quarta-feira, 31 de julho de 2024

Martine Grael e Kahena Kunze estão fora da briga pelo tricampeonato olímpico na Vela

Foto: Wander Roberto/COB

   Uma das maiores expectativas nos Jogos Olímpicos de Paris recaia sobre a classe 49er FX da Vela. Isso porque quem caía na água era a dupla bicampeã da prova (Rio 2016 e Tóquio 2020) Martine Grael e Kahena Kunze. No entanto, os ventos não sopraram a favor das brasileiras. Embora tendo feito boas regatas nesta quarta-feira (ficaram em quarto, nono e segundo lugar nas três realizadas hoje), elas estão fora da briga pelo pódio. 

   Martine e Kahena estão com 102 perdidos. Embora classificadas para a última regada - a da medalha - elas já não vão conseguir tirar a diferença para as duplas que estão à frente na competição. Elas não podem mais alcançar as líderes, as francesas Sarah Steyaert e Charline Picon (que tem 67  pontos perdidos), e nem as suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler (com 74 pontos perdidos) que estão em terceiro lugar. Se ficassem em último na regata, elas teriam 87 e 94 pontos perdidos, se mantendo a frente das velejadoras brasileiras. 

   Agora, a esperança de conquista de medalhas na Vela fica por conta das categorias que caem na água a partir desta quinta-feira (são seis ao total). Vale destacar que, desde 1980 o Brasil não conquistou medalhas na modalide apenas em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona. 

Norte-americanas vencem Austrália e classificam Brasil no futebol feminino na Olimpíada de Paris

Estados Unidos eliminou Austrália - Reprodução X


    Foi mais na sorte que no juízo. Mas os resultados paralelos ajudaram e o Brasil conseguiu a classificação para as quartas-de-final do futebol feminino em Paris 2024. Mesmo com a derrota para a Espanha por 2x0, as brasileiras foram ajudadas pela vitória dos Estados Unidos sobre a Austrália por 2x1 e se classificaram como uma das terceiras melhores colocadas.

   Agora, aquele que era para ser o jogo de despedida de Marta na Seleção Brasileira vai ter uma ponta de frustração. Expulsa na partida contra as espanholas, a Rainha está fora do jogo contra a França - dona da casa e uma das candidatas à medalha de ouro. O confronto entre as seleções acontece no sábado, 3 de agosto, às 16h (pelo horário de Brasília). 

Bia Ferreira garante medalha para o Brasil mais uma vez e disputa semifinal contra algoz em Tóquio

 

Reprodução COI

   Por melhor espotividade que se tenha, é um fato: não deu nem para cansar. Bia Ferreira ganhou a luta contra a holandesa Chelsey Heijnen pelas quartas-de-final da categoria peso leve feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. Além de carimbar a vaga para a semfinal, a lutadora já garante ao menos mais uma medalha para o Brasil (se perder a disputa, não há decisão pelo bronze). Mas, para Bia, a parada será duríssima: ela pega a atual campeã olímpica, a irlandesa Kellie Harrington - que ganhou de Bia na decisão do ouro em Tóquio 2020.

   Durante todo o combate, a brasileira acertou uma grande variedade de golpes em Chelsey, especialmente nos dois primeiros rounds. Assim como na luta anterior, das oitavas-de-final, Bia venceu por unanimidade. Ela defenderá uma invencibilidade de 22 lutas contra Kellie. Além disso, a brasileira já admitiu que gostaria de enfrentar a campeã olímpica na semifinal (pelo cruzamento das chaves já era possível saber isso) porque a irlandesa "estava entalada na garganta", como admitiu em entrevista à Rede Globo recentemente.

   A semifinal do peso leve feminino acontece no sábado, dia 3 de agosto, por volta de 17h. 

Seleção feminina de futebol tem dia que deu tudo errado e depende agora da Matemática para seguir viva em Paris 2024

 

Reprodução X

   Sabe aquele dia em que você acorda e dá tudo errado? Pois é. Foi o que ocorreu nesta quarta-feira (31) com a Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Embora com muita bravura, a equipe comandada por Arthur Elias foi dominada pela Espanha, atual campeã mundial, e perdeu por 2x0 pela última rodada do Grupo C. As brasileiras terminaram na terceira posição da chave e agora dependem de uma cominação matemática para saber se passam às quartas-de-final como uma das melhores terceiras colocadas.

   O Brasil até jogou bem no primeiro tempo, impedindo os ataques velozes das espanholas. Tudo ia relativamente bem até que, quase ao fim da etapa inicial, Marta, a Rainha, ergueu demais o pé em uma disputa de bola. O árbitro noruguês Espen Eskas deu cartão vermelho para a craque. Marta saiu de campo aos prantos, já que pode ter sido sua última partida pela Seleção. Um detalhe ainda mais cruel: enquanto ela esteve em campo na Olimpíada o Brasil não estava perdendo as partidas - contra o Japão, a equipe tomou a virada após a camisa 10 ser substituída.

   Mas, o que era ruim podia piorar. E assim o foi. Castillo abriu o placar para a Espanha aos 27 minutos do segundo tempo. O Brasil não tinha forças para atacar. Para piorar a situação, aos 40 minutos, a lateral direita Antônia lesionou o tornozelo. Como o Brasil já tinha feito todas as substituições, a atleta ficou em campo para fazer número. Só que as dores aumentaram até Antônia cair em campo e deixar o jogo sob amparo dos médicos e, também, aos prantos. Pouco tempo depois, Putellas chutou de fora da área e definiu o placar. 

   Embora tenha falhado no primeiro gol espanhol, a goleira Lorena foi destaque do Brasil. Com boas defesas, impediu um placar ainda maior. Agora, o Brasil precisa de uma vitória dos Estados Unidos contra a Austrália — que tem o mesmo número de pontos e os mesmos -2 de saldo que o Brasil —, ou no máximo um empate entre Colômbia e Canadá para se classificar.  

