sexta-feira, 6 de julho de 2018

França seca o Rio da Prata e avança às semifinais da Copa

Franceses aguardam vencedor de Brasil x Bélgica para saber quem enfrentam no dia 10 (Divulgação FIFA)

      Com um futebol consistente na defesa e no meio-campo, contando com a ineficiência uruguaia e com a sorte, A França carimbou o passaporte para a semifinal da Copa do Mundo 2018 no início da tarde deste dia 6. A equipe comandada por Didier Deschamps (que carrega o incrível currículo de 17 jogos em copas como jogador e treinador e apenas uma derrota) bateu o Uruguai por 2x0. Foi a segunda vitória seguida dos europeus sobre os países banhados pelo Rio da Prata - primeiro a Argentina e agora o Uruguai. Com o resultado, resta aos franceses esperar entre brasileiros e belgas para saber quem vão enfrentar no dia 10, às 15h. 
      O jogo iniciou pegado, com muitas faltas - algumas ríspidas. O alvo eram os tornozelos adversários - que o digam Suárez (de atuação apagada), Hernandez (um dos melhores da França) e Mbappé. Poucas chances de gol aconteceram na primeira etapa. Os franceses confiavam nas arrancadas de Mbappé, enquanto o Uruguai pecava no maior problema apresentado durante a partida: a falta de ligação no meio-campo. Vários chutões sobrevoaram o meio de campo até chegar na área francesa, mas Umtiti e Varane afastaram todas as bolas.
      As chances escassas começaram a ocorrer aos 15 minutos, quando Giroud e Mbappé tabelaram de cabeça dentro da área uruguaia e o atacante do Paris Saint-Germain concluiu mal. O jogo era disputado, mas sem oportunidades - tanto que a maior vibração da torcida ocorrera aos 31 minutos, quando Kanté acertou uma bolada no árbitro argentino Néstor Pitana. O primeiro chute uruguaio ao gol veio aos 35 minutos,com Vecino, para boa defesa de Lloris.
      Quando tudo se encaminhava para um fim de primeiro tempo arrastado, surge o gol francês. Griezmann cobra falta da direita. Varane se antecipa à zaga uruguaia e sozinho na entrada da pequena área desvia para o gol: 1x0. Dois minutos depois o Uruguai teve a melhor oportunidade na partida. Em cobrança de falta de Torreira, Cáceres desvia de cabeça e Lloris faz um milagre. A bola sobra para Godín, que isola. 
      No segundo tempo, sem muitas opções, os uruguaios foram para cima. Os franceses se organizaram para tentar definir em um contra-ataque. Aos 16 minutos, a ducha fria sobre o Uruguai: Griezmann recebe de Pogba próximo da área e arrisca o chute. A bola vai em cima de Muslera, mas pega efeito e escorrega entre as mãos do arqueiro uruguaio, entrando mansamente no gol. Era o 2x0 que definiria o confronto.
      Mesmo desorganizado e sentindo muito a falta de Cavani, o Uruguai não se afobou e seguiu em cima. Aos 18 minutos, Cristian Rodriguéz pega rebote de escanteio e chuta muito perto da trave de Lloris. A França era perigosa no contra-ataque. Aos 24, Tolisso recebe sozinho na entrada da área e tenta por cobertura, mas a bola sai próxima da meta de Muslera. Uma firula de Mbappé rendeu cartão ao francês e ao uruguaio Cristian Rodriguez. Confusão e bate-boca, mas ninguém foi expulso.
      A partir dos 35 minutos do segundo tempo era perceptível o desgaste dos uruguaios. O cansaço tomou conta e por mais disposição que tivesse, a Celeste já não chegava ao ataque e assistia ao toque de bola francês. Aos 43 minutos as câmeras de TV flagram o zagueiro Gimenez aos prantos, percebendo que a classificação não viria mais. O que se tornou realidade aos 50 minutos, quando Néstor Pitana encerrou a partida, para comemoração francesa e lágrimas uruguaias. 


URUGUAI: Fernando Muslera; Martin Cáceres, José Giménez, Diego Godín e Diego Laxalt; Lucas Torreira, Matías Vecino, Nahitan Nández (Jonathan Urretaviscaya), Rodrigo Bentancur (Cristian Rodríguez) e Cristhian Stuani (Maximiliano Gomez); Luis Suárez. Técnico: Óscar Tabárez.

FRANÇA: Hugo Lloris; Benjamin Pavard, Raphael Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández; N'Golo Kanté, Paul Pogba e Corentin Tolisso (Steven N'Zonzi); Antoine Griezmann (Nabil Fekir), Kylian Mbappé (Ousmane Dembélé) e Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps. 

Árbitro: Néstor Pitana, tendo como assistentes Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti (todos da Argentina).

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