda maior. Mesmo com a opção de defender as cores norte-americanas, Tati optou por defender o Brasil. E, agora, escreve seu nome na história do esporte brasileiro, ao obter a classificação para a final do surf feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. E foi de uma maneira muito inusitada.

   Além de ter as melhores notas na bateria contra a costarriquenha Brisa Hennessy, outro fator ajudou a brasileira. O surf tem a chamada prioridade de onda - ou seja: quem tem essa condição pode escolher pegar a onda, sem que o adversário pegue a mesma. Por alguma razão até agora inexplicável, Tatiana começou a surfar e a costarriquenha apareceu no meio da onda, atrapalhando a brasileira. As imagens da transmissão mostram Tati gritando "Brisa, Brisa" para a adversária, que se dá conta da gafe e se joga na onda. No entanto, os juízes não perdoaram Brisa e a puniram: apenas uma das duas notas seria válida. A brasileira, com duas notas somadas, precisaria tirar mais do que 10 entre as duas notas. E somou 10,66 pontos, terminando a bateria.

   Agora o desafio de Tati será ainda maior. Ela pega a campeã mundial e primeira colocada no ranking mundial, a norte-americana Caroline Marks na decisão do ouro. A prova acontece ainda na noite desta segunda-feira, no Taiti. 

Natureza joga contra Gabriel Medina e brasileiro vai disputar o bronze no surf masculino em Paris 2024

 

Reprodução X

   Depois de três dias de paralisação por falta de ondas, as competições de surf foram retomadas nesta segunda-feira (5) no Taiti, na Polinésia Francesa. Mas, no entanto, algo inacreditável aconteceu. E pegou em cheio o grande nome brasileiro da modalidade, Gabriel Medina. Em uma bateria que começou oferecendo boas ondas, após a apresentação do australiano Jack Robinson, que conseguiu somar duas notas, totalizando 12.33 pontos, Medina não conseguiu pegar outra onda. Elas simplesmente desapreceram do Oceano. Com isso, o cronômetro foi correndo até o brasileiro perceber que não daria para conseguir outra onda e ser eliminado, com apenas uma tentativa válida.

   Enquanto os australianos vibravam, o técnico brasileiro Paulo Moura, nas imagens que apareciam nas câmeras de televisão, estava incrédulo. Diferente de Tóquio, quando os juízes prejudicaram Medina ao conferir uma nota maior para o japonês Kanoa Irigarashi e o tiraram da final, desta vez foi a Mãe Natureza quem afastou o brasileiro da disputa pela medalha de ouro. Se as condições do tempo no Taiti permitirem, Medina volta à água ainda nesta segunda para enfrentar o peruano Alonso Correa na disputa da medalha de bronze. 

Com pior campanha desde o ouro em Barcelona, Brasil perde para EUA no vôlei masculino e está fora de Paris 2024

 

Reprodução X

   É bem verdade que a Seleção Brasileira de vôlei masculino lutou. Mas, em uma geração com muita disposição e força, mas sem grandes talentos individuais, não foi páreo para os Estados Unidos nas quartas-de-final em Paris. O resultado de 3x1 para os norte-americanos (26/24, 28/30, 25/19 e 25/19) mostrou o quanto o slogan "País do Voleibol" já não cabe mais para os brasileiros.

   No primeiro set, o Brasil chegou a abrir vantagem, mas com alguns erros individuais acabou levando a virada. No segundo, foi o contrário: com muita disposição e aproveitando a instabilidade da equipe adversária, a seleção comandada por Bernardinho virou o set e empatou. Nos dois últimos sets, contudo, diante da variedade de jogadas dos Estados Unidos, alguns atletas pareciam atônitos. Com exceção do meio de rede Flávio e do líbero Thales, os brasileiros pareciam desconcentrados. Uma situação que ocorreu durante toda a Olimpíada. Essa é a pior campanha do Brasil desde a conquista da medalha de ouro em Barcelona/1992 (foram três derrotas e apenas uma vitória contra o Egito em Paris).

