domingo, 15 de julho de 2018

O melhor e o pior da Copa - o balanço geral vai durar até 2022



      A Copa acabou. Para quem gosta de futebol, uma pena. E nessa hora existe o momento da estatística. Os números são frios, é bem verdade. Então vamos analisar por outro lado, da forma que o torcedor mais gosta: o que foi bom e ruim, o positivo e o negativo. Claro, a análise é sujeita a contradições e opiniões. Mas em um apanhado geral podemos afirmar que a Copa da Rússia foi muito boa. Apesar de exceções - que na maioria das vezes ou foram fatores externos ou decepções, não propriamente algo ruim para a imagem da competição.
Vamos ao "top 10" dos melhores:
Divulgação FIFA
1) Nível técnico - O mundial da Rússia apresentou padrões de jogo entre as seleções. Embora muitos fizessem as tradicionais "linhas de quatro" ou até "linhas de cinco" (caso da campeã França) na defesa, os ataques predominaram. Tanto que a Copa assinalou 169 gols em 64 jogos, numa média de 2,64. Embora o índice seja o sétimo pior da história, há partidas que encantaram o público pela disputa. Entre os melhores estão Portugal 3x3 Espanha, Croácia 3x0 Argentina, Argentina 2x1 Nigéria, Colômbia 3x0 Polônia, Colômbia 1x0 Senegal, Brasil 1x2 Bélgica, França 4x3 Argentina, Rússia 2x2 Croácia, Croácia 2x1 Inglaterra e, claro, a final França 4x2 Croácia. Notem que a Croácia está na maioria dos "jogões" da Copa.

2) Árbitro de vídeo: a ideia precisa ser aperfeiçoada. Embora os erros de arbitragem diminuíssem consideravelmente, alguma demora nas decisões (e a contrapartida negativa no tempo de acréscimo de jogo ao final do primeiro e segundo tempos) ainda causa confusão. Mas o grande número de pênaltis marcados (28 ao todo, alguns sem a necessidade do VAR, sigla em inglês) sinalizam a busca pela justiça. E o público aprovou a iniciativa - que agora será vista na Copa do Brasil e na Libertadores. 


3) Menos número de expulsões: o número é surpreendente. Apesar de muitas faltas e de até alguma impunidade por parte dos árbitros, foi uma Copa leal. Apenas quatro jogadores foram expulsos. E, destes, dois foram postos para rua por meterem a mão na bola (caso de Sanchèz, da Colômbia, contra o Japão) e por serem o último homem da defesa em clara e manifesta situação de gol (caso de Lang, da Suíça, contra a Suécia).

4) A surpreendente Croácia: não é fácil para um país de 4 milhões de habitantes gerar tão bons jogadores. Assim como o Uruguai na década de 30, 40 e 50, o país de Modric, Rakitic, Rebic e Mandzukic conseguiu impor um ritmo de jogo praticamente igual durante todo o mundial. Zlatko Dalic arrumou uma equipe forte, que não desistia da partida até o apito final. E quando tentou mudar essa característica (contra a Rússia), quase se deu mal - talvez a partida que, se perdesse, não seria uma injustiça. Mereceu chegar à final e poderia ter alçado voo mais longo se seus craques desequilibrassem na decisão, o que não aconteceu.

5) A coroação de Mbappé - ele chegou à Rússia como esperança francesa. E foi decisivo. Prendeu a bola, catimbou, arrancou, driblou, atraiu a marcação. Para completar, marcou quatro gols e um deles na final contra a Croácia. Kyllian Mbappé é o segundo jogador mais jovem titular a ser campeão do mundo. E merece. Foi escolhido melhor jogador jovem da Copa. Mas a atuação contra a Argentina, quando marcou dois gols e sofreu o pênalti convertido por Griezmann, marcou a força francesa.
Divulgação FIFA

6) A presença das mulheres iranianas - proibidas de torcerem nos estádios de seu país, as iranianas não esmoreceram. Compareceram à Rússia e participaram da festa, marcando seus rostos, sempre mostrados pelas câmeras de TV. A Copa é um evento inclusivo. E o mundo viu não apenas a beleza das mulheres de um dos países mais fechados do planeta, mas a luta para assistir a um esporte que amam.
Divulgação FIFA


7) David Vida - se o pai foi um dos melhores zagueiros da Copa, o mascote é o filho. David invadia o campo tão logo os jogos da Croácia terminavam. Ia de colo em colo, celebrando com os jogadores croatas e, claro, recebendo toda a atenção do papai coruja.
Russia v Croatia: Quarter Final - 2018 FIFA World Cup Russia
Divulgação FIFA

8) Apenas um 0x0 - França e Dinamarca, com equipes reservas e com arbitragem brasileira de Sandro Meira Ricci, fizeram a única partida sem gols da Copa. Não aconteciam tão poucos 0x0 desde o mundial da Suécia, em 1958. E público quer gols. 