Bala Louca fica em sexto na final do ciclismo BMX Park em Paris

 

Reprodução X

   Gustavo Oliveira, o Bala Louca, fez uma prova incrível na final do ciclismo BMX Freestyle masculino na manhã desta quarta-feira (31), nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. No entanto, o desempenho de seus adversário foi melhor e o brasileiro acabou em sexto lugar - o melhor resultado do ciclismo nacional na história das olimpíadas. O ouro ficou com o argentino José Torres Rios, a primeira conquista sul-americana nos jogos de Paris. A prata ficou com o britânico Kieran Reilly e o bronze com o francês Anthony Jeanjean. 

   Bala Louca havia se classificado em oitavo lugar entre os nove finalistas e melhorou sua colocação. A torcida francesa adotou o brasileiro pela simpatia e vibrou com as manobras dele na pista. No entanto, o nível técnico da prova foi muito forte. Tanto que os medalhistas só foram definidos na penúltima e na última passagem. 

Brasil não pega Huber - e também Leal - no tie-break e perde para a Polônia no vôlei masculino

 

Foto: Alexandre Loureiro/COB

   A Seleção Brasileira de Vôlei Masculino se complicou nos Jogos Olímpicos de Paris. Os comandados de Bernardinho perderam por 3x2 para a Polônia, em partida que durou quase duas horas e meia, na madrugada desta quarta-feira (31). Agora o Brasil depende de uma combinação de resultados para obter a classificação às quartas-de-final. Além de vencer o Egito - o que, em tese, não é uma grande dificuldade - a Seleção precisa ser uma das terceiras melhores colocadas entre os três grupos. E precisará da calculadora para isso - tem 1 ponto e precisa chegar a 4 para ter chances. 

   Ao contrário da partida contra a Itália, onde errou muito (principalmente os contra-ataques), desta vez o Brasil melhorou em alguns fundamentos. Ajustou o bloqueio e teve um bom índice de aproveitamento de saques. Os brazucas chegaram a estar vencendo por 2 sets a 1, mas levaram a virada depois de desempenhos espetaculares dos poloneses no saque, fazendo 3 pontos diretos.

   No tie-break, entretanto, o Brasil esteve sempre atrás do placar. Tirou uma desvantagem de 3 pontos em um 12x9, empatou, mas dois aces de Leal decidiram a partida. Além disso, no começo do quinto set, sofreu com a passagem do polonês Huber no saque - ele fez 3 pontos diretos e só não fez o quarto porque a bola foi para fora, próximo da linha de fundo.

   Agora o Brasil pega o Egito na sexta-feira (2 de agosto), às 8h (horário de Brasília). 

terça-feira, 30 de julho de 2024

O tiro certeiro de "Bala Loka" no BMX Freestyle

 

Reprodução X

   Ele chegou de mansinho, embora bem cotado pelos resultados internacionais. No Brasil, convenhamos, é um ilustre desconhecido, afora para os praticantes do esporte. Mas, é fato, que Gustavo Oliveira, o "Bala Loka" surpreendeu os aficcionados por Jogos Olímpicos e carimbou o passaporte para a final do ciclismo BMX Freestyle. Na classificatória, o brazuca terminou em oitavo lugar.

   E pensar que Bala Loka há anos não tinha bicicleta para competir. O pai dele comprou peças e adaptou uma bicicleta comum para o filho cometir no antigo - e conhecido - bicicross. Gustavo pegava a bicicleta e disparava. Até que um dia sofreu um acidente. A equipe médica que o atendeu perguntou o que havia acontecido e testemunhas disseram que ele tinha saído "como uma bala louca". Pronto, o apelido pegou.

   O ciclista, de 21 anos, já havia conquistado uma medalha nos Jogos Panamericanos de 2023, em Santiago do Chile, quando obteve o bronze. Os resultados deste ano também foram expressivos e credenciaram Bala Loka (nessa forma de escrita, não se espante) a ser uma possibilidade de surpresa na Olimpíada de Paris. 

Com um segundo tempo pavoroso novamente, Brasil perde para Alemanha e precisa de combinação mirabolante para se classificar no basquete masculino

Reprodução X - COI



    O mesmo problema ocorrido diante da França se repetiu. E o resultado, por consequência, foi o mesmo. A Seleção Brasileira de basquete masculino perdeu por 86 x 73 para a Alemanhã, atual campeã mundial, e precisa de uma combinação mirabolante de resultados para se classificar às quartas-de-final. Na última rodada da primeira fase, dia 2 de agosto (sexta-feira) os brasileiros encaram o Japão, às 6h (pelo horário de Brasília). 

  Além de precisar vencer para obter a classificação como uma das melhores seleções classificadas em terceiro lugar, a equipe nacional precisa vencer por, no mínimo, 20 pontos de diferença para ter chances - com base na atual classificação dos outros dois grupos na competição. E, caso consiga passar, pegará, provavelmente, os Estados Unidos e seu "Dream Team" fase eliminatória.

   O Brasil começou mal o jogo, chegando a ter uma diferença de 12 pontos para os alemães. No segundo quarto, contudo, equilibrou a partida e chegou a estar na frente antes do intervalo. Mas, assim como ocorrera contra a França, o segundo tempo (terceiro e quarto quartos) foi complicado. Com Caboclo cometendo a quinta falta ainda no terceiro quarto e sendo excluído da partida, o garrafão brasileiro virou uma festa sem cerveja. Outro defeito foi o número de "turn-overs" (ou bolas desperdiçadas no ataque). Foram 19 no segundo período, contra apenas sete dos alemães.