   A coisa foi tão desorganizada que o Brasil tentou recuperar uma velha fórmula. Com o desgaste de Renan Dal Zotto no comando técnico, após garantir uma classificação suada no Pré-Olímpico (com a vaga vindo apenas na última rodada), o Brasil buscou Bernardinho. Só que o técnico bicampeão olímpico não conseguiu remontar a equipe. Com duas ou três alterações apenas no grupo, não conseguiu reunir talentos suficientes nas posições em quadra. Embora o Brasil tenha garra, há falhas técnicas gritantes - principalmente no bloqueio e na articulação de jogadas com os ponteiros. 

   É a segunda vez consecutiva que o Brasil não vai conquistar medalhas no vôlei masculino - havia ficado em 4º lugar nos Jogos de Tóquio. Desta vez, nem à semifinal chegou. Algo precisa mudar - e com urgência. 

MONSTRO, MONSTRO, MONSTRO! Rebeca Andrade ganha ouro no solo e ninguém a supera em número de medalhas olímpicas no Brasil

 

Reprodução X

   A disputa foi até o último salto das adversárias. Afinal, ela havia sido a segunda ginasta a se apresentar.  Mas a espera valeu a pena. Com uma nota 14.166, Rebeca Andrade garantiu não apenas a medalha de ouro na prova do solo de ginástica artística. Ela colocou seu nome no Olimpo brasileiro. A atleta de 25 anos soma agora seis medalhas em Jogos Olímpicos (2 ouros, 3 pratas e 1 bronze). E é, simplesmente, a maior atleta olímpica da história do país. E, para completar, é um fim de ciclo com chave de ouro. Rebeca anunciou que não vai mais competir em provas de solo pelo desgaste provocado pelos exercícios. 

   Não foi fácil. A apresentação de Simone Biles daria o topo do pódio à norte-americana. No entanto, Simone conseguiu algo raro: cometer duas falhas (pisou com os pés fora do tablado duas vezes). Mesmo assim, a dificuldade de execução das acrobacias era tão alta que ela ficou apenas 0.033 atrás de Rebeca, conquistando a prata. A também norte-americana Jordan Chiles conquistou o bronze na prova.

   O principal gesto veio de Simone. Após receber a nota, a norte-americana foi até o local reservado para a ginasta brasileira e deu um longo abraço em Rebeca. Ela sabia que, naquele momento, ninguém mais tiraria o ouro da recordista brasileira. Após a confirmação do ouro, Rebeca desfilou com a bandeira brasileira no tablado, criando um novo movimento ainda não catalogado pelos juízes: a volta olímpica em um quadrado. Mas, no caso de Rebeca, ela pode. 

Rebeca Andrade fica em quarto na final da trave - e Simone Biles mostra que é humana e cai do aparelho

 

Reprodução X

   E quem disse que a zebra não passa em Olimpíada? A expectativa era grande para um novo duelo entre Simone Biles e Rebeca Andrade, na final da trave - talvez o mais complicado aparelho da ginástica artística, onde as atletas realizam os elementos em uma área com 10 cm de largura. Biles tinha a melhor nota da fase classificatória e Rebeca a segunda. No entanto, nenhuma delas chegou ao pódio, deixando o público que acompanhou a prova boquiaberto. A outra brasileira na prova, Júlia Soares, obteve a sétima colocação - ela também teve uma queda. 

   A primeira a surpreender foi Simone Biles. Embora executasse os movimentos mais difíceis, a norte-americana, após um salto triplo, escorregou e caiu da trave. Só aí já perderia um ponto. A campeã olímpica do salto, no individual geral e por equipes manteve a "maldição da trave": jamais conquistou uma medalha de ouro - sequer uma prata - no aparelho, onde tem dois bronzes (Rio 2016 e Tóquio 2020). Terminou em quinto lugar.