9) A Celeste e o Senegal - o Uruguai conquistou grande parte de torcedores no Brasil durante a Copa. Com um futebol de pegada, equilibrado entre o meio-campo e defesa, goleou os donos da casa na primeira fase e despachou Cristiano Ronaldo e companhia nas oitavas-de-final. E até agora o mundo futebolístico pergunta: se Cavani tivesse atuado contra a França (se contundiu na panturrilha contra Portugal), o resultado teria sido 2x0 para os campeões do mundo? Já os senegaleses foram a melhor seleção do continente africano no mundial. Jogaram bem, bateram a Polônia, poderiam ter vencido o Japão e, na partida contra a Colômbia, pagaram pela indolência em campo. Perderam por apenas 1x0 e em um critério meio maluco (número de cartões amarelos) ficaram fora da Copa.

10) A Copa dos centroavantes - sem essa de "falso 9". As grandes seleções do mundial tinham um clássico "fazedor de gols". Kane acabou como artilheiro (seis gols), mas houve Lukaku, Mandzukic, Diego Costa, Cavani, Agüero, Cristiano Ronaldo, Toivonen, Falcão Garcia. As exceções foram o francês Giroud e o brasileiro Gabriel Jesus, que não estufaram as redes. Mas no caso de Giroud, nem foi preciso. 

E agora os "10 menos" da Copa:

1) Casos de assédio - Vídeos de brasileiros, argentinos (sim, eles também, só que sem tanta repercussão) e ataques de russos a brasileiras (incluindo jornalistas) foram um dos fatos negativos da Copa. Isso nem de longe é brincadeira. É falta de respeito. E ainda mais que as pessoas que frequentam uma Copa tem, no mínimo, uma condição financeira (e, supostamente, uma educação) melhor. 

2) Alemanha - nem de longe os campeões de 2014 lembraram a equipe que empilhou gols em cima do Brasil e bateu a Argentina na final daquela Copa com merecimento. Com um time travado, sem criatividade, marcando apenas dois gols (e escapando por um erro de arbitragem gravíssimo a seu favor no jogo contra a Suécia) e confiando demais no seu taco, despediram-se do mundial levando um baile da Coréia do Sul - já tendo se afogado na tequila mexicana na estreia. Um fiasco.

3) Argentina - não há Messi que salve um arremedo de time. E era isso a Argentina de Jorge Sampaoli em campo. Justificou o temor dos torcedores argentinos já durante as eliminatórias - onde quase ficou fora. Com Mascherano perdendo divididas e errando passes, com uma zaga falhando em bolas aéreas e rasteiras, com falta de cobertura nas laterais, é possível afirmar: ter ido às oitavas-de-final foi muito para os argentinos.
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4) Arbitragem - se o VAR foi positivo, a decisão humana não seguiu o mesmo nível. Os árbitros, em alguns momentos, deixaram a violência tomar conta do jogo. Faltou maior advertência com cartões amarelos em lances onde os atletas iam apenas no corpo dos adversários para barrar as jogadas. Além disso, houve erros técnicos, como na final, onde Griezmann dobra os joelhos para cavar uma falta, que origina o gol de abertura do placar contra a Croácia. E apesar de todas as discussões, Neymar apanhou bastante. Terminou a Copa nas quartas sendo o que mais sofreu faltas. Mas aí a fama o atrapalhou também.

5) Choradeira brasileira - não dá mais para aguentar é o desfile verborrágico de pessoas querendo que o Brasil se estrepe na Copa por causa da situação do país. Os mesmos que há quatro anos elogiavam a Alemanha e sua estrutura a viram fracassar de forma retumbante agora. Os franceses recuperaram-se de atentados que tiram a vida de dezenas de pessoas, torceram, invadiram as ruas para celebrar. Se o Brasil ganhasse a Copa, qual o problema de fazer isso? Tem muita gente se achando filosofa, mas com o cérebro do tamanho de um caroço de pitanga, achando que o país tem que se dar mal dentro de campo, que os jogadores não sentem o clima do Brasil, etc. Tá na hora de o Brasil crescer no sentido de nação. E de entender que futebol e carnaval são, foram e vão ser parte da nossa cultura. Quem não gostar, que coloque açúcar ou adoçante e aguente, porque assim o será. 