É contra a história, contra a desconfiança e contra os juízes também! Brasil é bronze por equipes na ginástica artística em Paris 2024

Foto:  Ricardo Bufolin/CBG

   Foi de tirar o fôlego. Mas, contra a desconfiança da própria torcida, contra um histórico de "pipocar" em decisões e, principalmente, contra juízes que deram notas maiores para as adversárias apenas por serem mais conhecidas no cenário internacional, o Brasil conseguiu uma façanha na tarde deste dia 30 de julho: a equipe brasileira ganhou a medalha de bronze na competição por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O ouro ficou com os Estados Unidos e a prata com a Itália. 

   O confronto das brasileiras foi épico. Até o final da terceira rotação (eram quatro aparelhos - barras, trave, solo e salto) a seleção nacional estava em sexto lugar. No entanto, o último aparelho era o salto. E quem tem Rebeca Andrade tem uma carta na manga. Com uma nota 15.100 (maior, inclusive, do que a estrela mundial, a norte-americana Simone Biles), Rebeca catapultou o Brasil para a segunda colocação. No entanto, as italianas conseguiram reverter a nota no solo (último aparelho delas) e obtiveram a prata. China, Canadá e Grã-Bretanha não conseguiram superar o Brasil.

   O time foi composto, além de Rebeca, por Flávia Saraiva, Júlia Soares, Lorraine Oliveira e Jade Barbosa. Elas entram para a história olímpica. Vale destacar que Rebeca e Júlia também estão classificadas para as finais por aparelhos - Júlia na trave e Rebeca no solo, salto e trave. Rebeca e Flávia também disputa a final do individual geral. 

Brasileiros avançam no tiro com arco e natação em Paris


Fotos: Miriam Jeske/ @timebrasil

    Se o dia não começou bem, o final da manhã em Paris trouxe boas novas para o esporte brasileiro. No tiro com arco, a boa notícia veio em dose dupla. Ana Luíza Caetano precisou superar uma eslovena e uma malaia para garantir sua vaga nas oitavas-de-final no feminino. Já  Marcos D'Almeida, um dos favorito ao pódio na prova masculina, bateu um ucraniano e um japonês e também está classificado. Ana Luíza volta a competir no sábado e Marcos no domingo.

    Nas piscinas,  Guilherme Caribé e Beatriz Dizott avançaram. Caribé vai disputar as semifinais dos 100m livre ,enquanto Beatriz garantiu vaga na final dos 1500m livre, que será realizada nesta quarta-feira (31).

   

    

Terça-feira começa com eliminação de brasileiros no Judô e na Natação


Fotos: Reprodução X


    Os judocas brasileiros não foram adianta na disputa por medalhas nesta terça-feira (30) na Olimpíada de Paris. Guilherme Schmidt e Ketleyn Quadros venceram suas primeiras lutas com relativa facilidade, mas foram derrotados na rodada seguinte e terminaram sua participação.

   Schmidt perdeu por waza-ari para o italiano Antonio Esposito na categoria até 81 kg. Ketleyn teve uma disputa mais acirrada contra a francesa Clarisse Agbegnenou, atual campeã olímpica, na categoria até 63kg. No entanto, a apenas três segundos do fim do combate, a francesa conseguiu um waza-ari e terminou com esperança da brasileira em conquistar uma nova medalha - ela foi bronze em Pequim 2008, sendo a primeira mulher a conquistar um triunfo em esportes individuais para o Brasil.

   Na natação, a situação não foi diferente. A equipe brasileira no revezamento 4x200 metros livre foi eliminada ao terminar em 12º entre os 16 países concorrentes - oito se classificam para a final, que acontece na tarde desta terça-feira. Nos 100 metros livre, Marcelo Chierighini foi eliminado, enquanto Nicolas Albiero não foi adiante das eliminatórias nos 200 metros borboleta. 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Brasil tem altos e baixos e disputa entre compatriotas no surfe na briga por medalha

   Depois das vitória no vôlei feminino, as derrotas no judô, o "quase" no skate street masculino, já relatadas anteriormente, as demais modalidades trouxeram altos e baixos ao longo desta segunda-feira (29) nos Jogos Olímpicos de Paris. Uma vitória e uma derrota no boxe, a mesma situação no tênis de mesa e a classificação de Gabriel Medina e João Chianca (Chumbinho) no surfe trazem uma ideia da mescla de emoções durante o dia.

Gabriel Medina - foto Jerome Brouillet

  A situação mais diferenciada foi no surfe. Em um show, onde tirou a maior nota da competição até agora (9,90), o brasileiro Gabriel Medina avançou às quartas-de-final após bater o japonês Kanoa Igarashi - que o havia vencido nas semifinais em Tóquio 2020. Chumbinho teve uma parada bem mais difícil contra o marroquino Ramzi Boukhiam. O adversário vencia a bateria a dois minutos do fim, mas o brasileiro obteve uma nota 8.80 e  ultrapassou Boukhiam. O lado ruim disso é que os brazucas se enfrentam nas quartas-de-final. O lado bom é que há a certeza de que o Brasil irá disputar medalha na modalidade.

   No feminino, as provas das oitavas de final foram adiadas devido às condições do tempo e do mar. A decisão foi tomada por todas as competidoras classificadas, junto dos organizadores da prova. A organização chegou a propor a possibilidade de que houvesse a disputa das quartas-de-final no masculino, mas a ideia não vingou. 

   Nas oitavas-de-final Tatiana Weston-Webb vai enfrentar a norte-americana Caitlin Summers, enquanto Luana Silva e Tainá Hinckel decidirão a vaga para as quartas-de-final em um duelo tupiniquim nas águas do Taiti. 