   Na sequência veio Rebeca Andrade. Entretanto, a escolha da nota de partida causou surpresa. Optando por uma apresentão com menor dificuldade, a brasileira apresentou uma boa sequência de elementos. No entanto, pela escolha que fez, a pontuação foi mais baixa. Com isso, a nota de 13,933 foi suficiente para ultrapassar Simone Biles, mas não uma pontuação que a levasse ao pódio, ficando na quarta colocação. O ouro foi para a italiana Alice Alice D'Amato, a prata para a chinesa Zhou Yaqin e o bronze para a também italiana Manila Esposito.

   Agora a expectativa fica para a final do solo, a última prova de aparelhos em Paris 2024. Simone e Rebeca voltam a se enfrentar. A previsão de início da prova é às 9h25min (horário de Brasília). 

domingo, 4 de agosto de 2024

Vôlei salva o dia ruim do Brasil em Paris 2024

 

Alexandre Loureiro/COB

   Na quadra e na praia, em ambos os naipes. O vôlei foi o esporte que salvou o Brasil neste domingo nos Jogos Olímpicos de Paris. A seleção feminina bateu a Polônia por 3x0. No entanto, o que chamou atenção foi o segundo set. O Brasil chegou a abrir 24x19, mas as polonesas empataram. Com 9 set points para o Brasil e 10 para a Polônia, o Brasil conseguiu fechar com a incrível parcial de 38x36 - o mais longo set da Olimpíada até o momento. Na terça-feira (6), em partida eliminatória, as comandadas de José Roberto Guimarães enfrentam a República Dominica em jogo eliminatório - quem perder volta para casa - nas quartas-de-final. 

Reprodução X

   Na areia, embora a partida fosse disputada, os brasileiros Evandro e Arthur não precisaram ir tão longe. Bateram a dupla holandesa Steven Van de Velde e Matthew Immers por 2x0 e estão nas quartas-de-final também. Os brasileiros enfrentam agora os suecos Jonathan Hellvig e David Ahman por uma vaga à semifinal. Um tópico do jogo envolveu o comportamento da torcida francesa. Em grande parte do jogo, cada vez que Van der Velde ia para o saque, era vaiado. Ele foi condenado por estupro, ao manter relações sexuais com uma menina de 12 anos. Em 2016 o atleta foi condenado a quatro anos de prisão , mas cumpriu só um ano da pena porque a lei holandesa reclassificou o crime para "atos indecente". 

   Na terça-feira (6), Evandro e Arthur enfrentam os suecos, a partir das 13h (horário de Brasília). A dupla adversária é a atual primeira colocada no ranking mundial. 

   O desempenho no vôlei tirou a frustração brasileira neste domingo (4). Marcos D'Almeida foi eliminado nas oitavas-de-final do tiro esportivo. Hugo Calderano perdeu a disputa do bronze no tênis de mesa para o francês Félix Lebrun. De todos os competidores no Atletismo, apenas Alisson dos Santos (Pio) conseguiu classificação - foi para a final dos 400 metros com barreiras, que será disputada na madrugada desta segunda-feira. 

   E ainda teve a condição triste da atleta Valdiléia Martins, do salto em altura. Classificada para a final da prova, ela perdeu o pai neste sábado. Além disso, sofreu uma lesão no tornozelo na etapa classificatória. Hoje, ao tentar competir, não conseguiu sequer correr e desistiu da prova. Aos prantos, precisou deixar a competição. 

Marcos D'Almeida perde para sul-coreano e dá adeus à medalha no tiro esportivo em Paris

 

Fotos: Miriam Jeske/COB

   Não era uma missão qualquer. Era um desafio entre os números 1 e 2 do ranking mundial do tiro esportivo masculino. Só que havia um tabu. O brasileiro Marcos D'Almeida, o primeiro do mundo, jamais havia vencido o sul-coreano Kim Woojin. E, infelizmente para a torcida tupiniquim,  a escrita se manteve. Com uma atuação quase perfeita (dos 11 tiros ao arco, Woojin tirou 10 pontuações máximas e um nove), o sul-coreano passou para as quartas-de-final, eliminando D'Almeida.