6) Neymar - a impressão é que se o melhor jogador brasileiro focasse mais no objetivo de levantar o caneco, o Brasil jogaria mais e melhor. Essa história de "menino Ney" já passou. Neymar é um homem, adulto, no auge da forma aos 26 anos. É um jogador capaz de desequilibrar, mas é mal assessorado, seus amigos parecem incapazes de dar ao atleta um bom conselho e ele precisa amadurecer: se cair demais, será ridicularizado. Assim como o foi pelo próprio presidente da FIFA, Gianni Infantino - o que, cá pra nós, é uma vergonha. E não adianta o Neymar pai ficar brabo. A hora de mudar é agora.
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7) Fim to "tique-taca" - a fórmula espanhola não funciona mais. É fato. A seleção venceu apenas o Irã (e com dificuldade) na Copa. Empatou contra Portugal e Marrocos (quando merecia, neste último, ter perdido) e foi despachada pela Rússia, que jogou com o coração na ponta da chuteira. Aquele toque de bola sem conclusões a gol decepcionou os espanhóis.
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8) CR7 e Messi - está chegando ao fim o ciclo de dois dos maiores craques da história do futebol mundial. Mas que, por ironia do destino, não devem conquistar um mundial. Cristiano Ronaldo marcou três vezes contra a Espanha, uma contra o Marrocos... e sumiu. Foi uma ilusão de óptica. Bem marcado, não conseguiu sequer um chute a gol contra o Uruguai nas oitavas-de-final. E seus companheiros não o ajudaram em nada. Já Messi naufragou na nau sem comando argentina. Embora lutasse muito contra a Nigéria e contra a França, sucumbiu diante do projeto de time que a Argentina contava. No Catar, em 2022, vão estar com 36 e 34 anos respectivamente. Muito difícil.

9) Continente africano - depois de muitos anos, as seleções africanas não conseguiram sequer passar às oitavas-de-final - quem chegou mais perto foi o Senegal, desclassificado pelo número de cartões amarelos. Mas as atuações de Egito, Tunísia, Nigéria (que contra a Argentina pagou pelo excesso de covardia quando era melhor e empatou o jogo) e Marrocos foram um fracasso. 

10) Falta de saber comemorar: enquanto eu escrevia este texto, soube que mais de um milhão de franceses estavam nas ruas, comemorando o título mundial. Por outro lado, centenas de pessoas promoviam um quebra-quebra generalizado, tocando fogo em lojas, realizando saques e destruindo o patrimônio público. Ou seja: maus vencedores não existem só no Brasil. A praga é mundial. 

Ganhou o time mais eficiente. Mas venceu o melhor time?

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Franceses conquistaram segunda Copa com geração boa, mas sem apresentar o melhor futebol (Divulgação FIFA)

      A Copa do Mundo da Rússia chega ao fim com o triunfo francês. A vitória de 4x2 sobre a Croácia deu o segundo título mundial à equipe comandada por Didier Deschamps. A eficiência francesa fez valer a conquista. Afinal, de seis tentativas a gol, três entraram - vale destacar que o gol de abertura do placar foi contra, de Mandzukic. Mas a sensação que fica para os amantes do futebol é que os "bleus" ficaram devendo uma atuação mais convincente. Se foram letais nos contra-ataques, os franceses apresentaram uma dinâmica de jogo de espera, de falta de iniciativa, embora marcassem com uma parede na frente da zaga e fizessem o suficiente para, quando atacassem, marcassem. E contaram com a sorte.
      A história da final diz exatamente isso. Todo o estádio viu (e as câmeras de TV registraram) que Griezmann dobrou os joelhos aos 18 minutos do primeiro tempo. Menos o árbitro argentino Néstor Pitana. Ele marcou a falta que Griezmann bateu com efeito, a bola deu no cocuruto de Mandzukic e enganou Subasic. Era o 1x0 com muita sorte. Isso porque a Croácia iniciara melhor, empurrara os bleus para a defesa, mas não criara oportunidades de gol. Dominava o meio-campo, criava, mas não concluía. A França nem precisou concluir para largar na frente.
      A Croácia teve alguns lampejos. Um deles aos 28 minutos do primeiro tempo, quando após cobrança de falta ensaiada, Modric lançou Vrsaljko, que cabeceou para o centro da área. Mandzukic ganhou de Umtiti e a bola sobrou para Perisic, que driblou Varane e bateu forte de perna esquerda para igualar o marcador.
      Eis que a sorte voltou a bater na porta francesa. Em escanteio cobrado por Griezmann, Matuidi dividiu com Perisic e a bola bateu na mão do croata. Os franceses reclamaram e o sistema de árbitro de vídeo (VAR) entrou em ação. Avisado, Pitana conferiu o lance e apontou o pênalti. Griezmann bateu com categoria e fez 2x1. 
      No segundo tempo, o jogo pegou fogo. Aliás, diga-se de passagem: foi uma grande partida, uma final digna. Teve até um grupo feminista que protestou e quatro pessoas invadiram o campo - rapidamente retiradas, já que a manifestação era pacífica. Griezmann perdeu um gol para a França logo a 1 minuto. No minuto seguinte foi Rebic, que recebeu de Rakitic e acertou o ângulo, mas Lloris espalmou. Aos 6 minutos, Mbappé recebeu, no contra-ataque, de Kanté. Ele partiu atrás de Vida, chegou na frente do zagueiro na corrida e quase marcou, para grande defesa de Subasic. 
      Aos 13 minutos, entretanto, veio o golpe fatal. Pogba lançou Mbappé na direita. Ele tocou para Griezmann na área. O atacante ajeitou para Pogba, que bateu forte, mas a bola pegou na zaga. Entretanto, sobrou para o mesmo Pogba, que bateu forte, de esquerda, no canto direito de Subasic. 
      O terceiro gol desnorteou a Croácia. Aos 17, grande jogada de Matuidi, Giroud e Mbappé, que tentou cruzar para Griezmann, sozinho, no meio da área. Mas Brozovic se antecipou e salvou. Aos 19, a França já tocava a bola no meio-campo. Até que Hernandéz arrancou pela esquerda e achou Mbappé na entrada da área. O atacante do Paris Saint-Germain dominou e bateu firme, de pé direito, no contrapé de Subasic. Era o 4x1.
      Até que aos 23 minutos, justamente o capitão francês que seria encarregado de levantar a Taça FIFA, fez a maior besteira do mundial. Lloris recebeu recuo de Umtiti e tentou driblar Mandzukic na área. O croata apenas desviou, mas o suficiente para a bola entrar mansa e reacender a esperança dos alvirrubros xadrez: 4x2.
      A partir daí, no entanto, a França retomou o controle do jogo. Não houve espaço para mais sustos. A Croácia tentava estender bolas pelo alto, mas cruzava mal e Lloris agarrava todas. Não havia mais espaço para dúvidas. Os franceses, numa atuação eficiente e onde os craques da equipe (Mbappé, Griezmann e Pogba) marcaram, conquistava o título mundial.
     E o mundo, hoje, é bleu. E será assim até 2022, no Catar. 
      Ainda sobrou tempo para a divulgação dos melhores da Copa> Mbappé venceu como o melhor jogador jovem da Copa. Modric ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador do mundial. 