Reprodução X

   No boxe. Bia Ferreira, medalha de prata em Tóquio 2020, venceu por decisão unânime a norte-americana Jajaira Gonzalez. Com golpes potentes e sempre buscando o embate, Bia somou pontos preciosos e chegou a desestabilizar a adversária no segundo round. Na quarta-feira (31) enfrenta a holandesa Chelsey Heijnen na categoria até 60 kg. Menos sorte teve Abner Teixeira, na categoria até 92 kg. Ele, medalhista de bronze nos jogos de Tóquio, foi derrotado em decisão dividida - três juízes deram a vitória para o equatoriano Gerlon Congo e dois para Teixeira, que foi eliminado.

Vitor Ishiy - Gaspar Nóbrega - COB

   No tênis de mesa, Bruna Takahashi perdeu para a norte-americana Lily Zhang por 4 sets a 2 e foi elminada. Já Vitor Ishii venceu o australiano Nicholas Lum por 4 sets a zero e seguiu para a fase de oitavas-de-final.

Reprodução X
   No tênis de quadra, dia de duplas e despedida na simples. Bia Haddad Maia perdeu por 2x0 para a  eslovaca Anna Karolina Schmiedlova. O Brasil não tem mais representantes na chave de simples, já que Laura Pigossi, Thiago Wild e Tiago Monteiro também foram eliminados. Nas duplas masculinas e femininas, porèm, o resultado foi outro. Bia Haddad e Luísa Stefani bateram as chinesasYuan Yue e Zhang Shuai por duplo 6/4. Já Wild e Monteiro ganharam dos casaques Alexander Bublik e Aleksandr Nedovyesov também em um duplo 6/4.


Kevin Hoofler fica no "quase" na final do skate street masculino

Reprodução X

   O brasileiro Kevin Hoofler não conseguiu repetir a medalha conquistada em Tóquio 2020. Na final do skate street masculino, o brasileiro conseguiu a classificação para a fase final, mas terminou na sexta posição. Hoofler havia sido medalhista de bronze no Japão, mas desta vez encontrou adversários de alto nível em uma das provas mais disputadas do street da história. A medalha de ouro do japonês Yuto Horigome  foi decidida na última rodada - quando faltavam apenas mais dois ocmpetidores para terminar o ciclo. 

   Na fase preliminar, os brasileiros Giovanni Vianna e Felipe Gustavo haviam sido eliminados. Uma das curiosidades da prova aconteceu com o argentino Matias dell Olio. Na tentativa de buscar melhores notas nas manobras, o hermano conseguiu quebrar o skate duas vezes. Apesar do problema, dell Olio se classificou para a fase final, mas acabou não conseguindo boas notas e ficou em oitavo lugar. 

Ainda teremos Brasil no skate em Paris!

   Vale ressaltar que o skate não se despede dos Jogos Olímpicos com as finais do street. A partir do dia 6 acontecem as provas do Park, naipes masculino e feminino. A competição terá a participação dos brasileiros Augusto Akio, Luigi Cini, Pedro Barros, Dora Varella, Isadora Pacheco e Raicca Ventura. Pedro Barros é o grande destaque da delegação. Ele foi medalha de prata em Tóquio 2020. 

Punição tira possibilidade de medalha da campeã olímpica Rafaela Silva no Judô

Reprodução X


   A campeã olímpica no Rio 2016 Rafaela Silva não teve sorte na busca por medalhas na Olimpíada de Paris. Mesmo lutando bem, na semifinal Rafaela foi derrotada no golden score (uma espécie de prorrogação no judô, quando a luta termina após uma das atletas conseguir uma pontuação) para a sul-coreana Mimi Hun, na categoria até 57 kg. Rafaela havia vencido as duas primeiras lutas com certa facilidade. 

   A brasileira foi para a disputa do bronze contra a japonesa Haruka Funakubo. A luta foi muito equilibrada, com as atletas disputando a medalha por quase 10 minutos (a luta dura 4 minutos no naipe feminino). Rafaela e Haruka tinham duas punições cada uma - e a terceia eliminaria que cometesse a irregularidade. Foi quando Rafaela bateu com a cabeça no tatame após uma tentativa de golpe. Os juízes consideraram que a brasileira "mergulhou", o que é uma infração grave e desclassificaram Rafaela.

   Em entrevista após a luta, Rafaela não conteve o choro. E se emocionou muito ao relatar as dificuldades, destacando que estava bem na luta e queria sair de Paris com uma medalha. A judoca havia ficado fora de Tóquio 2020 após sofrer uma punição por doping.

   Depois das duas medalhas conquistadas no domingo, com William Lima e Larissa Pimenta, a segunda-feira não foi boa para o judô brasileiro. Mais cedo, na categoria até 73 kg, Daniel Cargnin perdeu para o kosovar Akil Gjakova. Isso tirou qualquer chance de Cargnin, medalhista de bronze em Tóquio 2020, continuar na disputa. 

Brasil atropela Quênia na estreia do vôlei feminino em Paris 2024

 

Reprodução X

   Com uma atuação combinando ataque, bloqueio e saque forçado, a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino não tomou conhecimento do Quênia na estreia em Paris 2024. O time comandado pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães venceu por 3x0 - 25/14, 25/13 e 25/12. Na próxima rodada as brasileiras encaram o Japão - uma das duas únicas equipes a vencer o Brasil na temporada 2024 - na quinta-feira (1º de agosto), às 8h (pelo horário de Brasília). 

