sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Por que vou me casar?




      Não, este blog não foi idealizado para expor minha vida pessoal. Não é para eu realizar comentários sobre diabetes, minhas angústias, meus receios, meus sucessos, meus desafios. Muito menos para tergiversar a respeito da minha vida sentimental e amorosa, cheia de fracassos e sucessos - como a de todo mundo, aliás. Este conteúdo online é para informação. Entretanto, vou abrir uma exceção. Afinal, hoje vou casar! E com uma mulher muito especial.
      Conheci a Josiane quando fiz uma postagem sobre o valor da conta da luz. Quer dizer, conheci a fundo. Porque antes já éramos "amigos virtuais" - onde o máximo que fizemos foi mandar mensagens de aniversário um ao outro e curtir lá de vez em quando algo que nos tocasse. Ela "rabiosa" com o valor - e eu mais ainda. Aí, já no período de solteirice, comecei a olhar (e a curtir) fotos antigas. Olhando as postagens no perfil dela, deduzi que se tratava de uma pessoa diferenciada, com foco, perfil de pessoa que sabia planejar as coisas, dedicada profissionalmente e pessoalmente também. Confesso: a única coisa que realmente me preocupou foi o fato de ela ser professora - até porque eu não canso de dizer que tenho demasia de professores em casa. Embora considere uma das melhores profissões do mundo - mas a minha, o Jornalismo, é a melhor de todas! Só que lidar com Educação é sui generis. Mas deixemos isso de lado.
      Até que precisava puxar um papo. As curtidas minhas nas imagens e posts dela aumentaram. Por coincidência (só coincidência) as delas em relação a mim também cresceram mais que a volúpia do Congresso em criar artefatos para escapar da Lava-Jato - para vocês notarem como aumentou. Então era hora de dar um "oi". Até que chegou o dia, me enchi de coragem (eu sempre fui tímido ao excesso, embora muitos não acreditem, mas meus amigos sabem e conhecem isso de perto) e mandei um "oi". Ao melhor estilo Emanuel. 
      Qual não foi minha surpresa ao ver que ela respondeu! E disse que gostava muito do que eu escrevia, coisa e tal, talicoisa. E aí minha confiança cresceu. E repliquei. E ela treplicou. Em poucos dias marcamos o primeiro encontro. E logo em seguida já pedi ela em namoro. E algum tempo depois já ficamos noivos. 
      E hoje, 2 de dezembro, vamos casar!
      O título deste texto é uma pergunta que exige uma resposta da forma do método socrático. E por que eu não casaria com uma pessoa que considero linda, com caráter, bom coração, velocidade de raciocínio, disposta, boa mãe de dois filhos lindos e maravilhosos, uma excelente filha e irmã? Por que não casaria com uma mulher que amo e declaro aos quatro ventos (se é que existem quatro tipos de ventos... mas vamos lá), com quem me preocupo, a quem procuro auxiliar, com quem divido todas as coisas da minha vida? Por que não casaria com uma mulher que me ama, que se preocupa, que entende minha ranzinice, meu rabugentismo, que assiste a jogos do Grêmio comigo mesmo sendo colorada, que entende e respeita o que penso? Por que não casaria com uma mulher a qual escuto com atenção, que espero concluir um raciocínio para poder dar meu pitaco, que vive o hoje, mas pensa no amanhã, que procura fazer o que precisa ser feito e bem feito? Por que não casaria com uma mulher de fibra, garra e coragem, que procura evoluir como pessoa e se aperfeiçoar como profissional, que me considera guardião de seus segredos, o colo para o carinho necessário, o toque para sensibilizar e a voz firme, mas com ternura, de quando precisa de um conselho ou orientação?
      Como não vou casar com uma mulher dessas? Alguém que não é frívola, não é à toa, sabe impor respeito e conquista credibilidade com quem convive? Só se eu fosse muito tosco, ogro, para não amar uma mulher assim. É com essa Josiane (ou Jô, para a maioria das pessoas) que eu quero passar os meus dias, é com ela que quero passear na praça, viajar, assistir a um filme. É nos braços dela que vou me amparar quando as coisas não saírem como o desejado, é dela que espero a palavra doce ou firme, dependendo da situação, é com ela que virão os conselhos, as manias, a TPM, a preocupação com os guris. É com ela que vou dividir minhas hipoglicemias, meus destemperos (sim, ela sabe como sou e me aceita desse jeito. E é por isso que já me controlo muito, mas muuuuuuuuuuuuito melhor), meus transtornos de ansiedade, meus tiques-nervosos.
      Casamento não é fácil, ,eu sei. Não é um mar de rosas o tempo todo. A rotina atrapalha, as manias também. Entretanto, ambos temos uma coisa que realmente, sem falsa modéstia, nos diferencia: disposição. A percepção de saber o que está errado e tentar mudar. A sabedoria suficiente para saber que há, sim, entre casais, a necessidade de abrir mão pela estabilidade do relacionamento e a obrigação de não ter desvios de caráter para sustentar o amor. Em procurar fazer a maioria de nossos momentos de lazer e descontração juntos. É saber que, embora tenhamos os meninos por perto, eles terão independência e nós também. É querer estar junto não por obrigação, mas porque um faz bem ao outro, um provoca sorrisos no outro, o afago de um ao outro nos conforta, o carinho de um ao outro nos faz feliz.
      Por isso é que escrevi esta crônica hoje. Da maneira mais Emanuelífera possível, do jeito mais estranho que possa ser. Mas com todo o amor do mundo para a filha, mãe, irmã, professora, diretora, colega, amiga e que, a partir de agora, passa a ser também de forma oficial a melhor esposa que Deus poderia me destinar. Agradeço, de coração, a todos que leram até aqui. E solicito apenas uma coisa: se esforcem para que seus relacionamentos deem certo. Esse esforço compensa. Não existe juiz melhor das nossas vidas que nós mesmos. E para sermos justos é preciso querer essa justiça a todos a quem amamos.

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