FRANÇA: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernández; Kanté (N’Zonzi), Pogba, Mbappé, Griezmann e Matuidi (Tolisso); Giroud (Fekir)
Técnico: Didier Deschamps

CROÁCIA: Subasic; Versaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pjaca); Brozovic, Rakitic, Rebic (Kramaric), Modric e Perisic; Mandzukic

Técnico: Zlatko Dalic.

Árbitro: Néstor Pitana, auxiliado por Hernán Maidana e Juan Belatti (todos da Argentina).

sábado, 14 de julho de 2018

Bélgica demonstra tesão e bate ingleses para ficar com bronze na Copa

Belgas comemoram melhor campanha da história (Divulgação FIFA)

      Jogando com mais disposição e retomando a confiança, a seleção da Bélgica conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo ao bater a Inglaterra no início da tarde de hoje em São Petesburgo. O placar de 2x0 acabou sendo justo pela iniciativa belga, que criou boas oportunidades diante de uma Inglaterrra songa-monga, com muitas alterações na equipe e que não escondeu a desmotivação por entrar em campo. A única exceção foi o goleiro Pickford, de grande atuação mais uma vez e que pode, tranquilamente, integrar qualquer lista dos melhores do mundial da Rússia.
      A partida começou praticamente 1x0 para os belas. Isso porque, com marcação pressão e com toques rápidos, os comandados de Roberto Martínez tiveram sucesso já na primeira conclusão. Lukaku avançou e lançou Chadli na esquerda. O cruzamento foi preciso no meio da pequena área, onde encontrou Meunier. O lateral-direito, que ficou de fora do jogo contra a França por ter levado o segundo cartão amarelo diante do Brasil, entrou como centroavante e de canela desviou de Pickford para abrir o placar. 
      A Bélgica não sossegou. De Bruyne e Hazard faziam boa parte e amassavam a Inglaterra, que só conseguia o bloqueio na hora das finalizações. Lukaku destoou um pouco, perdendo duas oportunidades incríveis ao ser deixado por De Bruyne na cara do gol, mas na hora de dominar a bola foi um cruz-credo (tanto que acabou substituído no segundo tempo). A primeira chance inglesa só veio aos 22 minutos, quando Sterling ajeitou para Kane na entrada da área, mas o artilheiro da Copa pegou mal e a bola passou à direita de Courtois. 
      A Inglaterra voltou para o segundo tempo disposta. Com as entradas de Lingard e Rashford, o ataque passou a funcionar de forma mais efetiva. Tanto que aos 9 minutos, Kane quase marcou após boa jogada de Lingard. A melhor oportunidade aconteceu aos 24 inutos quando Dier tabelou com Lingaard, tocou na saída de Courtois, mas Alderweireld apareceu para salvar antes da bola entrar. 
      Depois disso, a Bélgica, que até então tocava a bola com certa displicência, acordou. E aos 36 minutos, De Bruyne avançou e lançou Hazard. O meia avançou, se livrou de Stones e chutou forte no canto direito de Pickford para marcar 2x0. A partir daí a Inglaterra jogou a toalha e os belgas só tocaram a bola, esperando o apito final e fazendo história, com a melhor campanha da história do país em copas. 