   A partida foi tranquila. Mesmo com muita disposição, as queniana não foram páreo para as brasileiras. Destaque para o bloqueio - foram 16 pontos neste fundamento. As ponteiras Rosamaria e Carol foram destaques do time brasileiro. 

domingo, 28 de julho de 2024

A Fadinha é F*da! - Rayssa Leal ganha o bronze no skate street feminino em Paris

 

Reprodução X Rayssa Leal

   Não foi fácil, foi na última manobra. Mas Rayssa Leal mostrou do que é capaz. Após um desempenho não mais que razoável na fase de percurso da final olímpica do skate street feminino, na hora das manobras a "Fadinha" mostrou porque é um dos grandes nomes do esporte mundial. Com notas acima de 90, tirou forças do fundo da alma e conquistou a medalha de bronze para o Brasil - a terceira deste domingo em um intervalo de uma hora (as duas primeiras foram no judô). 

   Quando viu no telão os resultados, a jovem de 17 anos não resistiu e caiu em prantos. Rayssa sabia que não havia feito uma boa prova, mas conviveu bem com a pressão e suas manobras garantiram a medalha. O ouro ficou com a japonesa Coco Yoshizawa e a prata com a sua compatriota Lyz Akama. Em duas olimpíadas o skate já deu quatro medalhas para o Brasil - as outras três foram de prata em Tóquio 2020. 

RESPEITEM O JUDÔ BRASILEIRO: William Lima conquista a prata e Larissa Pimenta ganha o bronze - são as priimeiras medalhas do Brasil em Paris 2024

 

Reprodução X

   Não era fácil. Afinal, o japonês Hifumi Abe, tetracampeão mundial e atual campeão olímpico. Mesmo assim, o judoca William Lima fez uma boa luta, mas acabou derrotado com duas pontuações de "Waza-ari" e ficou com a medalha de prata na categoria Meio Leve (até 66 kg) dos Jogos Olímpicos de Paris. Foi a primeira medalha brasileira na atual edição da Olimpíada.

   Lima teve quatro vitórias até a final. No entanto, Abe fez valer sua experiência (foi a primeira vez que ambos lutaram no tatame) e conquistou a pontuação, mesmo que Lima fosse mais agressivo em alguns momentos do combate.

    

Reprodução X

   Larissa Pimenta teve uma trajetória mais complexa. Perdeu a luta nas quartas-de-final e precisou disputar a repescagem. Na decisão pelo bronze, venceu a italiana Odette Giuffrida e conquistou a medalha de bronze, mantendo a tradição do Judô brasileiro de conquistas olímpicas. 
   A decisão foi dramática. Isso porque Larissa havia recebido dois shidôs (punições), sendo que três deslcassificam o atleta. Demonstrando mentalidade forte, capacidade de reação e agressividade, Larissa reverteu o quadro e Odete acabou recebendo o terceiro shidô. 


Nadadores brasileiros são punidos e atleta é cortada da delegação



   Um fato completamente atípico envolvendo atletas brasileiros marcou a manhã deste domingo nos Jogos Olímpicos de Paris. Em nota, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou a exclusão da nadadora Ana Carolina Vieira e uma adverstência ao nadador Gabriel Santos. Eles são namorados e teriam saído das dependências da Vila Olímpica na capital francesa na última sexta-feira (26).

   Conforme a manifestação oficial do COB, Ana Carolina teria “de forma desrespeitosa e agressiva" contestado uma decisão técnica - o Comitê não se referiu especificamente qual seria essa norma, mas as informações dão conta que seria a ausência da Vila Olímpica sem autorização. Os nadadores foram enquadros em atos de indisciplina e Ana Carolina foi cortada e retornará ao Brasil  já neste domingo. Ela participou da prova do revezamento 4x100 metros livre e participaria também do revezamento 4x100 metros medley.

   Santos, por outro lado, competiu na prova do revezamento 4x100 metros livre masculino e não deve participar de outras competições. 

Na secada também vale - Rayssa Leal consegue vaga na final do skate street feminino

 

Foto: Reprodução X - Rayssa Leal

   Foi dramático, no sufoco e na secada das adversárias. Mas o somatório de fatores deu liga e Rayssa Leal conseguiu a classificação para a final do skate street feminino dos Jogos Olímpicos de Paris. Pamela Rosa e Gabi Mazzeto foram eliminadas na etapa classificatória. Rayssa obteve a sétima melhor marca entre as oito finalistas.

   O desempenho de Rayssa nas duas primeiras descidas da fase de percurso da pista foi preocupante. A brasileira errou manobras e teve quedas, chegando a fazer uma cara de choro diante das câmeras. Na fase de manobras, contudo, a "Fadinha" se recuperou e tirou a maior nota, acima de 92, o que garantiu um bom desempenho. Entretanto, era ainda necessário aguardar a última bateria, onde apenas três das cinco atletas poderiam ficar a frente da brasileira - e isso não aconteceu, apenas as japonesas ultrapassaram a brazuca.

   A final do skate street feminino acontece a partir das 12h, pelo horário de Brasília. 

Brasil toma gol no último lance da partida e perde para Hungria no handebol feminino




Foto: Luiza Moraes - COB

    O desperdício de contra-ataques nos dois tempos foi um castigo imperdoável. A Seleção Brasileira de handebol feminino acabou perdendo para a Hungria por 25 x 24 na madrugada deste domingo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O destino adicionou requintes de crueldade para as brazucas: o gol da vitória húngara veio a 5 segundos do fim da partida.

   O Brasil dominou grande parte do jogo. Terminou o primeiro tempo com vantagem de quatro gols. Ao mesmo tempo que a goleira Gabi Moreschi, destaque na vitória contra a Espanha, fez uma grande partida novamente (foi responsável por 12 defesas no contronto), o ataque brasileiro sofreu com o desperdício. Muitos contra-ataques foram para fora ou pararam na goleira Böde-Biro. Quase ao fim do jogo, o Brasil ainda perdeu um tiro da marca dos 7 metros - levando um gol na seqüência.