   Ao final do confronto, o brasileiro admitiu a superioridade do adversário. Mas, por outro lado, deixou claro que os ciclos olímpicos não terminaram em Paris 2024. D'Almeida projeta melhor sorte para Los Angeles em 2028. E fez uma comparação à gínástica, destacando que o sul-coreano é a Simone Biles do tiro com arco, não escondendo sua admiração por Woojin. 

Hugo Calderano perde o bronze, mas completa participação com melhor resultado do tênis de mesa em olimpíadas

 

Luíza Moraes /COB



   O desânimo causado pela derrota na semifinal, aliado ao bom desempenho do adversário e ao empurrão da torcida da casa foram fundamentais para a medalha de bronze do mesatenista Hugo Calderano escapar. Na decisão do 3º lugar contra o francês Félix Lebrun, Calderano perdeu por 4 sets a 0 (11/6, 12/10, 11/7 e 11/6). Mesmo sem a medalha, o atleta obteve o melhor resultado da modalidade para o país em uma Olimpíada.

   O confronto foi marcado pelo domínio do francês. No ranking mundial, Lebrun é o 5º, enquanto o brasileiro é o 6º. Mas, em grande parte da partida, foi o adversário de Calderano que comandou as ações - a exceção foi no segundo set, quando o Brasil chegou a ter um set point, mas o francês virou, fechando em 12/10. 

As histórias de amor olímpicas na Cidade-Luz

Reprodução X

   Duas histórias apresentaram ao mundo a importância como fator não apenas de união, mas de amor. E ambas estão nas entrelinhas de medalhas de ouro.

   A primeira é a dos tenistas tchecos Katerina Siniakova e Tomas Machac. Eles eram namorados e estavam juntos há quatro anos. Há duas semanas, anunciaram o rompimento. No entanto, informaram que competiriam juntos nos Jogos Olímpicos de Paris, nas duplas mistas. Com o avançar da competição, a imprensa tcheca começou a divulgar que havia uma possibilidade de o casal reatar o relacionamento. Concentrados na decisão do ouro, Katerina e Machac não se pronunciaram. E nem precisava: após receberem as medalhas, os tenistas comemoraram com um bejijo no pódio, para aplausos do público na mística quadra de Roland Garros. 

Reprodução X
   No badminton, o que aconteceu foi um pedido de casamento. Medalha de ouro nas duplas mistas, a chinesa Huang Ya Qing foi surpreendida após receber a premiação. O namorado dela, o também atleta de badminton Liu Yuchen, a pediu em casamento. Não apenas diante das câmeras, mas diante dos pais da medalhista, que acompanhavam tudo pelo sistema de transmissão que permite o contato da família com os atletas após as competições. 

   Completamente atônita, Huang não titubeou e disse o "sim", para aplausos do público, alegria do noivo e aprovação dos pais. A atleta, que foi aguardada com um buquê de flores, foi às lágrimas e exibia, orgulhosa, o anel de noivado oferecido por Liu - que fez o tradicional pedido ajoelhado diante da amada. 

Marta tem suspensão ampliada e está fora da semifinal contra a Espanha

 

Reprodução X

   Depois da festa pela vitória inédita contra a França e a classificação para as semifinais do futebol feminino em Paris 2024, uma notícia divulgada na manhã deste domingo despejou um balde de água fria na delegação brasileira. A Comissão Disciplinar do torneio puniu Marta com dois jogos de suspensão pela expulsão diante das espanholas, na última rodada da primeira fase. Com isso, a camisa 10 está fora do jogo marcado para o dia 6 de agosto.

   A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) diz que irá recorrer da decisão. No entanto, o Comitê Disciplinar destaca que aplicou a pena mínima em Marta e que a punição poderia chegar a três partidas. Com isso, a brasileira poderá retornar na partida decisiva para uma medalha - seja ela de bronze ou do ouro.