Árbitro: Alireza Faghani, auxiliado por Reza Sokhandan e Mohammadreza Mansouri (todos do Irã).

BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Meunier, Witsel, Tielemans (Dembélé) e Chadli (Vermaelen); De Bruyne, Lukaku (Mertens) e Hazard. Técnico: Roberto Martínez.

INGLATERRA: Pickford; Jones, Stones e Maguire; Trippier, Loftus-Cheek (Dele Alli), Dier, Delph e Rose (Lingard); Sterling (Rashford) e Kane. Técnico: Gareth Southgate. 


quarta-feira, 11 de julho de 2018

Com direito a gols de coice e Super Mário, Croácia faz história na Rússia e encara França na disputa pelo título

Modric e o técnico Dalic: vitória consagradora dos croatas na prorrogação (Divulgação FIFA)

      Croácia e Inglaterra fizeram um jogo daqueles. Ao melhor estilo dos apaixonados por futebol. Teve técnica, raça, bravura, ataque, defesa, oportunidades de gol. E alguns heróis. A seleção dos Bálcãs faz história. Ou melhor, forma sua própria trajetória em mundiais de futebol. Com uma população de menos de cinco milhões de habitantes poderá erguer a Taça FIFA no próximo dia 17 e aí ingressar de vez no rumo da epopeia. 
      Vamos combinar o seguinte: ao invés de resumir todo o jogo, vamos direto ao assunto. Com um golaço de Tripper, cobrando falta no ângulo de Subasic, a Inglaterra abriu o placar logo aos quatro minutos do primeiro tempo. O problema é que o "English Team", depois disso, se limitou a criar oportunidades e não concluir a gol. Isso mesmo: a Inglaterra teve o contra-ataque à disposição durante muitas vezes. Perdeu alguns gols (o principal deles, na prorrogação, quando em um escanteio Stones cabeceou certinho e Vrsaljko salvou quase em cima da linha). Mas, de resto, foi um festival de inoperância, embora altamente competitiva. O primeiro tempo foi inglês, quando a Croácia sentiu o gol e, principalmente, o cansaço.
      Mas, no segundo tempo...
       A história croata é marcada por lutas. Não só a da equipe, quase desclassificada do mundial (precisou disputar a repescagem europeia com a Grécia), mas a de construção de sua própria nacionalidade. E dentro de campo o que se viu foi empenho. Vindos de duas prorrogações, com direito às emoções das cobranças de pênaltis, os croatas correram como nunca. Sabe-se lá Deus de onde tiraram tanta força, tanta energia. Com 20 minutos do segundo tempo parecia que eram os ingleses e não os croatas que haviam passado por essa situação. E aos 23 minutos, veio o lance decisivo. O lesionado Vrsaljko (que jogou no sacrifício e com pedido dos companheiros porque o treinador não queria agravar a lesão) cruzou da direita no meio da pequena área. E Perisic, o versátil e polivalente jogador da Internazionale, de Milão, arrumou um espaço entre dois zagueiros e deu um golpe de MMA (na gíria gaúcha foi um coice mesmo) na bola, antes que o zagueiro Walker pudesse cortar. A bola morreu no fundo da rede de Pickford.
      Era de se esperar uma Inglaterra mais disposta e uma Croácia mais lenta, cadenciando o jogo, na prorrogação. Nã, nã, não. O que se viu foi uma Croácia impetuosa, partindo para cima. Se a Inglaterra ainda teve a cabeçada de Stones salva por Vrsaljko, os croatas vieram para o segundo tempo com a faca entre os dentes. E numa jogada aérea (o forte dos ingleses), onde Walker errou o tempo de bola, a redonda sobrou para Mandzukic. O "Super Mário", como é chamado (claro, óbvio, Mário é o primeiro nome do croata) dominou e disparou uma bomba, cruzada, fora do alcance do goleiro inglês. Era o gol da classificação, aos 3 minutos do segundo tempo.
      Restou à Inglaterra tentar algo. Só que o jogo encerrou com sete chutes a gol da Croácia e apenas um - a falta cobrada por Tripper - dos ingleses. O lateral, aliás, saiu de campo com uma lesão muscular na virilha e os ingleses acabaram a partida com 10 homens em campo. Mas não adiantava. Era o dia da Croácia. Era o dia de escrever uma nova página na história do futebol. 

CROÁCIA: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pivaric); Rakitic, Brozovic, Rebic (Kramaric), Modric (Badelj) e Perisic; Mandzukic (Corluka). Técnico: Zlatko Dalic

INGLATERRA: Pickford; Walker (Vardy), Stones e Maguire; Trippier, Henderson (Dier), Dele Alli, Lingard e Young (Danny Rose); Sterling (Rashford) e Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate.