   A derrota não tira a chance de classificação do Brasil no Grupo B. Na próxima rodada, dia 30 (terça-feira), quando enfrenta a dona da casa, a França, às 14h (pelo horário de Brasília).   

sábado, 27 de julho de 2024

Não foi o dia do Brasil em Paris 2024

Foto: Sátiro Sodré / CBDA,
   

   O sábado não foi de muitas celebrações para a torcida brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris. Embora a classificação de Gabriel Medina e João Chumbinho, no Surfe, para as oitavas-de-final, Filipe Toledo vai depender da repescagem para não ser eliminado, ao perder sua bateria.

   No basquete masculino, a seleção brasileira fez um bom primeiro tempo, mas sucumbiu à superioridade francesa. Os vice-campeões olímpicos venceram por 78 x 66. 

   Já na natação, aquela que era a maior esperança de medalha nas piscinas em Paris não passou do quinto lugar. Guilherme Costa, o "Cachorrão" não conseguiu a tão sonhada medalha na final dos 400 metros livre masculino. E, ao final da prova, o desespero do atleta comoveu ao público. Cachorrão deixou a piscina chorando muito e sequer conseguiu falar com seus familiares - nas provas de natação, é possível, por videoconferência, o contato entre os atletas e suas famílias.  Na prova feminina, Maria Fernanda Costa, a "Mafe", ficou em sétimo lugar na final da mesma prova, os 400 metros livre. 

   Outra boa notícia veio no vôlei de praia. A dupla André e George bateua dupla marroquina Mohammed Abicha e Zouheir Elgraoui por 2x0. Os brazucas voltam à quadra de areia na terça-feira (30), às 7h (horário de Brasília) contra os cubanos Diaz e Alayo, pelo Grupo D. Na canoagem slalom, modalidade caiaque, a brasileira Ana Sátila, que está entre as 10 melhores do mundo, passou para as semifinais. 

   A chuva surpreendeu e adiou as competições em duas modalidades. O skate street masculino, que conta com três brasileiros( Kelvin Hoefle, Giovanni Vianna e Felipe Gustavo). O tênis chegou a ter algumas partidas, mas a maioria dos jogos também foi adiado devido ao mau tempo. 

Erros em fundamentos fazem Brasil perder para a Itália na estreia do vôlei masculino



   Uma derrota amarga, mas que não pode se dizer inesperada. Assim o Brasil estreou no vôlei masculino em Paris 2024. A seleção dirigida por Bernardo Rezende (Bernardinho) foi superada pela Itália por 3x1. Na próxima rodada, quarta-feira (31) o Brasil enfrenta a Polônia.

   O grande problema da seleção brasileira foi o erro em fundamentos básicos. No bloqueio, por exemplo, foram quatro pontos tupiniquins e 13 italianos. O Brasil cometeu 21 erros de saque - quase um set inteiro - contra 13 dos adversários. O pior índice, no entanto, foi nos ataques. O percentual de acertos nesse fundamento - que é quando o adversário saca e a jogada resulta em ponto - teve 63% de acerto brasileiro contra 87% dos italianos.

   Apesar disso, o Brasil demonstrou garra e lutou muito. No entanto, a Itália, com um grupo mais alto e mais jovem, soube superar as dificuldades e virou a partida em duas oportunidades - no primeiro e no quarto set. 

Esgrimista brasileira passa mal e revela tumor após luta


Imagens: Reprodução


    Um drama pessoal, até então desconhecido, marcou a derrota da brasileira Nathalie Moellhausen, 38 anos. Ela disputava a prova de espada em sua estreia nas Olimpíadas de Paris. No entanto, a atleta passou mal no último tempo, quando perida por 10x6 para a canadense Ruien Xiao. Nathalie caiu e pediu atendimento médico, preocupando ao público e à equipe brasileira que a acompanhava.

   Apesar disso - e demonstrando grande espírito esportivo - a brasileira voltou à disputa. Ela chegou a retirar parte da desvantagem, mas acabou perdendo por 15x11. Nathalie era considerada uma das favoritas da prova - ela ocupa o 6º lugar no ranrking mundial. 

   Entretanto, o drama veio após a luta. A esgrimista revelou que precisou tratar de um tumor no cóccix e foi internada às pressas às vésperas da competição. Mesmo que em princípio o tumor seja benigno, precisrá ser retirado. A revelação foi feita pelas redes sociais de Nathalie a poucas horas antes da estreia em Paris. A expectativa é de que a atleta, com a eliminação, passe por uma cirurgia. 

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Música, Minions, Monalisa no Rio Sena, Diversidade e espetáculo de Celine Dion: a cerimônia de abertura diferenciada em Paris 2024

 






Fotos: Reprodução X


   Está aberta oficialmente a Olimpíada de Paris 2024. Em uma cermônia de abertura marcada pela valorização da história e cultura francesa, mas também pela importância da diversidade, a 31ª edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna começou nesta sexta-feira (26).

   Afora o tradicional desfile das delegações, o acendimento da Pira Olímpica (feito pelo judoca Thedy Riner e pela ex-velocista Marie-José Perec), alguns fatos chamaram atenção. A própria cerimônia, pela primeira vez realizada fora de um estádio olímpíco, feita às margens - e dentro - do Rio Sena. 

   Além da devoção ao esporte, a abertura foi marcada também por fatos que marcam a cultura francesa. Não faltou a referência ao "Corcunda de Notre Dame", ao Museu do Louvre e até uma situação inusitada: a participação dos personagens de animação "Minions", que tentaram "furtar" o quadro da Monalisa, de dentro do Louvre. De forma surpreendente, o quadro famoso pintado por Leonardo da Vinci apareceu boiando no Sena, para um "oooooooó" do público.