Árbitro: Cuneyt Cakir, auxiliado por Bahattin Duran e Tarik Ongun (todos da Turquia).

terça-feira, 10 de julho de 2018

Tudo azul para os "Les Bleus"

Umtiti marca gol que leva França a final depois de 12 anos (Divulgação FIFA)
      
      Em jogo equilibrado, a França garantiu vaga para a final da Copa do Mundo 2018 na tarde desta terça-feira. Os franceses bateram a Bélgica por 1x0 e retornam à final de um mundial depois de 12 anos - quando em 2006 perderam a decisão contra a Itália. Além disso, "les bleus" quebraram uma invencibilidade de mais de dois anos da seleção belga - que havia eliminado o Brasil nas quartas-de-final. 
      A partida iniciou com uma arrancadas. A primeira, de Mbappé pela direita, mas no cruzamento a zaga belga afastou. Três minutos depois, foi a vez de Hazard, mas a zaga belga colocou para escanteio. As equipes foram se estudando. Até que aos 15 minutos as oportunidades apareceram. A Bélgica pressionou a saída de bola francesa. De Bruyne toca para Hazard, que chuta à esquerda de Lloaris.
       O jogo era movimentado. Aos 17, a França reage. Matuidi pega rebote e chuta de fora da área, mas Courtois defendeu. No minuto seguinte, Hazard faz grande jogada pela esquerda e chuta, mas Varane desvia o chute e salva a França. Aos 21, após escanteio. Alderweireld gira na área e conclui no canto direito, para grande defesa de Lloris.
      A Bélgica era melhor, tinha volume de jogo. A França foi equilibrando a partida aos poucos. Giroud, de cabeça, após cruzamento de Griezmann aos 28, coloca à esquerda de Courtois. Aos 38, a melhor chance francesa: Mbappé (sempre ele) faz grande jogada pela direita e deixa Pavard na cara do gol. O lateral direito chuta, mas Courtois salva com o pé.
      No segundo tempo, o ritmo começou intenso. Aos dois minutos, Chadli cruzou da direita e Lukaku cabeceou para fora. Mas, aos cinco minutos, a França sai na frente: Griezmann cobra escanteio, Umtiti se antecipa à zaga belga e desvia de cabeça na primeira trave e marca: França 1x0. 
      O gol fez com que a Bélgica se abrisse. Só que a França tinha o contra-ataque - e Mbappé. aos 11, o atacante do Paris Saint-Germain recebeu de Matuidi, deu um passe de calcanhar e deixou Giroud na cara do gol. Mas o centroavante chutou em cima da zaga. Aos 15, boa jogada de Lukaku e Mertens, que cruzou da direita. A zaga rebateu, mas De Bruyne não chutou direito.  Aos 19, Mertens (que entrou bem) cruza e Fellaini cabeceia perto.      
      Daí em diante a partida ficou estranha. Isso porque a França parou de atacar e montou seu jogo com 10 homens na defesa. A melhor chance belga ocorreu aos 36 minutos, quando Witzel arriscou de fora da área para boa defesa de Lloris. Nos contra-ataques a França ainda perdeu gols, primeiro com Griezmann e depois com Tolisso. Após uma cera incrível (dos seis minutos de acréscimo, a bola só rolou em menos de dois), os franceses vibraram com o apito do árbitro determinando o fim do jogo. 

FRANÇA: Lloris, Pavard, Umtiti, Varane e Hernandez: Kanté, Matuidi e Pogba. Mbappé, Gruezmann e Giroud (Nzonzi). Técnico: Didier Deschamps.

BÉLGICA: Courtois;  Alderweireld, Kompany, Vertonghen; Chadli, Dembele (Mertens), Witzel e Fellaini (Carrasco)i; De Bruyne, Hazard e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez. 

Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado por Nicolas Taran e Mauricio Espinosa,também uruguaios. 