   Mas não foi apenas isso a parte surpreendente da festa. Um desfile de moda, realizado por novos expoentes do mundo fashion francês, chamou atenção para a diversidade. Modelos LGBTQIA+, artistas militantes do movimento e ícones da cultura local participaram da programação. Outro destaque foi a apresentação de Lady Gaga. A artista interpretou Mon Truc en Plumes - e não decepcionou cantando em francês. 

   No entanto, um dos momentos mais atrativos foi no desfile das delegações. Isso porque as comitivas vieram em barcos pelo Rio Sena. Só que acompanhados de uma trilha sonora diferente: os ritmos de Eurohits - que dominou as pistas de dança em vários países, inclusive no Brasil, nos anos 70, 80 e 90. E o público aprovou - com dezenas de comentários positivos nas redes sociais.  

   A chave de ouro foi a canção de encerramento. Mesmo como problemas graves de saúde, que impedem o prosseguimento de sua carreira, e com a orientação médica de não participar por conta da chuva, a cantora Celine Dion interpretou "L'hymne a l'amour", arrancando lágrimas da platéria. A própria cantora se emocionou ao final da interpretação.






quinta-feira, 25 de julho de 2024

Com direito a "eu te amo Marta", Brasil bate Nigéria e estreia bem no futebol feminino

 


   Não foi uma partida empolgante, com uma grande exibição. Mas, ao menos, o Brasil fez o resultado que precisava: bateu a Nigéria por 1x0 na estreia do futebol feminino pelos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O gol foi marcado pela atacante Gabi Nunes, no primeiro tempo. O curioso é que um minuto antes o Brasil havia feito um gol, com Marta, que foi anulado pelo VAR.

   Na outra partida do Grupo C, a Espanha bateu o Japão por 2x1 e lidera a chave - pelo critério do número de gols marcados. Na próxima rodada, no dia 28 (domingo) contra o Japão, às 12h (pelo horário de Brasília).

   O fato curioso da partida foi registrado pela transmissão da televisão aos 16 minutos do segundo tempo. Enquanto o jogo estava parado para que a seleção brasileira cobrasse uma falta, um torcedor disparou um grito "Eu te amo, Marta!". O público aplaudiu e algumas jogadoras brasileiras não esconderam o sorriso. Só não se sabe a reação da "Rainha", porque as câmeras não a flagraram no momento da situação inusitada. 

Handebol feminino dá "olé" na Espanha e estreia bem em Paris 2024

 

Reprodução X


   Não poderia ter sido melhor. O Brasil venceu a Espanha por 29 x 18 na estreia do Handebol Feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A partida foi válida pelo Grupo B da competição. As brazucas não venciam as espanholas há 10 anos em competições oficiais - duas delas, nas olimpíadas do Rio (2016) e Tóquio (2020, disputada em 2021).

   Com uma ataque envolvendo e uma grande atuação da goleira Gabi Moreschi, autora de várias defesas difíceis durante os dois tempos da partida, a seleção esteve a frente do placar na maior parte da partida. As defesas de Gabi foram tão impressionantes que até a torcida espanhola aplaudiu a goleira - em uma delas, após um arremesso, a arqueira defendeu com uma das mãos e manteve a bola agarrada, algo raro de acontecer em partidas de handebol de alto nível.

   Na próxima rodada, a Seleção tem uma parada duríssima: enfrenta a Hungria, uma das equipes favoritas ao pódio. A partida acontece neste domingo (28), às 4h, pelo Horário de Brasília


Tiro com arco do Brasil não sai pela culatra na estreia em Paris 2024

Reprodução X

   

   Os Jogos Olímpicos de Paris começaram para o Brasil. Na madrugada desta quinta-feira, pelo horário de Brasília, a etapa classificatória do tiro com arco contou com a participação dos primeiros brazucas na terra do croissant. E ambos foram muito bem. 

   Na prova de tiro com arco Ana Luiza Caetano ficou em 19º lugar entre as 64 participantes. Ela fez a melhor marca da carreira, com 660 pontos. Agora, na fase eliminatória, Ana Luíza enfrenta a eslovena Zana Pintaric, que ficou em 46º lugar.

   No masculino, Marcos D'Almeida, primeiro colocado no ranking mundial, ainda está competindo neste momento. Após três rodadas, ele ocupa a 20ª posição na etapa de ranqueamento. O "mata-mata" do tiro com arco masculino também será realizado no dia 30.

  

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Argentina e Marrocos protagonizam uma das maiores confusões da história olímpica na abertura do futebol masculino em Paris 2024

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   Não se pode dizer que a partida não foi emocionante. Mas, dentro das circunstâncias, poderia ter sido de outra forma. Argentina e Marrocos fizeram um duelo pelo futebol masculino que se destacou pela qualidade dentro de campo e pelas confusões fora dele. Depois de uma interrupção igual ao tempo da partida (90 minutos), os marroquinos saíram vitoriosos após o gol de empate portenho ser anulado, mesmo após as equipes terem saído de campo.

   No jogo, Rahimi fez os dois gols marroquinos - um no primeiro tempo e outro no início da segunda etapa. Simeone diminuiu aos 22 minutos do segundo tempo e a Argentina foi para cima. A partir daí, a confusão começou. O árbitro sueco Glenn Nyberg deu 15 minutos de acréscimos no final do jogo - para protestos da torcida e seleção do Marrocos. No último lance da prorrogação, Medina empatou a partida após uma pressão argentina, onde três bolas foram, consecutivamente, no travessão do goleiro Munir. 

   O jogo teria sido encerrado, mas... não foi o que aconteceu. Torcedores marroquinos invadiram o campo e os argentinos correram para o vestiário. Até uma bomba de efeito moral foi jogada sobre os atletas. O mais incrível ainda estava por vir: Uma hora e meia após o encerramento, a comissão organizadora do Futebol na Olimpíada verificou que o atleta argentino Medina, que havia feito o gol de empate no último lance da partida, estava impedido. 