domingo, 8 de julho de 2018

Copa pode ter menor número de 0x0 desde 1958


Belgas também podem chegar a sete vitórias seguidas, como o Brasil em 2002 (Divulgação FIFA)
      A dois dias do início das semifinais da Copa do Mundo 2018, o mundial apresenta uma curiosidade. Embora a maioria das seleções prime pelo aspecto defensivo, pode ser a primeira vez desde 1958 que a quantidade de partidas terminadas em 0x0 seja a menor possível. Há 60 anos uma Copa não apresentava tão poucas partidas com o placar em branco. 
      Apenas um jogo terminou 0x0 até agora: França x Dinamarca - cuja arbitragem pertenceu ao brasileiro Sandro Meira Ricci. O jogo, válido pela última rodada do Grupo C, servia para definir a classificação dinamarquesa (que viria com um empate) e a confirmação do primeiro lugar da chave para os franceses. Moral da história: as duas equipes passaram a tocar a bola para o lado e o público não perdoou: a vaia ecoou pelo estádio. 
      Mais algumas curiosidades merecem registro:
- Apesar de eliminado, o Brasil assumiu a artilharia de todos os mundiais. A Seleção tem agora 229 gols, contra 226 da antiga recordista, a Alemanha.
- O Brasil também permanece como a equipe com o maior número de vitórias consecutivas em Copas. São 11, entre os mundiais de 2002 e 2006. 
- Todas as 32 seleções participantes da Copa da Rússia marcaram ao menos um gol.
- Classificada para a semifinal após eliminar o Brasil, a Bélgica é detentora de um recorde inusitado em copas: o de maior quantidade de empates consecutivos. São cinco, entre 1998 e 2002).
- Os belgas também são os únicos semifinalistas que podem repetir a façanha do Brasil em 2002 e conquistar o mundial com sete vitórias. Até o momento, tem cinco. 
- A tecnologia do árbitro de vídeo marcou um avanço: as partidas, em média, duram três minutos e 23 segundos a mais do que o mundial de 2014. Além disso, o VAR (sigla em inglês) auxiliou na marcação de seis pênaltis. E o sistema funcionou até para não marcar um pênalti: na partida entre Suécia x Suíça, o árbitro voltou atrás após marcar pênalti no final do jogo para os suecos. O lateral suíço Lang foi expulso pela derrubada (era o último homem em uma clara e manifesta situação de gol), mas a falta foi cometida fora da área. O VAR alertou e o juiz marcou a falta a um passo da grande área. 

sábado, 7 de julho de 2018

Dia de jogão e consistência



      O sábado foi atípico. Escrever sobre uma Copa com o Brasil eliminado e buscar atrair atenção dos leitores não é uma tarefa fácil. Entretanto, este dia 7 de julho foi bom. Foi grande. Inglaterra e Croácia estão classificadas para as semifinais e se encontram em campo na próxima quarta-feira, dia 11. A classificação inglesa foi consistente, do goleiro ao centroavante - que embora não tenha marcado pela primeira vez em uma partida na Copa, atuou como um líder, mesmo na juventude de seus 24 anos. Já os croatas superaram os donos da casa, a torcida adversária, o cansaço e o desânimo para avançar e tentar superar a histórica campanha de 1998, quando ficaram em terceiro lugar. 
      Vamos à história das partidas. Começando por Suécia x Inglaterra.
Pickford fez pelo menos três grandes defesas na partida 
      Equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque. Assim pode ser definida a postura da Inglaterra diante dos suecos. Com um primeiro tempo primoroso e buscando o ataque até o final da partida, o "English Team" fez valer o favoritismo e despachou os escandinavos. Embora a Suécia até arriscasse (Claesson arriscou de longe e mandou a bola perto do gol), foram os ingleses que começaram a criar chances de gol. A primeira com Kane, numa conclusão para fora. 
      Os ingleses empurraram os suecos para o campo de fesa. Até que aos 30 minutos, Ashley Young cobrou escanteio e Maguire sobe entre a zaga sueca, acertando um cabeceio fulminante, abrindo o placar. Os ingleses pecavam no arremate final depois de boa preparação de jogadas - Sterling teve duas grandes oportunidades, mas se atrapalhou todo. 
      Na etapa final, a Suécia parecia voltar mais impetuosa. Logo a um minuto,  Berg venceu a zaga inglesa e cabeceou forte, no canto, mas Pickford fez grande defesa. Quando os suecos pareciam dispostos a complicar o jogo, veio o balde de água gelada: Henderson cruzou na segunda trave e Dele Alli subiu sozinho para cabecear com tranquilidade e fazer 2x0 ao melhor estilo inglês de resolver as partidas com bola alta na área. 
      Apesar disso, os suecos demonstraram garra. Em bela jogada de Claesson e Toivonen, este cruzou para Berg, que devolveu para Claesson chutar no canto, mas Pickford salvou. A partir desse momento, os suecos tentaram de tudo - até colocaram o zagueiro Grandquist como centroavante - mas já não adiantava. Como um grande capitão, Kane segurou bem a bola e pedia calma aos companheiros. A vitória estava assegurada. Com o resultado, a Inglaterra está de volta a uma semifinal de Copa do Mundo após 28 anos. 

SUÉCIA: Olsen; Krafth (Jansson), Lindelöf, Granqvist e Augustinsson; Claesson, Larsson, Ekdal e Forsberg (Olsson); Toivonen (Guidetti) e Berg. Técnico: Janne Andersson.

INGLATERRA: Pickford; Walker, Stones e Maguire; Trippier, Lingard, Henderson (Dier) e Young; Dele Alli (Delph); Sterling (Rashford) e Kane. Técnico: Gareth Southgate.

Árbitro: Bjorn Kuipers, auxiliado por San Van Roekel e Erwin Zeinstra (todos da Holanda).

Quase deu para a Rússia
Smolov no meio dos croatas (Todos os créditos: Divulgação FIFA)
      Em uma partida marcada pela valentia e disposição, Rússia e Croácia fizeram um dos melhores confrontos da Copa 2018 até o momento. O jogo ficou em 1x1 no tempo normal, 1x1 na prorrogação, com chances para ambos os lados. Nos pênaltis, embora num momento psicológico melhor, os russos pecaram pela displicência de dois batedores: Smolov errou completamente uma tentativa de "cavadinha" e Mário Fernandes parecia bater um tiro de meta e mandou sua cobrança na placa de publicidade ao lado do gol. Os croatas, mais competentes, mantiveram o sangue frio e estão classificados.
      A bem da verdade, foi um jogaço! Com as duas seleções vindo de classificação em disputa de prorrogação e pênaltis, se esperava um jogo equilibrado no meio-campo, sem proporcionar muito desgaste. A Rússia tentou marcação alta até os 30 minutos do primeiro tempo, mas desistiu porque não conseguia puxar um bom contra-ataque. Já os croatas tentavam prender a bola, até criaram conclusões, mas sem efetividade.
      A partida engrenou mesmo aos 31 minutos. Cheryshev recebeu de Dzyuba na intermediária e arriscou. A bola foi indo, Subasic ficou olhando. E quando menos viu, a pelota estava no ângulo direito. Um golaço e festa russa em Sochi. 
      Os croatas, então, partiram para o empate. E não demoraram para conseguir. Em falha de Mário Fernandes e Ignasevich, Mandzukic avançou pela esquerda e cruzou. Kamaric entrou no meio da zaga e cabeceou forte para empatar. 
      No segundo tempo a Croácia voltou melhor. Distribuindo bem a bola por meio de Modric e Rakitic, os croatas criaram chances. Aos 24 minutos, após confusão na área, Perisic chutou fora do alcance de Akinfeev, mas a bola caprichosamente bateu na trave e saiu. Os russos tentaram reagir, mas sem conseguir chegar com perigo. O destaque final foi a lesão do goleiro Subasic, que sentiu a coxa direita e precisou permanecer em campo porque a Croácia já tinha feito as três substituições (na prorrogação pode ser feita mais uma). O arqueiro, entretanto, permaneceu até a disputa de pênaltis. 
      A prorrogação foi emocionante. O jogo ficou aberto, com as duas equipes buscando o gol, embora a Croácia tocasse melhor a bola. Aos 8 minutos do primeiro tempo, Modric cobrou escanteio. Vida tocou de cabeça, a bola passou entre a zaga russa e Rebic e acabou entrando. 
      No segundo tempo, a Croácia tentou tocar mais a bola. Mas a disposição russa prevaleceu e os ataques, com levantamento para a área, ficaram ainda mais perigosos. O técnico Stanislav Cherchesov parecia um maestro, orquestrando a torcida e incentivando os jogadores. Até que aos 10 minutos, Dzagoev cobra falta na entrada da área. Mário Fernandes cabeceia livre, sem chances para Subasic. E uma festa espetacular na Arena Sochi. 
      E veio a decisão por pênaltis. Smolov bateu mal e Subasic defendeu.  Brozovic marcou para a Croácia. Depois, Dzagoev marcou e Kovacic bateu no canto direito. Akinfeev voou e defendeu. Mas na cobrança seguinte, Mário Fernandes chutou forte, para fora. Daí em diante Modric (que quase perdeu o pênalti, a bola bateu na trave e entrou depois que Akinfeev tocou na bola) Vida e Rakitic acertaram suas cobranças, enquanto Ignashevich ainda fez para os russos. Fica para os russos a sensação de ter feito uma grande campanha, ter surpreendido o mundo e feito a população abraçar a seleção como até hoje isso não tinha ocorrido.
      Um dos destaques da partida foi o trio de arbitragem brasileiro. Tecnicamente perfeito, Sandro Meira Ricci está cotado para apitar as finais da copa (decisão do 3º lugar ou mesmo a final, já que o Brasil está fora). Os assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse também não tiveram erros. 

RÚSSIA: Akinfeev, Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich e Kudriashov; Zobnin e Kuziaev; Samedov (Erokhin - 8'/2ºT), Golovin (Dzagoev - 12'/1ºP) e Cheryshev (Smolov - 21'/2ºT); Dzyuba (GazInskii - 33'/2ºT). Técnico: Stanislav Cherchesov.


CROÁCIA: Subasic, Vrsaljko (Corluka - 6'/1ºP), Lovren, Vida e Strinic (Pivaric - 28'/2ºT); Rakitic, Modric e Kramaric (Kovacic - 43'/2ºT); Rebic, Perisic (Brozovic - 17'/2ºT) e Mandzukic. Técnico: Zlatko Dalic.