   Houve uma determinação para que as equipes voltassem a campo e o árbitro sueco verificasse o lance no VAR - e Medina estava realmente impedido. Nyberg anulou o gol, concedeu um prazo de 10 minutos para que as equipes aquecessem e determinou mais três minutos de partida - tempo insuficiente para os hermanos buscarem o empate. Detalhe é que até o site oficial de Paris 2024 havia declarado o resultado final em 2x2. Os minutos restantes foram disputados com estádio vazio, em Saint-Ettiene. 


terça-feira, 23 de julho de 2024

Com hérnia de disco, Darlan Romani está fora de Paris 2024

 

Foto: Divulgação - Confederação Brasileira de Atletismo


   Uma notícia chocante para o esporte brasileiro foi confirmada nesta terça-feira (24). Um dos principais nomes na prova de arremesso de peso no mundo, o brasileiro Darlan Romani está fora dos Jogos Olímpicos de Paris. O motivo é uma hérnia de disco.

   No fim de junho, após competir no Troféu Brasil, em São Paulo, Darlan seguiu para um camping de treinamento na Espanha. Ao retornar ao Brasil, no dia 19 de julho, ele começou a sentir fortes dores. O tratamento médico e a fisioterapia não foram suficientes para sua recuperação.

   A assessoria de Darlan Romani informou, nesta terça-feira (23), que o atleta está sentindo fortes dores e não consegue andar. A recomendação médica é para que ele não participe das Olimpíadas e se concentre em sua recuperação. O atleta ainda não havia viajado à França.

   O médico da delegação brasileira, André Guerreiro, informou que a hérnia se desenvolveu nas vértebras L4 e L5, na região lombar. Romani já havia realizado uma cirurgia no local há três anos e meio, antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (disputados em 2021 por conta da pandemia de Covid-19).

   O arremessador de disco brasileiro tem títulos como o bicampeonato panamericano (2019 em Lima e 2023 em Santiago), o campeonato mundial indoor em 2022, além de ter ficado em 4° lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio  e no Mundial de Atletismo, em Doha (Catar), em 2019.

domingo, 21 de julho de 2024

Especial: os bageenses que já disputaram os Jogos Olímpicos

   A partir do dia 26 de julho, a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris vai celebrar o esporte como fator de congraçamento entre as nações. As disputas não serão por territórios ou poder, mas pela competitividade, visando a conhecer os melhores esportistas do planeta. Apenas duas bageenses já sentiram o gostinho de disputar os Jogos - ambas neste século XXI. E um bageense "por adoção" também integrou o seleto grupo de nascidos ou "crescidos" na Rainha da Fronteira a participar do maior evento esportivo do mundo (calma, antes que alguém pergunte: os bageenses que participaram - e vão participar - das paralimpíadas terão um capítulo a parte).

   Confira a relação:


Mariana Martins - a primeira judoca gaúcha e primeira bageense a competir em uma Olimpíada
Foto: Reprodução


Reprodução Jornal Minuano - 15 de setembro de 2000 (acervo Museu Dom Diogo de Souza)


   Ela nasceu em Bagé, em 1983, mas ficou pouco tempo morando aqui. Ainda pequena, foi para Porto Alegre - embora parte da família permanecesse na Rainha da Fronteira. Aos seis anos, iniciou a prática do judô no Lindóia Tênis Clube, na capital. Pouco tempo depois, passou a competir e a se destacar em torneios pelo Brasil. Até que mudou de clube - foi para a Sogipa - onde se tornou uma das principais judocas do país. 

   Mariana disputou a seletiva e carimbou o passaporte para os Jogos Olímpicos de Sydney (Austrália), no ano 2000, aos 17 anos. Ela foi a primeira mulher gaúcha a lutar na modalidade em uma Olimpíada. Mesmo tendo sido eliminada na primeira luta (perdeu para alemã Anna-Maria Grandante, por um koka, em sua primeira luta na categoria ligeiro (até 48 kg), a bageense fez história. Atualmente, Mariana é fisioterapeuta e tem sua jornada profissional ligada à área esportiva. 


Daiane Bagé - a medalhista e a que mais participou dos Jogos
Foto: Divulgação CBF


   Daiane Menezes Rodrigues, ou a "Bagé", como ficou conhecida, é a atleta bageense que mais participou de olimpíadas: em Pequim (2008) e Londres (2012). Daiane conquistou a prata com a seleção feminina de futebol, nos jogos em solo chinês. 

   A carreira da bageense é repleta de conquistas. Pela Seleção Brasileira, foi medalha de ouro nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro (2007) e vice-campeã da Copa do Mundo na China (2007). Em clubes, sua passagem mais marcante foi pelo São José - SP, onde conquistou a Libertadores da América em 2011, 2013 e 2014. Foi campeã mundial interclubes em 2014. 



André Luís, a "cria" do Guarany
Foto: Reprodução Santos F.C.


   Ele não é bageense de nascimento, mas adotou a cidade onde mantém vínculos até hoje. O zagueiro André Luís Garcia começou sua trajetória profissional no Guarany Futebol Clube. Nascido em Porto Alegre, veio para Bagé ainda criança e aqui ficou até sair da base alvirrubra para o Santos. As boas atuações na Vila Belmiro o levaram à disputa dos Jogos de Sydney, no ano 2000.

   André Luís participou da equipe que foi eliminada por Camarões (que acabou ficando com o ouro) nas quartas-de-final do torneio de futebol masculino. Em clubes, o zagueiro teve uma carreira vitoriosa, atuando, além do Santos, em clubes como Benfica, Olympique de Marselha, Fluminense e São Paulo. Conquistou dois Brasileirões (2002 e 2004), ambos pelo Santos.